Possessividade no relacionamento: como identificar o problema e lidar com ele?

Possessividade no Relacionamento Cada dia mais pessoas se sentem prezas a outra pessoa por conta da possessividade nos relacionamentos.

Querida pessoa, convido você a refletir sobre um assunto que está presente na vida de muitas pessoas, a possessividade no relacionamento. Você é uma pessoa possessiva em seus relacionamentos? Antes de responder, aconselho que continue lendo esse artigo, e descubra o que é a possessividade, o que é ser possessivo e principalmente, como lidar com a esta questão em um relacionamento, afinal, esse é um dos desafios que diversas pessoas enfrentam no dia a dia.

O que é possessividade?

Primeiramente, é importante entender o que é a possessividade. Esse sentimento significa ter desejo ou sentimento de posse sobre alguém ou alguma coisa, e quando associamos possessividade com relacionamentos, outro sentimento bastante comum surge para “unir forças” e deixar o clima ainda mais desafiador, o ciúme.

Enquanto algumas pessoas são possessivas por coisas e objetos, tudo bem, essa é uma questão que fica mais fácil de lidar, contudo, quando uma pessoa se sente dona e quer tomar posse de outra pessoa, o nível de complexidade muda.

Uma pessoa possessiva tira a paz de quem está próximo a ela, e isso não é saudável, por isso, esse artigo é, tanto para você que reconhece que apresenta sintomas de possessividade em seus relacionamento, que conhece alguém que esteja passando por esse momento, quanto para você que é alvo da possessividade de alguém. 

Sintomas da possessividade no relacionamento

A cada dia, as pessoas se tornam um pouco mais egoístas e passam a pensar mais nelas mesmas se esquecendo do outro enquanto pessoa e ser humano. Enquanto criavam um vínculo de possessividade com coisas e objetos, as coisas andavam dentro dos limites aceitáveis, contudo, vale lembrar que esse sentimento precisa ser observado, principalmente quando esse vínculo excessivo passa a ser por pessoas. 

O ser humano possui emoções que precisam ser avaliadas com cuidado, por isso, toda atenção é importantes, não só para que se consiga identificar os sinais relacionados a este problema, que é o que estamos tratando neste conteúdo, mas também para que seja possível lidar com ele da melhor maneira possível. 

Continue a leitura e veja quais são os principais sintomas de quem é realmente e verdadeiramente possessivo:

Ciúme excessivo

Com certeza você já deve ter escutado aquela frase: “A diferença entre o veneno e o remédio é a dose”, e ela representa muito bem o que estamos pontuando. Ela quer dizer que tudo na vida deve ser equilibrado, sentir ciúme do seu parceiro ou parceira, por exemplo, é normal e compreensível, desde que isso seja controlado e saudável, o ciúme que extrapola, que machuca e que fere é muito mais que um sintoma de possessividade no relacionamento, ou seja, a pessoa acha que é dona da outra, e acaba privando seu cônjuge de viver. Isso só atrapalha o relacionamento e aumenta a distância um do outro.

Amizades nunca mais

De certa forma, os demais sintomas da possessividade no relacionamento estão ligados ao ciúme, entretanto, é importante citarmos outros fatos que acontecem corriqueiramente, para que você tente os identifique e encontre uma saída para trabalhar toda essa questão.

A pessoa que é possessiva no relacionamento, controla seu parceiro ou parceira a ponto de proibir um relacionamento de amizade com outras pessoas, o resultado disso são brigas constantes e um clima devastador. Por isso, saiba controlar sua ira e entenda que todos nós precisamos socializar, uma vez que é saudável para um relacionamento que ambos tenham seus momentos de prazer e descontração sem a presença um do outro.

Se você quer deixar esse sentimento de possessividade de lado, comece a ter seus próprios amigos e viva uma vida social onde você e seu parceiro ou parceira estejam bem.

