A tríade VOA pode ser bastante prejudicial, pois tira o discernimento de autoavaliação do indivíduo.
Alguns executivos são brilhantes, têm excelentes ideias, sabem o que estão fazendo, mas ainda assim não prosperam. Você já se perguntou por quê? A resposta pode estar relacionada com a sigla VOA (Vaidade, Orgulho e Arrogância). Esses são os males que impedem os executivos de ir além.
É sempre positivo refletir a respeito de como nosso comportamento pode minar boas oportunidades. No artigo a seguir iremos explicar com mais detalhes sobre essa tríade pode ser danosa na carreira dos executivos. Mantenha seu sinal de alerta ligado para ter como mudar de rumo se isso for necessário.
Vaidade, Orgulho e Arrogância (VOA): conheça essas síndromes executivas
Quando um profissional aparentemente completo não consegue crescer na carreira deve se questionar a respeito de suas atitudes. Deixar que a vaidade, o orgulho e a arrogância guiem seu trabalho é uma forma de amarrar o seu próprio potencial. Não há nada mais perigoso do que deixar que esses comportamentos inadequados tomem conta.
A seguir iremos explicar com mais detalhes como a sigla VOA pode ser uma âncora para qualquer carreira. A ascensão profissional depende da construção de bases sólidas e do reconhecimento de que ninguém faz nada significativo sozinho. Então, vamos descobrir mais sobre as síndromes executivas?
V de Vaidade
Muitos executivos têm sua vaidade exacerbada, são incapazes de reconhecer seus pontos fracos e de melhoria. O indivíduo vaidoso, além de se concentrar demasiadamente em si mesmo, tem como grande objetivo vangloriar-se do que possui. A ostentação é o princípio-guia da vida das pessoas vaidosas.
Contudo, geralmente as pessoas vaidosas enxergam as suas qualidades muito além do que realmente são. Isso quer dizer que um executivo vaidoso pode acreditar ter habilidades muito mais amplas do que realmente tem. Na prática, isso se torna um verdadeiro desastre. O fato de superestimar as suas próprias habilidades impede o indivíduo de se propor a aprender.
Dessa forma, os executivos vaidosos tendem a não melhorar suas habilidades e se colocar em situações nas quais não necessariamente se sairão bem. Quem está se perguntando se sofre dessa síndrome pode fazer um rápido e eficiente exame de conduta. Você tem feito cursos de aperfeiçoamento? Reconhece que pode melhorar em diferentes atividades?
O de Orgulho
Executivos orgulhosos são comuns, reconhecem sua necessidade de melhoria ou mudança em certos aspectos, mas não conseguem mudar. É importante dizer que a palavra orgulho pode ter conotação positiva ou negativa. Em uma rápida definição, ela significa o reconhecimento do valor de algo ou de alguém.
O orgulho saudável (positivo) é aquele que se fundamenta no reconhecimento, no brio ou no fato de se orgulhar de outra pessoa. Porém, o orgulho enquanto síndrome executiva tem significado negativo. Uma pessoa negativamente orgulhosa não reconhece os próprios erros, é incapaz de aceitar ajuda e age com arrogância (próximo tópico).
O indivíduo orgulhoso tem um contentamento tão elevado que vê suas habilidades muito acima do que efetivamente são. O orgulho é, em muitos casos, decorrente da vaidade, pois nasce do entendimento de ser superior aos demais. O contrário do orgulho nesse sentido é a humildade ou a modéstia.
A de Arrogância
É o mal mais comum entre executivos, no geral quanto mais alta a posição hierárquica maior o grau de arrogância. Uma pessoa arrogante necessita de mais humildade em suas ações e palavras. A arrogância a leva a não ouvir aqueles à sua volta, algo que quase sempre resulta em grandes problemas.
Uma das principais armadilhas da arrogância é fazer com que o indivíduo acredite ser expert em vários assuntos. Alguém que se coloca na posição de especialista em tudo acaba não desenvolvendo bem nada. Além de não conseguir entregar os resultados necessários e esperados, o arrogante tende a terceirizar a culpa. Quando seus projetos não dão certo devido à sua arrogância, alardeia que foi a não colaboração alheia que gerou os resultados ruins.
Ser arrogante gera uma série de dificuldades de convivência e pode prejudicar todos aqueles que dependem de uma liderança sem humildade. Contudo, por ser a arrogância derivada do orgulho e da vaidade, dificilmente o indivíduo arrogante reconhece que tem um problema. A arrogância não é colocada em xeque como algo a ser superado e melhorado.
VOA: como afetam a carreira dos executivos?
Ao longo desse artigo explicamos com mais detalhes as síndromes executivas VOA (vaidade, orgulho e arrogância). Como evidenciamos, esses três comportamentos estão interligados, em geral, o indivíduo começa com a vaidade, se torna orgulhoso e, por fim, passa a agir com arrogância.
Para uma carreira executiva, a tríade VOA pode ser bastante prejudicial, pois tira o discernimento de autoavaliação do indivíduo. Se uma pessoa coloca a si mesma em um pedestal, não irá reconhecer que tem muitos pontos falhos que podem e devem ser corrigidos. Não investir na sua melhora técnica e pessoal te impede de estar preparado para assumir desafios mais significativos.
Mesmo que leve algum tempo, chegará o momento em que esses três comportamentos fecharão portas para o seu crescimento. Lembre-se de que para se tornar mais qualificado e preparado é essencial saber ouvir os outros. Ser uma pessoa agradável e um líder que aproxima os colaboradores também é determinante para alçar voos mais altos.
Exercício constante
Até o mais humilde dos indivíduos está sujeito a ser colocado diante de situações que alimentarão a sua vaidade. Sendo assim, tenha em mente que evitar o trio VOA é um exercício constante. Preserve a sua humildade e repita para si mesmo que não sabe de tudo, há sempre o que aprender com as pessoas que te cercam.
Se perceber que suas ações estão sendo mal recebidas pelas outras pessoas converse com elas. Identifique como vem agindo e se identificar vaidade, orgulho ou arrogância, busque formas de suavizar suas atitudes. Todo dia é um bom dia para recomeçar e repensar a forma como vem se relacionando com as outras pessoas. Ser humilde e estar pronto para cooperar é o verdadeiro caminho do sucesso.
Agora você já sabe mais sobre as síndromes executivas e como elas podem afetar os resultados. Deixe seu comentário e compartilhe o conteúdo para levar a reflexão adiante!
Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.
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