Conheça o poder da empatia

Poder da Empatia

Você já parou para pensar no quanto ainda existem pessoas que não compreendem o real significado da palavra empatia? No quanto temos pensado, enquanto sociedade, apenas nos nossos próprios interesses, sem nos preocuparmos com o que as pessoas ao nosso redor vêm enfrentando?

É necessário fazer reflexões como essas, pois somente por meio de pensamentos assim e do desenvolvimento da capacidade de nos colocarmos no lugar do outro é que conseguiremos construir um mundo cada vez melhor para se viver.

Por isso, acompanhe-nos nesta leitura para compreender, de forma mais aprofundada:

  • O que é empatia;
  • Quais são os tipos de empatia que existem;
  • A importância dessa característica na vida pessoal e na vida profissional;
  • A diferença entre simpatia e empatia;
  • Os meios pelos quais podemos desenvolver essa competência tão valiosa.

A fim de viver cada vez mais em harmonia com aqueles que o cercam, continue a leitura e saiba mais!

O que é empatia?

Essa palavrinha mágica e poderosa, de origem grega, significa ter a habilidade de entender a necessidade do outro. É sentir o que uma pessoa está sentindo, colocar-se mentalmente no lugar dela e ver o mundo pela sua perspectiva. É ter a sensibilidade de ouvir alguém na essência e entender os seus desconfortos e as suas alegrias. É ver as suas vitórias e se alegrar, ver as suas tristezas e se convalescer.

De modo geral, a empatia é a capacidade que uma pessoa tem de vivenciar (imaginando, é claro!) a dor e a alegria de outra, mesmo que a ligação entre elas não seja algo extraordinário, surreal ou de outra vida. Basta apenas que se tenha o coração aberto para entender que cada ser humano é único e passa por situações distintas, que acabam por moldá-lo. É questionar-se: como eu me sentiria ou agiria se estivesse naquela situação?

Assim, não é necessária uma relação profunda entre os envolvidos, ou seja, pode-se ver a empatia agindo em torno de pessoas desconhecidas, mas que estejam vivenciando algo em um mesmo espaço e tempo. Até mesmo assistindo a uma reportagem pela televisão, podemos vivenciar esse sentimento. Não se trata literalmente de sentir a dor do outro, mas de fazer esse exercício altruísta de tentar compreender as situações pela ótica de quem as vive.

Quais são os tipos de empatia que existem?

No âmbito da psicologia, os psicólogos estadunidenses Paul Ekman e Daniel Goleman explicam que a empatia pode ser classificada em 3 distintas categorias, cujas características você conhecerá a seguir.

  • Empatia emocional: consiste na capacidade de colocar-se no lugar do outro, mentalmente, procurando imaginar os sentimentos e emoções vivenciados por ele na situação pela qual estiver passando;
  • Empatia cognitiva: consiste na habilidade de comunicar-se com mais clareza e compreender os pensamentos e ideias do outro, entendendo por que ele pensa daquela forma;
  • Empatia compassiva: como uma consequência natural dos tipos anteriores, consiste em não apenas imaginar ou acolher os sentimentos e pensamentos do outro, mas em efetivamente fazer algo para ajudá-lo.

Empatia e simpatia são a mesma coisa?

É comum que as pessoas pensem que sejam sinônimos, já que essas palavras descrevem qualidades que beneficiam o relacionamento interpessoal e até mesmo apresentam uma sonoridade semelhante. Todavia, não são a mesma coisa.

A empatia é o processo mental de colocar-se no lugar de outro indivíduo para compreender como ele se sente, pensa e age, de acordo com o contexto que estiver vivenciando. A simpatia, porém, consiste no ato de ser agradável aos olhos dos outros, por meio de sorrisos, bom humor, falas positivas, atitudes colaborativas e afinidades.

Pode ser que esses dois fatores caminhem juntos, mas não necessariamente. Uma pessoa não precisa ser simpática para ter empatia — aliás, sequer precisa conhecer a pessoa, como quando nos solidarizamos com a vítima de um crime que passa no noticiário.

Qual é a importância da empatia na vida pessoal?

É importante ressaltar que não podemos simplesmente ver os problemas e as alegrias de alguém com os nossos olhos — como se fossem nossos, com a nossa vivência, com a nossa história de vida, com a nossa bagagem emocional —, achando que absorvemos o que o outro está passando.

Cada um passa por uma série de acontecimentos que forma a sua personalidade e a sua vida, de modo que não podemos achar que alguém tem um problema pequeno ou uma felicidade exacerbada porque não vemos assim. Cabe a nós tentar entender como o outro pensa, sente e age — ou ao menos como nós pensaríamos, sentiríamos e agiríamos se estivéssemos no lugar dele. Esse é o exercício da empatia, que, acima de tudo, nos leva a deixar os julgamentos de lado!

