Entenda o funcionamento da Dinâmica da Teia e como aplicá-la

Dinâmica da Teia Dinâmica da Teia do Envolvimento

A Dinâmica da Teia, também é conhecida como a Dinâmica da Teia do Envolvimento. Trata-se de um exercício muito utilizado para a apresentação pessoal de grupos, tanto em sala de aula quanto em treinamentos, entre outras situações.

Por ser uma dinâmica de apresentação pessoal, a Teia do Envolvimento geralmente é aplicada em grupos ou equipes que possuam como membros pessoas que possam se conhecer e, consequentemente, promovam um relacionamento interpessoal e desenvolvam sua autoconfiança. É um ótimo exemplo de dinâmica que pode ser realizada no primeiro dia de trabalho ou para integrar equipes.

É uma brincadeira simples de ser feita e utiliza, apenas, um rolo de barbante – essa também é uma atividade muito parecida com a Dinâmica do Barbante, para quem conhece. Por ser bastante divertida, a Dinâmica da Teia do Envolvimento pode ser usada em encontros de jovens, reuniões, aulas… quer saber como funciona? Continue lendo e aproveite para aplicar em sua empresa agora mesmo!

Dinâmica da Teia: funcionamento e aplicação

Objetivo: apresentar as pessoas de um grupo.

Material: Um rolo de barbante.

Com o rolo de barbante em mãos, o mediador precisará escolher um lugar no qual todos os integrantes do grupo possam se posicionar em um grande círculo. Para dar início à dinâmica, o facilitador [você] precisa pegar a ponta do barbante e amarrá-la em seu dedo indicador.

Então, você se volta para o restante do grupo, dizendo o seu nome e fazendo uma apresentação pessoal. Diga o seu nome, qual a sua formação, com o que você trabalha, alguma informação que você considera importante sobre a sua vida pessoal, como um hobby, a sua comida preferida ou qualquer outra coisa que sentir vontade para compartilhar com aquelas pessoas.

Ao terminar a sua apresentação, jogue o rolo de barbante para qualquer outra pessoa do grupo e incentive-a a, também, amarrar o cordão em seu dedo indicador e a fazer uma apresentação pessoal, da mesma forma como você fez a sua. Mas deixe-a livre para compartilhar as informações que considerar importantes.

E quando essa pessoa terminar de se apresentar, peça que ela jogue o rolo de barbante para outra. A seguinte deverá fazer a mesma coisa, amarrar o barbante no dedo e se apresentar.

Quando todos tiverem terminado suas apresentações, o barbante terá formado uma grande teia no meio do círculo formado pelos integrantes do grupo. Dessa forma, peça para que todo mundo olhe e observe o emaranhado de conexões formadas.

Em seguida, peça para que a última pessoa a se apresentar desenrole o barbante de seu dedo e devolva o rolo para quem havia lhe jogado anteriormente, na primeira etapa da dinâmica. Ao fazer isso, ela deverá repetir o nome da pessoa e o que foi apresentado sobre a vida dela.

É importante que você, enquanto aplicador da dinâmica, peça para que os membros do grupo repitam da maneira mais fiel possível o que a pessoa anterior havia falado. Caso o participante da vez se esqueça o nome de seu antecessor, será permitido uma pequena “cola”, olhando para o crachá. Se, por acaso, a pessoa se lembrar de nada, ou tiver muita dificuldade, também será permitido que os colegas do grupo ajudem.

A Dinâmica da Teia deve prosseguir nessa sistemática até que o rolo retorne para as mãos do facilitador. Na sua vez, você precisará apresentar à turma a última pessoa que falou. Uma média de tempo gasto para essa atividade, em um grupo de 30 integrantes – por exemplo – é de 80 a 90 minutos.

O grande objetivo dessa dinâmica, além de apresentar as pessoas umas para as outras, dentro de um departamento, por exemplo, é promover a interação entre os participantes e melhorar a comunicação interna, de modo a gerar trabalho em equipe, trazendo resultados ainda melhores para a organização.

A Dinâmica do Barbante

Como mencionada acima, a Dinâmica do Barbante é bem parecida com a Dinâmica da Teia. O material utilizado é o mesmo: um rolo de barbante. Mas, nesse exercício, a ideia é que os participantes perguntem uns aos outros algo sobre o qual desejam saber em relação à vida da outra pessoa.

