Conheça a história de superação de Robinson Shiba, o criador da China in Box

Robinson Shiba Robinson Shiba – Conheça a história

 

Robinson Shiba é um empreendedor brasileiro que trouxe dos Estados Unidos o modelo de comida pronta, oferecido pela famosa rede China In Box. Aos 22 anos, casado e com um filho, receava deixar sua família desamparada e, por isso, sonhava em abrir seu negócio próprio. O pai era dentista, e como, geralmente seguem os passos dos genitores, Robinson decidiu seguir a mesma carreira. Formou-se em odontologia e inclusive exerceu a profissão antes de abrir o China in Box.

Nascido em Maringá, uma cidade do interior do Paraná, filho de um dentista e de uma dona de casa, aos 3 anos Robinson viu a família se mudar para São Paulo, onde o avô materno teve o desejo que seu filho, o pai de Robinson, fosse seu sócio em uma loja de material para construção. Moravam em um casa que ficava nos fundos do estabelecimento. Todos os dias, ao retornar da escola, costumava permanecer por horas observando o seu avô fazer negócios. 

Ocasionalmente era solicitado para atender algum cliente e até mesmo para realizar uma tarefa ou serviço administrativo no escritório. Seu pai havia aberto um consultório odontológico em São Paulo e se dividia entre a loja e os pacientes. E foi inspirado nele, que Robinson decidiu ingressar na faculdade de odontologia, com o propósito de ganhar dinheiro para investir em seu negócio próprio.

Nos parágrafos a seguir, vou falar um pouco mais sobre a história de Robinson e mostrar a trajetória que ele traçou até a criação de uma das primeiras e principais franquias de fast-food de nosso país. 

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A história de superação de Robinson Shiba

Robinson Shiba era descendente de avós japoneses, que vieram ao Brasil em busca de uma vida melhor. Estabeleceram-se na cidade de São Paulo e abriram uma loja de materiais de construção, que serviu como uma espécie de “escola de empreendedorismo” para ele, que passou sua infância em meio a areia, cimento e brita, sempre acompanhando o trabalho do seu avô. 

Assim como milhares de imigrantes que vieram ao país, entre os séculos XIX e XX, seus avós enfrentaram grandes dificuldades e fizeram o possível para oferecer melhores condições aos seus filhos e netos. Robinson aprendeu com este grande exemplo e diante das dificuldades que surgiram em seu caminho, não se deixou abater e muito menos desistir. 

Em uma viagem aos Estados Unidos, país onde Robinson Shiba tinha a intenção de permanecer dois meses, com o intuito de aprimorar sua fluência em inglês, diversos contratempos surgiram, e ele acabou ficando sem dinheiro para continuar sua jornada. 

Esse desafio, entretanto, não foi suficiente para que ele desistisse de seus objetivos: ao invés de jogar a toalha, ele conseguiu um emprego, se tornou entregador de pizza, trabalhou na cozinha de alguns restaurantes e jamais desistiu dos estudos.

Assim, aproveitando que estava nos Estados Unidos, Robinson começou a estudar modelos de fast-food com delivery, desde a produção até a entrega. Ele observou os pontos positivos e os negativos, que poderiam ser aprimorados e, aos poucos, foi desenvolvendo uma ideia MA-RA-VI-LHO-SA de empreendedorismo.

Começando a empreender

Na década de 80, mais precisamente no ano de 1988, Robinson Shiba começou a pensar na adaptação do modelo de entrega de comida chinesa em caixinhas individuais. Para isso, ele planejou o seu negócio e permaneceu estudando por volta de quatro anos, tempo suficiente para amadurecer as ideias até que, finalmente abriu a sua primeira loja situada na zona sul da capital paulista. 

Como em 1992, ano em que deu início a suas ideias inovadoras, não existiam muitas opções de alimentação para entrega, o empreendimento acabou tendo um avanço de forma repentina e rápida. 

Constantemente preocupado com inovação, qualidade e com a relação com seus clientes, um diferencial que Robinson Shiba implantou em seu negócio foi o modelo de cozinha aberta, em que os clientes podem ver toda a movimentação da cozinha através de um vidro.

Nos dias atuais, ele é proprietário da maior rede de fast-food de comida chinesa da América Latina. O empreendedor possui um total de 160 lojas franqueadas, além de se destacar como uma marca presente em mais de 70 cidades brasileiras, distribuídas em 22 estados.  