Na vida pessoal, isso é muito importante, pois nos leva a uma postura de humildade, sem que nos consideremos superiores às outras pessoas. Além disso, a empatia nos motiva a fazer pelo outro aquilo que gostaríamos que fizessem por nós — ou ao menos a não fazer ao outro aquilo que não gostaríamos que fizessem conosco. Naturalmente, essa postura facilita a construção de bons relacionamentos com familiares, amigos, vizinhos, namorados, cônjuges etc.

Qual é a importância da empatia na vida profissional?

Na vida profissional, a empatia também se faz presente de diversas formas. Se você é um líder, por exemplo, certamente conseguirá liderar os seus funcionários da mesma maneira com que gostaria que alguém o liderasse: com organização, reconhecimento, feedbacks claros, instruções precisas, auxílio quando necessário, entre outros. Já se você é um colaborador, pode colocar-se no lugar do líder e ser um profissional mais eficaz, afinal de contas, você não gostaria de ter funcionários incompetentes, certo?

Entre os próprios colegas, a empatia é necessária e benéfica. Ela nos ajuda a ser mais compreensivos com as ideias do outro e a expressar discordâncias sem ofender ninguém. Além disso, essa competência evita que um colega critique o outro na sua ausência, pois a pessoa não gostaria que fizessem isso com ela. Por isso, a empatia estimula um pensamento ético, além da própria honestidade e da união entre os colegas de trabalho.

Por último, mas definitivamente não menos importante, a empatia leva os empresários e os próprios colaboradores a se colocarem no lugar dos clientes ou potenciais clientes da organização. Isso os ajuda a compreender os desejos e necessidades do público e, consequentemente, a desenvolver soluções (produtos e serviços) que o satisfaçam mais plenamente. Assim, os clientes ficam mais felizes, e a empresa alcança resultados extraordinários!

Todo mundo é empático?

De forma clara e direta: não!

A empatia é um sentimento, é uma qualidade do ser humano. Todavia, não são todas as pessoas que conseguem desenvolver essa habilidade. Não são todos os que nascem com a empatia arraigada no seu ser. Alguns apresentam grande dificuldade de desenvolvê-la.

Desenvolver a empatia demanda inteligência emocional e psicológica, sendo ela já existente ou a ser desenvolvida. Nem todos têm uma grande inteligência emocional para lidar com situações em que a empatia se faz necessária, mas é algo que pode e deve ser desenvolvido.

Se você parar e pensar, verá que, para ter empatia, é preciso, minimamente, saber ouvir e compreender as dificuldades do outro. Portanto, aquelas pessoas que apresentam traços de psicopatia na sua personalidade, por exemplo, não conseguem ou não têm a habilidade de desenvolver a empatia em qualquer forma.

Entretanto, vale lembrar que existem casos de pessoas que não apresentam psicopatia e, ainda assim, não conseguem desenvolver o sentimento de empatia por outras pessoas. São, normalmente, pessoas com um grau elevado de egocentrismo e que somente veem as suas habilidades pessoais ao passar por problemas ou ao lidar com situações adversas.

Para esse tipo de pessoa que não consegue sentir empatia por outras, ainda existe a possibilidade de desenvolver esse sentimento. Assim, ela pode melhorar a capacidade de se colocar no lugar do outro, de entender as dificuldades que ele está enfrentando e de ajudá-lo a compreender que isso é uma oportunidade de melhoria e de evolução que a vida está oferecendo. Por ser um caso mais complexo, pode demandar mais tempo para que a empatia possa ser desenvolvida, mas não é algo impossível.

Como desenvolver a empatia?

Como mencionamos acima, é sabido que é possível desenvolver o sentimento de empatia por outra pessoa. Contudo, pode ser que isso leve tempo e exija um esforço maior daquele que está em busca desse desenvolvimento.

Nesse sentido, é importante ter em mente que o que vale nesse processo é a busca e o interesse pela evolução pessoal, pois, de certa forma, sentir empatia por outra pessoa é um sinal de que você está crescendo. Isso ocorre porque, ao enxergamos as necessidades e os sentimentos dos outros, abrimos a nossa mente e o nosso coração para o mundo à nossa volta. Assim, caminhamos em direção a um desenvolvimento maior e mais completo.

Com o tempo e com algumas técnicas, a empatia consegue ser desenvolvida e fixada no interior de uma pessoa. Veja 7 dessas técnicas, que podem ser trabalhadas desde já.