As perguntas podem ser variadas, entre vida pessoal ou profissional, mas sempre com muito respeito e sem invasão de privacidade. Ninguém é obrigado a responder algo que não se sinta à vontade. Caso hajam dúvidas, você como aplicador pode ajudar os participantes com perguntas como: para qual time de futebol você torce?; quantos anos você tem?; qual seu estado civil?; qual seu hobby?; você possui animais de estimação?; quantos filhos tem?; e tantas outras mais.

Na prática, para realizar a dinâmica, peça para que todos os participantes sentem no chão, formando um círculo onde caiba todos. Pegue o barbante, amarre a ponta no seu dedo indicador e jogue o rolo para uma pessoa. Faça a pergunta. Depois peça para a pessoa que respondeu fazer a mesma coisa, até que todos tenham perguntado e respondido.

Uma outra maneira de aproveitar essa dinâmica é, ao invés de fazer perguntas, pedir que as pessoas elogiem umas às outras, destacando qualidades da pessoa ou para satisfazer alguma curiosidade do porquê a pessoa faz certas coisas ou tem certos gostos. Por exemplo: eu admiro você por ser pontual; eu admiro você pela sinceridade; eu joguei o rolo de barbante porque quero fazer uma pergunta pessoal; e tantas outras coisas.

A ideia é que as pessoas possam relaxar, brincar, rir e se descontrair bastante. Ao final da dinâmica uma grande teia terá se formado. Também conhecida como a teia dos relacionamentos.

Essa é uma atividade que pode ser feita com diversos objetos e pode ser utilizada em várias situações, como em festas, datas comemorativas e eventos da empresa. Por exemplo, no Natal, cada pessoa que pegar o rolo de barbante deve fazer um agradecimento e desejar boas festas.

Ao final da dinâmica, o aplicador pode fazer um pequeno discurso, falando sobre a importância dos relacionamentos interpessoais nas atividades em grupo, em como conhecer um pouco mais sobre seus colegas de trabalho pode criar uma rede de relacionamento, assim como a teia foi criada.

Por que aplicar e participar de dinâmicas de grupo?

Muitos candidatos têm medo das dinâmicas em grupo. Mas é preciso entender que elas são muito importantes para que as empresas consigam identificar nos neles importantes e crescentes características para o mercado de trabalhoApesar de não ser um método inovador, são atividades que podem mostrar aos recrutadores, por exemplo, o comportamento ético do profissional que está se candidatando.

Durante as dinâmicas são apresentadas e trabalhadas situações que testam a flexibilidade dos candidatos, se eles se preocupam ou não em reduzir custos a qualquer preço ou se levam em consideração a imagem da empresa. Claro, esse é apenas um exemplo e de uma situação hipotética.

Geralmente as empresas buscam profissionais que saibam lidar com as diferenças e, muitas vezes, é possível perceber algum tipo de preconceito apenas pela forma como o candidato olha.

O que você pode fazer para ter sucesso nas dinâmicas de grupo?

A primeira coisa que você precisa ter em mente é: autoconhecimento. Quanto mais você se conhece maior será o seu domínio da situação. Por isso é tão importante refletir bastante sobre si mesmo antes de iniciar a participação em uma dinâmica. E isso vale tanto para os candidatos quanto para os aplicadores. Faça uma retrospectiva, analise quais são os seus valores, pontos fortes e fracos.

No caso de estágio ou trainee a visão do avaliador deverá se voltar especialmente para as características pessoais, especialmente porque as habilidades comportamentais ficarão ainda mais em evidência. Já para as funções que exigem algum tipo de experiência, o processo será composto pela análise da junção entre as características profissionais e pessoais.

Conheça a empresa na qual você pretende trabalhar

Enquanto candidato, você precisa saber, pelo menos, o básico sobre a empresa onde irá fazer a entrevista de emprego. Comece essa pesquisa antes mesmo de se candidatar à vaga, já que a ideia é de que seja uma escolha mútua: o candidato escolhe a organização e a empresa escolhe o candidato.

Tenha em mente seus valores. Pense em tudo o que você acredita e, dessas coisas, quais são parecidas ou bastante semelhantes com os valores da empresa para a qual você está se candidatando.

Um pequeno detalhe muito importante não erre a roupa! Essa é uma realidade que pode parecer uma grande bobagem, especialmente para os mais jovens. Porém, aquela velha história é totalmente verdadeira, a primeira impressão é a que fica – principalmente no caso de entrevistas de emprego.