Como eu disse acima, a comida chinesa surgiu no cotidiano de Robinson Shiba ao realizar um intercâmbio para os Estados Unidos aos 20 anos de idade, onde, logo no início de sua jornada, teve uma surpresa: foi assaltado. Isso mesmo! A programação da viagem, que era para durar apenas dois meses, acabou se modificando, pois ele se obrigou a encontrar um trabalho para tentar conseguir se sustentar em território estrangeiro. 

E é aí que toda sua história fica mais divertida. Ele sempre apreciou o ato de trabalhar em um restaurante, e constatou que seria capaz de se sustentar sozinho. Pediu autorização para o seu pai e estendeu seu intercâmbio pelo período de um ano. O requerido tempo foi suficiente para absorver uma cultura nova e voltar inspirado para a sua terra natal, o Brasil!

Início do China in Box

No início da década passada, anos 90, o único serviço de entregas existentes no ramo da alimentação no Brasil, era o de pizzas. Robinson Shiba, repleto de ideias inovadoras, que foram adquiridas em sua viagem de intercâmbio, percebeu que havia um grande espaço para desenvolver a entrega (delivery) de comida chinesa aqui em nossa região.

Convenceu o seu pai a lhe emprestar o capital de giro inicial para inaugurar, contratou um cozinheiro com experiência e abriu o primeiro restaurante da marca em outubro de 1992. O sonho do jovem rapaz era instaurar o número de 10 lojas próprias. Seu sonho era ousado, mas ainda modesto comparado ao império que foi construído depois.

No Brasil, a comida chinesa não possuía uma fama tão agradável, em função da falta de cuidado de muitos restaurantes com higiene e limpeza. Para contornar esse descrédito, Robinson rompeu o problema, ao mostrar um ambiente limpo, funcionários devidamente uniformizados e o melhor de tudo, uma cozinha aberta ao público, o que garantia o preparo de uma alimentação com a observação do cliente.

Tal conquista de confiança, associada à qualidade dos pratos oferecidos, além da realização de campanhas de marketing inteligentes, foram fundamentais para iniciar o mercado com a abertura de franquias. Ele é um líder que soube comercializar o seu sonho, primeiramente para o seu pai, logo para o seu primeiro funcionário e assim, posteriormente aos seus franqueados. 

Para Robinson Shiba, os quesitos principais são a honra e os valores, que interessam muito mais do que capacidade na hora de escolher as pessoas que deseja ter na empresa. “Capacidade se constrói, enquanto princípios ou tem, ou não tem”.

Franquia de sucesso – Como chegar tão longe?

No prazo de 2 anos o jovem empreendedor iniciou a venda de franquias da rede e foi arrebatador, na época. Em 1996, quatro anos após o início, o China in Box já contava com 60 restaurantes da marca em operação. Tal crescimento, de maneira muito rápida, demandou, além de muita disciplina, empenho e organização. 

A título de interesse e curiosidade, o primeiro cozinheiro que acreditou na promessa de Robinson, atualmente é proprietário de cinco das diversas franquias da China in Box. Um número nada mal, para um período tão curto, não é mesmo?!

Robinson Shiba defende que a marca China in Box é o maior patrimônio da empresa.  A função de branding, bem como o de publicidade foi de fundamental importância para o crescimento acelerado da rede de franchising. A empresa contava com a realização de anúncios na televisão aberta, inclusive durante jogos da seleção brasileira. Nesta época, esta era a melhor maneira de impactar seus futuros potenciais clientes.

Crescer, através de franquias, significou um modelo que contou com a possibilidade de acelerar o crescimento e promover novos empreendedores. Entretanto, esse modelo é bastante complexo. O restaurante China in Box precisou “trocar o pneu com o carro andando” para conseguir organizar os processos, definir indicadores e controlar os números da empresa.

O próprio Robinson  Shiba afirmou que essa foi uma das etapas complexas da empresa. O lado bom é que ele soube encontrar pessoas que lhe ajudaram a organizar a casa e fornecer aos franqueados melhores ferramentas e processos.

Utilizou de perspicácia, capacidade de execução e confiança no time, que foram atos e elementos fundamentais que possibilitaram ao jovem Shiba a conquista do sucesso com o China in Box.

Certamente muita gente já tinha visto comida chinesa nos Estados Unidos e pensou em construir uma rede de restaurantes, mas somente ele foi quem “arregaçou as mangas” e foi ousado ao colocar a mão na massa e montar o seu próprio restaurante. 