  1. Ouça na essência

Esteja disposto a ouvir na essência o que aflige a outra pessoa. Quando ouvimos o outro, damos abertura para que ele nos mostre o seu mundo e a sua realidade, oferecendo a ele um lugar seguro. Além das palavras, preste atenção à linguagem corporal e às emoções que o indivíduo expressa, como forma de compreendê-lo melhor.

  1. Não julgue

Tente deixar de lado os preconceitos e julgamentos. Ouvir o que o outro tem a dizer, sem uma carga prévia de padrões de “certo” e “errado”, nos faz entender melhor o que ele vive e por que age como age. Ser empático não significa concordar com tudo o que o outro diz, mas você pode perguntar ao outro se você pode dizer o que faria se estivesse na situação dele.

  1. Evite comparações e abra-se ao novo

Não faça comparações com outros casos. Cada pessoa tem uma carga emocional própria. Quando comparamos, diminuímos a situação do outro, fazendo com que ele se sinta ainda pior. Em vez disso, diga que você compreende o que o outro diz e sente, procurando entender o seu universo.

  1. Conviva bem com as diferenças

Passe a conversar com pessoas diferentes. Ao conversarmos com diversas pessoas, observamos e compreendemos diversos pontos de vista e variadas vivências, expandindo os nossos horizontes. Isso ajuda a nossa mente a compreender que existem formas de pensar e viver diferentes das nossas — o que não significa serem melhores ou piores, apenas diferentes!

  1. Seja simpático

Como citamos, a empatia e a simpatia não são sinônimos, mas elas podem caminhar juntas. Assim, estabeleça um laço de confiança com as pessoas e seja sincero e gentil. A gentileza é capaz de grandes maravilhas nas vidas dos seres humanos. Mesmo nos momentos de estresse, evite perder o equilíbrio emocional, pois os momentos passam, mas a sua atitude não será esquecida. Trate a todos com gentileza.

  1. Demonstre confiança

A empatia não combina com fofocas, críticas pelas costas e exposição desnecessária. Elimine essas atitudes da sua vida para manifestar empatia. Mostre-se sincero e de confiança para conquistar a amizade das pessoas.

  1. Aja

Além de demonstrar empatia, verifique o que você pode fazer de concreto para ajudar as pessoas. Visite as pessoas, entenda os seus problemas e veja se há algo que você possa fazer para tornar a vida delas um pouquinho melhor.

Qual é o poder da empatia nas nossas vidas?

Sentir empatia por uma pessoa ou por um fato que esteja acontecendo com alguém pode fazer bem, tanto para a pessoa que recebe esse acolhimento quanto para quem tem a capacidade de expressar esse sentimento extraordinário.

O poder que a empatia tem dentro do ser humano é enorme. Se você sente que consegue ter empatia por alguém, passe a prestar mais atenção no que vem acontecendo à sua volta. Caso você não sinta, ou tenha dificuldade nesse ponto, comece com pequenos exercícios e gestos, como os que acabamos de citar, pois isso mudará o seu ponto de vista acerca das pessoas ao seu redor.

Existe limite para a empatia?

Talvez limite não seja a palavra certa, mas alguns cuidados precisam ser tomados. Lembre-se de que, em todas as relações humanas, é importante que haja equilíbrio e reciprocidade nos sentimentos e nas atitudes dos envolvidos.

Assim, se você estiver em algum tipo de relação, qualquer que seja, em que só você demonstra empatia, mas a outra pessoa não faz o mesmo por você, estamos diante de um relacionamento desequilibrado. Nesse caso, a pessoa empática pode ser explorada por uma pessoa egoísta, configurando uma relação tóxica.

Por isso, é importante ser empático, mas também analisar a situação e compreender quando esse sentimento não é recíproco. É preciso impor limites, pois colocar-se no lugar do outro não significa esquecer-se de si mesmo, ok?

Conclusão

Pequenas transformações acontecem ao longo do tempo, sendo que as pessoas passarão a procurar você com mais frequência para desabafar ou contar algo que tenha ocorrido, caso você demonstre empatia. Elas confiarão e respeitarão a sua opinião cada vez mais, e você passará a ser a primeira opção para aqueles que precisam se sentir mais acolhidos.

Para a pessoa que sente empatia por outra, isso pode ser algo transformador. Muitas vezes, sentir que está sendo útil para alguém pode ser o que faltava para sentir-se verdadeiramente vivo. Perceba que os benefícios existem tanto para quem busca por colo quanto para quem oferece o ombro. Viva o lado bom da humanidade!

E você, ser de luz, conseguiu analisar se você sente empatia pelas pessoas? Utilize o espaço a seguir para deixar o seu comentário. Conte-nos as suas experiências. Além disso, se você achou o artigo interessante, que tal colocar a sua empatia em prática e compartilhá-lo com quem mais possa se beneficiar dele, por meio das suas redes sociais?

José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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