Carência x Demonstração Amor

Demonstrar carinho é sempre bom para quem oferece e ganha, mas vamos bater na tecla do que é demais faz mal? Ser grudento e pegajoso demais sufoca as pessoas, por isso, dê espaço, demonstre carinho de forma sutil, seja doce, compreensível, gentil, mas não há necessidade de fazer isso a todo momento, não tem motivo para ligar ou mandar mensagem o tempo todo.

A pessoa que é possessiva em um relacionamento, tende a colocar a outra como o centro do mundo, como se tudo girasse em torno dela e nada mais existisse sem a sua presença. Isso não é saudável tanto para quem sente quanto para quem recebe tamanha energia. Leveza é sempre a melhor opção para os relacionamentos.

Manipulação é a chave

Geralmente, as pessoas possessivas nos relacionamentos, se sentem bem em diminuir a autoconfiança do seu parceiro ou parceira. Essas pessoas conseguem ser emocionalmente abusivas, ou seja, elas fazem seus cônjuges se sentirem como se realmente não soubessem o que é melhor para eles mesmos, além de muitas vezes, fazerem com que estes se sintam culpados pelas dores e angústias que foram criadas única e exclusivamente pela sua manipulação e possessividade.

A razão para tanto, é sempre o amor

Para o possessivo, tudo se justifica em nome do amor. Seu comportamento é rapidamente absolvido pela justificativa de que suas ações são essas por que ama demais. 

Entretanto, é importantíssimo que essa desculpa seja desarmada, tendo em vista que a pessoa possessiva deve olhar para si e ver o que ela tem feito para ela mesma e para o seu parceiro/parceira.

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Como lidar com o sentimento de posse?

Seja com relação a objetivos ou pessoas, é essencial que se aprenda a lidar com este sentimento, uma vez que, como eu disse acima, o maior prejudicado é aquele que, com o passar do tempo, foi se tornando cada vez mais possessivo, principalmente em seus relacionamentos. 

Se você reconhece que está passando por isso, aqui vão algumas dicas, que você pode colocar em prática de imediato e mudar, efetivamente e na prática a sua realidade. Continue me acompanhando e confira:

Procure se acalmar

Se você está se vendo diante de alguma situação, que aos seus olhos é desagradável, comece o seu processo de mudança exatamente por aí. Ao observar que o sentimento de posse está se aproximando e está pronto para tomar conta de você, procure respirar fundo e se acalmar. 

Não deixe que o sentimento te domine, pois, neste momento, ele é o seu pior inimigo. Se puder e precisar, dirija-se para outro ambiente e procure controlar suas emoções, para que assim você comece a se preservar e, com a cabeça mais calma e fria, se for pertinente, você converse com seu parceiro (a) para tentarem juntos solucionar a situação. 

Trabalhe a sua confiança (em si mesmo e no outro)

Um dos pontos que fazem com que uma pessoa se torne possessiva é a sua falta de confiança, não só em seu parceiro (a), mas, principalmente, em si mesma. A autoconfiança abalada, bem como uma autoestima baixa, fazem com que este indivíduo sinta-se inseguro em seus relacionamentos, amorosos, de amizade e profissionais, bem como com relação a tudo que lhe rodeia, que, conforme o tempo vai passando, ela vai desenvolvendo este sentimento de posse para tentar se sentir mais segura. 

Porém, como todos nós sabemos, este está longe de ser o melhor caminho. O ideal é desenvolver mecanismos para trabalhar a autoconfiança, passando a se conhecer melhor, a reconhecer suas melhores habilidades e competências, para que assim, seja possível elevar a própria autoestima, passando a se amar cada vez mais e a depender cada vez menos emocionalmente do outro. 

Fazendo isso, você passa confiar mais em si, em seu parceiro (a) e as melhorias no relacionamento só tendem a aumentar. 

Respeite seu parceiro (a)

Além de ser um incômodo muito grande a possessividade é também uma forma de desrespeito com o seu parceiro (a), pois a todo momento você demonstra que não tem confiança nele ou nela e, em um momento de briga, diante do descontrole emocional, acaba disparando ofensas sem pensar. 

Procure entender que aquela pessoa escolheu estar ao seu lado é porque ela viu algo de positivo em você e se apaixonou por isso, ou seja, não necessidade nenhuma de desconfiança e descontrole. 

