Paternalismo corporativo: cuidados que executivos devem tomar

Paternalismo

O Paternalismo e os cuidados que devem ser tomados

Os proprietários, gestores e líderes de uma empresa podem encontrar diversos tipos de desafios ao gerir uma empresa. São obstáculos que vão desde as questões simples até as mais complexas. Para conseguir fazer com que tudo entre nos eixos e saia conforme o programado é preciso ter muito pulso firme. Porém não é fácil manter a firmeza em todas as situações. Por isso, uma das dificuldades que esses profissionais podem encontrar é o paternalismo. Continue lendo o texto que vou explicar o problema que esse termo representa no mundo corporativo.

 

Como identificar o paternalismo corporativo

 

Uma rápida análise pode embasar sua vista para encontrar onde está o paternalismo corporativo. É preciso averiguar com atenção para identificar quais são as situações em que ele está presente. Pode ser que esteja acontecendo algo bem embaixo do seu nariz e você não esteja percebendo. Para que você entenda o que é o problema, selecionei dois exemplos. Confira:

 

Estagiário como prioridade máxima

Imagine uma área composta por seis pessoas dentro de uma empresa de grande porte. A equipe tem um líder, dois analistas, dois assistentes e um estagiário. O novato do time é o estagiário, que está apenas no segundo ano de faculdade. Como a função exige, o escopo dele deve estar ligado ao conteúdo da graduação que está cursando e deve poder ser feito em apenas seis horas (ou menos dependendo do regime). Portanto, o líder deve ter um cuidado maior na hora de escolher as tarefas e também deve dar mais tempo para orientá-lo corretamente. Aliás, o cuidado com as instruções deve ser dos analistas e dos assistentes também.

 

Em um mundo perfeito, os membros da equipe trabalham em harmonia ajudando uns aos outros e dando sempre mais atenção para o estagiário. Lembrando que essa atenção é bem medida, pois ele também deve errar para aprender e adquirir sozinho determinados conhecimentos.

 

Infelizmente, no caso que estou passando para você, o líder acaba criando um vínculo maior com o estagiário. Ele passa mais tempo do que o necessário ensinando e acompanhando o trabalho do novato. Muitas vezes até fazendo o trabalho por ele ou passando a mão na cabeça, caso ele erre. O montante de horas é tão desproporcional que os outros colaboradores perdem seu principal guia e a área fica desestabilizada. Até o próprio líder deixa de entregar suas tarefas em função de ajudar o estudante. O problema aqui não é ajudar, é não gerenciar corretamente o tempo e nao equilibrar a orientação entre todos do time.

 

O gesto que pode virar rotina

 

Agora vou mostrar outro tipo de situação. Imagine um e-commerce de pequeno porte com menos de 100 funcionários. Nesse universo, é mais fácil que os colaboradores fiquem mais próximos da gestão, exercendo liberdade para conversar que talvez não existisse em uma empresa maior. Um colaborador está passando por dificuldades financeiras e precisa de ajuda para pagar as contas daquele mês. Ele, que já tem a liberdade para marcar uma reunião com o gestor, pede que este o ajude a quitar os boletos somente daquele período, afinal, ele tem que colocar comida na mesa da família ainda. Com pena, o administrador nem faz contas, apenas paga as contas.

 

A conclusão da reunião é que mês que vem isso não se repita. O funcionário fica mais tranquilo e o gestor com a consciência limpa. Outro ponto importante é que isso não seja espalhado para as outras pessoas da empresa. Impossível um assunto como esse ficar em segredo, não é mesmo? Muito bacana que o chefe fique com a fama de ser solidário, mas muito estressante ter a possibilidade de outro colaborador batendo na porta pedindo pelo mesmo tipo de ajuda. E, provavelmente, isso acontecerá. Como dizer não se você já disse sim antes? Aquele pequeno gesto solidário pode se tornar uma ação constante. O problema aqui não é ajudar, é a ação solidária em um ambiente corporativo sem qualquer tipo de processo.

 

Um líder que pode errar ou acertar

 

Geralmente, um bom líder possui características como empatia, bom gerenciamento do tempo, capacidade de desenvolver pessoas, ótimos relacionamentos interpessoais, criatividade, autoconfiança e pensamento ágil.

 

Vou lembrar a você que a empatia, por exemplo, não significa ser inocente. Ser empático é se colocar no lugar do outro e entender a situação pela qual ele passa. O caso hipotético do chefe que empresta dinheiro não demonstra empatia. Aquele cenário só demonstra que o gestor não tem processos bem definidos e não teve habilidade para pensar nas consequências das suas ações.

 

Todo ser humano está em constante aprendizado e tem tanto o direito de errar quanto de acertar. A diferença de um bom colaborador é que ele irá fazer de tudo para reter o máximo de conhecimento possível para errar menos. E, é claro, aprender com as ações incorretas.

 

Coaching para liderança

A formação de alta performance Leader Coach Training (LCT) do Instituto Brasileiro de Coaching pode prevenir ou ajudar o líder e o gestor que está passando por dificuldades relacionadas ao paternalismo corporativo.

 

Com atividades individuais e em equipe, o coachee (aluno) terá a possibilidade de aprender com técnicas e ferramentas do coaching corporativo. O objetivo é criar lideranças capazes de conduzir equipes por um caminho de sucesso não só no alcance de metas, mas também no desenvolvimento profissional e pessoal de cada um do time.

 

Entre os benefícios, está a obtenção de habilidades de liderança que poderão ser aplicadas em si mesmo, na família e na empresa; a evolução de uma nova filosofia de como conseguir resultados humanizados; a obtenção de recursos comunicativos mais poderosos e o progresso do comprometimento com objetivos e indicadores. Além disso, a formação será essencial para que o líder exerça o autoconhecimento entendendo quais são os pontos fortes e os fracos que existem nele mesmo. A partir disso, será mais fácil gerir pessoas e fazer com que elas desenvolvam seus pontos fortes e fracos. Consequentemente, será mais fácil reter talentos, afinal eles estarão sendo valorizados, e manter um bom clima organizacional e qualidade de vida na equipe.

 

Agora que você já leu tudo consegue lembrar-se de alguma situação que passou que lembre o paternalismo corporativo? Escreva nos comentários!

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José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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