Então, pesquise sobre o estilo da empresa. Claro, existem empresas em que o estilo casual é adotado diariamente. Na dúvida, o melhor é ir de roupa social mesmo. No caso dos homens, o famoso terno e gravata – com cores neutras, ali entre o azul e preto. E para as mulheres, terninho em cores neutras.

Ah, é legal lembrar de evitar o uso de saias e shorts, já que algumas atividades podem exigir um pouco mais de liberdade de movimento, como sentar no chão. E lembre-se sempre de se lembrar de nunca esquecer de não usar gravatas “divertidas”, decotes ou roupas muito justas.

Não tenha medo de ser quem você é

Há algum tempo, não muito, era bem comum que as dinâmicas fossem aplicadas à medida que analisassem situações hipotéticas. Como decidir em grupo o que levar para uma ilha deserta ou para um refúgio subterrâneo. Hoje em dia as dinâmicas são um pouquinho – bastante – diferentes, como é o caso da Dinâmica da Teia que falamos mais acima.

A ideia é que as estimulem a conversa sobre questões que possam ser resolvidas o mais próximo da realidade possível, como a criação de um produto ou serviço para a organização. Justamente por isso, as atividades aplicadas em dinâmicas hoje em dia são muito mais criativas, mais envolventes.

Sem que os próprios participantes percebem, esses exercícios os estimulam a revelar aquilo que trazem consigo. Desde grandes reações aos mais disfarçados olhares, absolutamente tudo é avaliado pelo recrutador.

Essas mudanças se deram para que as pessoas possam ser mais “elas mesmas”, sem precisarem interpretar um personagem em uma história que jamais vai, sequer, passar perto da sua realidade, tanto pessoal quanto profissional. Dessa forma os avaliadores podem chegar o mais próximo possível de uma reação verdadeira, como realmente poderia ou pode acontecer – caso a pessoa seja contratada – em uma situação real, dentro da empresa.

Mas não se engane, essa é uma excelente oportunidade para você mostrar quem realmente é, quais são os seus valores, e, assim, conquistar a tão desejada posição profissional.

Desenvolva competências

Tanto um recrutador que vai aplicar as dinâmicas quanto um candidato à vaga em questão devem desenvolver suas competências. Algumas delas podemos chamar de unânimes. Claro, sabemos que por mais que possamos parecer com uma pessoa aqui e outra ali, somos individuais em nossas características. Por isso mesmo é muito importante que você saiba como melhorar aquilo em que é “igual” a todo mundo e, ainda mais, aquilo em que se destaca dos demais.

Bom, apesar de as dinâmicas serem adaptadas para necessidades específicas de cada empresa, existem alguns atributos que, de maneira geral, são altamente desejáveis em qualquer área de atuação. A exemplo dessas características estão a capacidade de persuasão e o poder de negociação, assim como o de convencimento. Afinal, digamos que você esteja se candidatando à vaga de vendedor ou mesmo de gerência, é preciso saber como atrair a atenção de um cliente ou funcionário, assim como convencê-lo daquilo que está vendendo, seja um produto ou ideia.

Consequentemente, ter boa comunicação e dialética fazem toda a diferença. O que também envolve o poder da análise e de síntese. Assim, requer compreensão adequada do cenário definido na dinâmica. Por isso, esteja sempre muito atento a todas as instruções, inclusive possíveis “pegadinhas” que possam estar embutidas nas falas do aplicador. No caso de ser a pessoa quem ministra a atividade, esteja certo de que tudo o que você fala está sendo ouvido com atenção e respondido tanto com proatividade quanto com assertividade.

Para ambos, é preciso estar sempre muito bem preparado, estudar com antecedência os valores da companhia, o segmento – ou os vários – em que atua. Essa preparação fará com que você não se perca na hora de sugerir estratégias de negócio em um exercício proposto. Da mesma forma que saberá responder, muitas vezes, de prontidão a uma pergunta ou questionamento, seja ele previamente elaborado ou de supetão.

E você? Já participou de alguma dinâmica de grupo? Ou já trabalhou alguma com a sua equipe? Compartilhe comigo a sua experiência e continue acompanhando nossos conteúdos, pois diariamente produzimos novos materiais para colaborar com o seu crescimento pessoal, profissional e empresarial!

Imagem: Lyudmyla Kharlamova / Shutterstock

José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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