Além disso, seja dentro ou fora de um relacionamento, ninguém merece ou deseja ser ofendido. Sendo assim, sempre que pensar em tais ofensas, pense em como você se sentiria se estivesse no lugar da outra pessoa. Fazendo este exercício, com certeza você vai começar a pensar melhor e vai acabar mudando e respeitando seu cônjuge e sua relação. 

Elabore mecanismos de prevenção

Para que você trabalhe continuamente, no sentido de evitar que o sentimento de posse te domine no futuro, existem diversos mecanismos prevenção que você pode elaborar e com os quais você pode contar. 

O primeiro deles é ser honesto consigo mesmo. Quando a possessividade surgir, pergunte-se: Por que estou agindo dessa maneira? O que está me levando a tal desconfiança?. Estes momentos de reflexão te ajudarão a cada vez mais controlar este sentimento, porque vão te fazer pensar racionalmente e, aos poucos, ir se acalmando.

Outra forma de prevenir o surgimento destas emoções negativas e investir em autocuidado. Comece a olhar para você mesmo e veja o que pode fazer para se cuidar mais, se amar mais, passar mais tempo curtindo a sua própria companhia. Colocar em prática este exercício, que precisa ser diário, vai te ajudar a pensar que, mais importante que o amor por outra pessoa, é o desenvolvimento do amor-próprio, que é o que vai te ajudar a cada vez mais se relacionar melhor com o mundo ao seu redor. 

Busque por ajuda especializada

Se mesmo colocando todas estas dicas em prática você perceber que ainda assim não consegue manter o controle sob suas emoções, a minha dica é que você procure a ajuda de um especialista, que vai contribuir, através de técnicas e ferramentas adequadas, para que você compreenda melhor os motivos que te levam a agir assim, bem como o que é preciso, para que, aos poucos, suas atitudes e comportamentos mudem. 

Neste caso, um dos profissionais mais adequados que você deve procurar é um terapeuta, que será capaz de te ajudar a trabalhar suas emoções e sentimentos, com o intuito de que você, gradativamente, desenvolva a sua autoestima, a confiança em seu parceiro (a), e, assim, possa ter uma vida mais tranquila consigo mesmo e com a pessoa que você escolheu e que deseja estar ao seu lado no dia a dia. 

Mais do que fazer isso pelo outro, faça por você mesmo. Conforme o tempo for passando, você verá que tem muito mais motivos para se orgulhar de si mesmo, do que imagina. 

Como lidar com a possessividade de alguém?

Se você é a pessoa que sofre com a possessividade do seu parceiro, veja algumas dicas para que você consiga lidar com esse tipo de comportamento:

  • Mostre que você quer ajudar seu parceiro/parceira;
  • Procure auxiliar na melhora da autoestima e a autoconfiança da pessoa que sofre com possessividade no relacionamento;
  • Exercite o diálogo dentro do relacionamento. Ele sempre será bem-vindo, evite discussões, e aumente a quantidade de conversas que buscam por melhorias;
  • Seja paciente com seu parceiro/parceira e consigo mesmo, esse sentimento não vai desaparecer do dia para a noite;
  • De acordo com pequenas melhoras, elogie e incentive a continuação dos comportamentos positivos.

E se ainda assim, diante de tantas tentativas o seu parceiro ou parceira não conseguir dominar esse sentimento de posse, e tudo isso estiver fazendo muito mal a você, o melhor a se fazer é encontrar uma forma de cada um seguir seu caminho, para que mais ninguém saia magoado da relação. 

Agora me conte, querida pessoa: você se acha pessoa possessiva? Encontra-se em um relacionamento com alguém possessivo? Esse artigo foi útil para você? Use o espaço abaixo para deixar um comentário com sua opinião sobre o tema e, se fizer sentido para você, curta e compartilhe com seus amigos em suas redes sociais, para que eles também saibam como lidar com o sentimento de posse de uma forma geral.

Copyright: Antonio Guillem

 

José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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