Conheça 3 tipos de organização empresarial

Organização Empresarial A organização é fundamental para garantir o sucesso da gestão, da produtividade das equipes e o alcance de resultados extraordinários.

Cada empresa possui suas especificidades quando se trata de seu funcionamento. Mas existem algumas estruturas já padronizadas, que englobam uma parte dos negócios ao redor de determinadas características em comum. Esses modelos são chamados de estruturas de organização empresarial e têm como objetivo servirem de diretrizes para a construção da hierarquia, organograma, funções, processos e tomada de decisões na organização.

Imagine a seguinte situação: os gestores e diretores se reúnem e tomam decisões importantes, porém nem todos os colaboradores ficam sabendo destas e continuam seguindo regras passadas. Alguns colaboradores são notificados sobre estas mudanças e repassam de forma distorcida, enquanto outros simplesmente ignoram o que foi decidido. Outra situação: um erro foi identificado e, quando vão investigar, diversos outros erros surgem — seja na comunicação ou na execução da tarefa.

Embora essas situações pareçam absurdas, elas podem acontecer facilmente quando não há organização empresarial. Este tipo de problema reflete a existência de gaps em diversas áreas e setores da empresa. Com isso, a gestão não é eficiente e os resultados não são positivos, trazendo consequências negativas para o clima organizacional e para a produtividade das equipes.

O que é organização empresarial?

De forma básica e sucinta, organização empresarial é um composto de funções e cargos hierárquicos aos quais todos os membros da empresa estão sujeitos. Ela deve ser pautada pela lógica e pela racionalidade, garantindo que os processos de gestão ocorram com clareza e transparência.

Trata-se de uma pessoa jurídica que é legalmente constituída e que trabalha de forma coordenada e controlada, com tarefas, atribuições e responsabilidades muito bem definidas, sempre visando um objetivo comum.

Além disso, como as estruturas organizacionais servem para atender as necessidades de uma empresa – cada uma com suas especificidades – todos os tipos fornecem uma hierarquia que se reporta, de maneira centralizada, a um grupo. Assim, o membro mais elevado de um organograma pode ser um ou vários, também conhecidos como presidente, diretor executivo, diretor de operações, entre outros nomes.

Estrutura organizacional para a criação de salários

Talvez não esteja muito claro, talvez você nem tenha reparado, mas as estruturas organizacionais são muito importantes para a criação de estruturas salariais dentro de uma empresa. Isso acontece porque, a partir do momento em que ela é estabelecida, as faixas salariais podem ser criadas para cada cargo.

Em grande parte das vezes, cada função é alinhada a um grau salarial, assim, cada classe possui sua faixa de salário especificada. O que permite que os objetivos financeiros do negócio sejam assegurados e que os salários sejam distribuídos de maneira justa.

A importância dos tipos de organização empresarial para sua expansão

Quando uma empresa desenvolve, na prática, o conceito de estrutura organizacional, ela permite e cria mais espaço para o seu próprio crescimento. Ações que podem incluir a criação de novas divisões e promoções dos colaboradores, por exemplo.

Ao ser reorganizada, após uma expansão, a estrutura permite que exista uma base para a alteração de salários e descrição de cargos com maior rapidez, eficiência e o mínimo de interrupção das operações.

Tipos de organização empresarial

Cada empresa tem necessidades e particularidades próprias. Por isso, não há um modelo único de organização empresarial que atenda a todas, de forma igualitária. Confira, a seguir, três tipos de organizações e analise com cautela e precisão qual se adequa melhor ao seu negócio.

Organização linear

Também chamada de Estrutura Organizacional Divisional é utilizada em grandes empresas, que atuam em uma área geográfica ampla ou que possui setores responsáveis por diferentes tipos de produtos ou áreas de mercado. A vantagem desse tipo de estrutura é que as necessidades podem ser supridas de forma rápida e mais específica.

Este é o tipo mais antigo de organização, além de ser o mais simples. Boa parte das empresas adotam esta organização na fase inicial, justamente pela facilidade de implantação. Seu formato é piramidal, já que as linhas de responsabilidades entre gestores e equipes tem sentido único e direto.