Robinson Shiba sobre a visão de futuro

“A geração Y vive em dois mundos: real e virtual. Nós, que trabalhamos no mundo real, precisamos nos inserir ao mundo virtual”. Essa frase do empreendedor consegue expressar uma pequena parte da visão de futuro do empresário. Estima-se que 30% do faturamento do China in Box seja através de pedidos realizados de maneira online. A franquia recebe pedidos em sites e aplicativos, como o iFood, por exemplo, e também pelo  aplicativo desenvolvido exclusivamente para a marca. 

O restaurante hoje, pertence ao grupo TrendFoods, também é responsável pelos fast-food de comida japonesa Gendai. O jovem Shiba almeja dobrar o número de lojas dentro dos próximos cinco anos e, ao perguntar a ele sobre como define o sucesso, ele é bem enfático: “Sucesso não é dinheiro, é a realização de um sonho. Eu não quero faturar 1 bilhão de reais. Eu quero que 400 famílias (de franqueados) realizem o seu sonho”.

Ele se tornou um empresário bastante conhecido, após participar da primeira temporada do programa Shark Tank Brasil como investidor, estando ao lado de investidores como Carlos Wizard Martins (Wizard e Mundo Verde), João Apolinário (Polishop), Camila Farani (Gávea Angels), Cristina Arcangeli (Phytoervas Fashion e beautydrink) e o cantor Sorocaba (Fernando e Sorocaba). 

Durante o programa ele investiu em empresas como a DDID, QG Food Truck e Moradigna. 

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Os 4 maiores erros dos empreendedores, segundo Robinson Shiba

Como pudemos perceber, a jornada empreendedora de Robinson foi repleta de altos e baixos e a experiência que ele adquiriu com cada uma das situações que aconteceram em sua vida foram fundamentais para que ele chegasse onde está hoje.

Assim, é possível dizer que ele tem muito a nos ensinar. Dessa forma, se você deseja empreender e também ter sucesso em sua o jornada, aqui vão alguns erros, que você deve evitar ao longo do caminho, para conseguir alcançar seus objetivos. 

1 – A transpiração é tão importante quanto a inspiração

Para Robinson um dos principais erros que ele observa muitos empreendedores cometerem é terem uma grande ideia, porém não fazerem nada para executá-la, para tirá-la do papel e fazerem ganhar vida. 

Para ele, tão importante quanto a inspiração é a transpiração. Sendo assim, a lição que ele nos dá nesse sentido é fazer as coisas acontecerem, caso o contrário alguém fará e depois não teremos como nos lamentar. 

2 – Você não precisa fazer tudo sozinho

Outro erro que Robinson observa em empreendedores é o fato de muitos quererem fazer tudo sozinhos, de não compartilharem seus sonhos e ideias com outras pessoas, para que, dessa maneira, seja possível alcançar os objetivos com mais rapidez. 

O que ele diz sobre isso é que é fundamental construir uma rede de networking eficiente e ter por perto pessoas tão engajadas quanto você, pois, fazendo isso, as chances de sucesso são muito maiores. 

3 – Confie no seu time

Seguindo adiante, Robinson Shiba, com seus anos de experiência, vê que outro erro cometido por pessoas que desejam empreender é elas delegarem tarefas, porém quererem que as atividades sejam executadas da mesma forma que elas executam. 

Para ele, é preciso delegar e deixar que cada um faça o que precisa ser feito, já que todos têm a sua própria maneira de trabalhar. Sendo assim, é essencial confiar e dar autonomia às pessoas, para que os bons resultados surjam. 

4 – Celebre cada conquista

O que Robinson observa neste ponto é que muitos, quando estão no começo da jornada empreendedora, acreditam que precisam ter uma postura mais dura e forte, e acabam deixando de lado a celebração das pequenas conquistas. 

De acordo com ele, é essencial deixar isso de lado e procurar reunir o time, para comemorar cada uma das conquistas e vitórias obtidas, desde as menores, até as maiores, pois isso é fundamental para a automotivação e para a motivação da equipe. 

Se você está nesse processo de início da jornada empreendedora, inspire-se através desta história e dessas dicas, e pratique agora mesmo o TBC, para que seus sonhos ganhem a forma que você deseja. 

E se você gostou deste conteúdo, deixe nos comentários a sua opinião e lembre-se que aqui você sempre vai ter o que precisa para se sentir inspirado a transformar seus objetivos em realidade, assim como fez Robinson Shiba.

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Copyright: Sergey Mironov / Shutterstock

José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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