Neste tipo de organização, colaboradores recebem ordens e orientações somente de um único gestor que, por sua vez, recebe ordens de outro superior. A comunicação neste modelo começa do alto escalão para a base da pirâmide e as decisões são centralizadas, pois existe apenas uma autoridade na empresa.

Pode ser implantada em menor escala, no caso de pequenas empresas, como as que possuem diversos escritórios espalhados pela mesma cidade ou com a divisão de várias equipes de vendas, remanejadas de maneira a atender diferentes áreas geográficas.

Outro bom exemplo de estrutura organizacional linear é o exército que, apesar de não ser uma empresa, se trata de uma instituição que possui pessoas em diferentes cargos, de alto e baixo comando. Enquanto o alto é quem toma as decisões, quem está no baixo é responsável por executar e efetivar o que foi definido.

As principais vantagens desse tipo são: se trata de um modelo de fácil implementação, já que os cargos são muito bem definidos, fazendo com que, também, prevaleça maior clareza dos membros da empresa sobre o papel de cada um na companhia. Aqui, as decisões são mais ágeis, já que se concentram em um menor número de pessoas.

Já em relação às suas desvantagens, se dá pelo fato de o líder ficar sobrecarregado, afinal, assume grande parte da responsabilidade sobre o futuro dos negócios. A baixa participação da equipe na tomada de decisões também dificulta a inovação. Apesar de a comunicação ser simples ela pode acabar sendo distorcida e mal interpretada. O que acontece por ter que passar por diversas pessoas até chegar aos funcionários que estão na base da pirâmide, podendo sofrer o efeito “telefone sem fio”.

Organização funcional

Esse é o tipo de estruturação que se configura de modo que cada parte da organização é dividida e agrupada de acordo com sua finalidade. Neste tipo de organização, a base é a especialização e distinção das funções. Como por exemplo, em uma empresa pode haver um setor de marketing, outro de vendas e um de produção.

Isso significa que um colaborador não terá somente um gestor para se reportar, mas vários — cada um de uma especialidade. Na organização funcional, uma especialidade não interfere na outra e as tomadas de decisão não são pautadas pela hierarquia. Um gestor especialista em comunicação, por exemplo, não poderá tomar decisões sobre o financeiro, mesmo que este gestor de comunicação esteja há mais tempo na empresa.

Geralmente, esse é o tipo de estrutura que funciona muito bem para pequenas e médias empresas, uma vez que cada setor poderá contar com o talento e conhecimento de seus colaboradores. Principalmente em empresas que já são mais estáveis, com ambiente interno e externo fora da rota de sofrerem mudanças muito rápidas e constantes.

As principais desvantagens desse modelo se dá pela dificuldade de integração entre os setores. Já que cada equipe é independente no que se refere às tomadas de decisões e atividades executadas. Assim como a coordenação e comunicação entre os diferentes setores, que podem ser dificultadas pelos limites organizacionais ao terem várias áreas separadas.

Além disso, os próprios colaboradores da empresa acabam perdendo boa parte da visão global do negócio. Levando em consideração que ficam muito focados e especializados em sua própria área de trabalho. O que leva a não conseguirem atender muito bem outros setores da empresa, dificultando seu alinhamento aos objetivos estratégicos do negócio como um todo.

Para resolver esse problema, é preciso que sejam definidas medidas que possam suprir essa falha, dessa forma a empresa poderá apenas usufruir das vantagens desse modelo.

Organização linha-staff

O terceiro tipo de organização empresarial se trata de uma espécie de junção da organização linear e funcional, eliminando possíveis desvantagens e potencializando as características positivas dessas organizações. Aqui, os diferentes setores da empresa assumem tanto as funções de linha, que estão relacionadas às tomadas de decisões da empresa, quanto às funções de staff de outros setores, que estão diretamente ligadas à assessoria e aconselhamento.

Para entender melhor, imagine o setor administrativo-financeiro de uma empresa. Esse setor é responsável pela tomada de decisões sobre investimentos, planejamento estratégico e gastos da empresa. Ao mesmo tempo que, também, é responsável por assessorar outros setores sobre quais as melhores maneiras de utilizar o orçamento disponibilizado, aconselhando na função de especialista, mas sem interferir na tomada de decisão de outras áreas.

Basicamente, na organização linha-staff, a hierarquia está presente ao mesmo tempo em que existem órgãos e setores especializados. De modo geral, esses setores podem ser divididos em dois tipos:

  • Órgãos de Linha: são aqueles que estão ligados à execução de tarefas e trazem características da organização linear;
  • Órgãos de Staff: são responsáveis por prestar assessoria e serviços especializados. Traz características da organização funcional.

Na Organização Linha-Staff existe uma combinação eficiente da hierarquia, autoridade e especialidades. Este tipo de organização permite que haja uma integração entre os colaboradores das mais diversas áreas. Por se tratar de um modelo estrutural mais recente, é muito utilizado por marcas modernas, que possuem ambientes e modelos de trabalho dinâmicos e interativos.

Os principais benefícios de implantação desse modelo de estruturação estão na combinação dos outros dois citados acima. Já que essa junção permite uma hierarquia e especialização dentro da empresa ao mesmo tempo. Além de a função staff dos setores possibilitar maior interação entre os profissionais, que são capazes de utilizar conhecimentos de especialistas de seus colegas para melhorar a forma de trabalho da equipe de forma geral.

Mas, assim como os outros dois, também possui suas desvantagens. Sendo que a principal delas está relacionada à possibilidade de haver confusão entre as funções dos gestores. Resultando na interferência do gestor de uma área em outra que não está sob sua autonomia. Dessa forma, é comum que haja conflitos e acúmulos de funções, situações que precisam ser muito bem analisadas e sanadas.

Conheça as principais perspectivas das organizações empresariais

De acordo com a finalidade econômica, as organizações podem ser classificadas em: Com Fins Lucrativos ou Sem Fins Lucrativos. As que se encaixam no primeiro conjunto são aquelas que fornecem produtos e/ou serviços e os comercializa com a finalidade de obtenção de lucro. Podem ser empresas industriais, comerciais ou de prestação de serviços.

Já as que se enquadram no segundo conjunto são exemplificadas por: associações de classe, como sindicatos e federações; instituições religiosas; agremiações, como clubes esportivos, centrais de compras; e associações com objetivos sociais, como ONGs que promovem assistência social, cultura, preservação do meio ambiente, entre tantas outras.

Sobre suas funções desempenhadas, podem ser separadas por grupos, baseando-se em sua atividade principal. Exemplos de modelos são: cultural; política; recreação; educação; serviços; etc. A partir dessa classificação podemos definir igrejas como organizações culturais e escolas como organizações educacionais (ou de educação).

No que se refere ao porte da organização empresarial, elas são classificadas como microempresa, pequena empresa, empresa de médio porte e empresa de grande porte. Essas classificações levam em consideração o valor do faturamento mensal ou o número de colaboradores de cada empresa. Consequentemente, cada empresa só pode ser inserida em uma destas quatro classificações.

Para isso, os critérios estão estabelecidos de acordo com leis e metodologias dos órgãos competentes, tais como: Presidência da República (a exemplo da Lei 123 de 14 de dezembro de 2006), Receita Federal e IBGE no Brasil. Lembrando que cada país possui seus critérios específicos.

Falando sobre a estrutura de uma empresa, ela pode ser formal ou informal. No que tange às organizações informais, são aquelas resultantes da relação estabelecida entre seus membros de maneira espontânea em função do funcionamento e evolução. Já as formais, são aquelas originárias de planejamento de divisão racional do trabalho e especialização dos órgãos em funções que compõem a empresa.

Não apenas, as organizações podem ser nacionais ou multinacionais. Em resumo, as nacionais são aquelas que possuem operação e atuação apenas em um país – também consideradas organizações locais. Enquanto as multinacionais ou transnacionais são aquelas que possuem condições de operar em diversos países simultaneamente – também podendo ser classificadas como empresas globais.

Os três tipos de organização empresarial: linear, funcional e linha-staff os mais utilizados nas empresas brasileiras e multinacionais. A sua empresa utiliza alguns dos modelos citados? Qual destes tipos de organização é o ideal para a sua empresa? Use o espaço abaixo para nos contar a sua experiência e a sua opinião sobre o tema. Se este conteúdo te ajudou de forma positiva, compartilhe-o em suas redes sociais.

Imagem: violetkaipa / Shutterstock

José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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