Indolência social no trabalho: como identificar o problema e evitá-lo

homem fazendo gestos com as mãos de desisteresse

A indolência social pode interferir nas relações das organizações.

Talvez o nome não pareça familiar, mas, com certeza, você já se deparou com situações em que a indolência social esteve presente. Trata-se de um fenômeno bastante peculiar em ambientes de trabalho, especialmente aqueles em que possuem um grande número de pessoas convivendo diariamente.

Continue lendo para entender melhor o que é a indolência social no trabalho e conferir dicas para identificá-la e evitá-la.

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O que é a indolência social? Como identificá-la?

De forma sucinta, a indolência social é a negligência que temos diante de uma atitude que podemos tomar. Sabe quando a gente se depara com alguma situação que pode ser resolvida por nós mesmos e, ao invés de agirmos, optamos por ignorá-la? Isso é ser indolente.

Estudos científicos sobre a indolência social (ou social loafing) apontam que ela é fruto da redução da pressão exercida sobre o indivíduo, algo bastante recorrente em empresas de grande porte, com processos e burocracias, por exemplo. Basicamente, o indivíduo se apega à ideia de que há muitas pessoas na organização e que, portanto, não precisa agir, já que outros poderão fazê-lo.

Exemplos de indolência social

Para te ajudar a identificar a indolência social no trabalho, observe alguns exemplos.

  1. Na sua sala tem uma mesa com chás e cafés para que todos possam beber. Você vai até ela para pegar um chá e se depara com uma mesa um pouco suja. Ao ver o móvel nesse estado, pega o seu chá e vai embora. Afinal, por que iria limpar se outra pessoa pode fazer esse serviço? Além do mais, não foi você quem sujou.
  2. Você precisa imprimir algo e notou que a impressora não está funcionando. Uma opção seria ir até o departamento de T.I. e informar aos responsáveis que há um problema no equipamento. Contudo, em vez disso, prefere procurar outra impressora na empresa e deixar o equipamento com defeito para lá.
  3. A ideia de que fazer mais do que o job description é injusta é um grande reforçador da indolência social. Assim, os colaboradores que pensam dessa forma parecem entrar em uma competição de quem faz menos. Eles se tornam lentos e reduzem cada vez mais o ritmo ao observarem as mesmas atitudes nos colegas.
  4. Pessoas que agem com indolência social tendem a gostar da proteção que estar em um grupo oferece. Entretanto, contribuem o mínimo possível para o time. Elas pensam que, como os colegas estão realizando as atividades necessárias, não precisam se esforçar.
  5. Em grupos em que as responsabilidades não ficam claras, é comum que as pessoas não se sintam obrigadas a contribuir. Apenas aquelas que são naturalmente proativas irão se esforçar para resolver os problemas que aparecem, enquanto os indolentes sociais parecem não enxergar suas responsabilidades.

Perceba que são pequenos gestos que podem comprometer o andamento de trabalhos importantes dentro da organização. A indolência social no trabalho é algo bastante nocivo, pois revela a falta de comprometimento das pessoas com o bem-estar dos demais e os objetivos da companhia.

Se você age dessa maneira ou se percebe que na empresa em que trabalha tem muitas pessoas agindo de modo indolente, saiba que existem algumas formas de evitar esse comportamento.

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Como evitar a indolência social?

Para evitar a indolência social, existem algumas ações que podem contribuir positivamente com esse processo, acompanhe!

1. Visão sistêmica

Cada parte de uma organização empresarial é importante para que toda a empresa tenha êxito e alcance os resultados esperados. Com a visão sistêmica, tanto colaboradores quanto gestores percebem que fazem parte de um grande processo e que suas respectivas atividades são importantes para o bom desempenho da empresa. Isso faz com que todos entendam que são responsáveis pelo sucesso da organização, reduzindo a prática da indolência social.

2. Feedbacks pontuais

É importante que tanto os colaboradores quanto os gestores recebam feedbacks a respeito de suas atitudes, seus pontos positivos e pontos de melhoria. Tal prática auxilia os envolvidos a perceberem o quanto são responsáveis pelos resultados alcançados pela empresa, gerando um ambiente de cooperação.

3. Demonstre confiança

A ausência de confiança, tanto por parte dos gestores quanto dos colaboradores, contribui para que as pessoas se acanhem diante de uma atitude diferente. Quando os gestores não confiam em seus liderados, estes não se sentem seguros para agir de maneira autônoma e responsável.

Quando os colaboradores não confiam nos gestores, a equipe não trabalha com sinergia. A confiança é algo fundamental para que as pessoas saiam da zona de conforto e olhem para a empresa com um novo olhar, o olhar de quem se compromete com toda a organização.

4. Empatia

Nos exemplos apresentados anteriormente, da mesa suja de café, da impressora que não funciona e outros, os sujeitos ignoram que podem agir e promover um bem para todos e se contentam em realizar apenas a sua tarefa. Esse tipo de comportamento demonstra falta de empatia, pois não houve o pensamento de se colocar no lugar dos demais.

Para evitar isso, é necessário desenvolver essa habilidade e sempre se questionar se gostaria que um terceiro agisse da mesma maneira em relação a você. Para ser empático é preciso considerar apenas isso, aquele velho pensamento de “se ninguém faz, também não vou fazer” deve ser abandonado. Concentre-se em você, em fazer o seu melhor, sem depender do comportamento das outras pessoas para isso.

5. Encontrar o equilíbrio entre ser indolente e querer resolver tudo

Um ponto bastante importante é que a ideia de lutar contra a indolência social não inclui querer resolver tudo. Afinal, nenhum profissional conseguirá dar conta de todos os problemas de uma organização, independente de seu porte. O foco deve estar em fazer o que for possível e, o que não for, ser direcionado aos responsáveis.

Limpar a mesa de café é algo simples que pode ser resolvido em poucos minutos, ou seja, qualquer colaborador pode fazer. Da mesma maneira que avisar o setor de TI que a impressora está com defeito também é simples. Veja que são pequenas atitudes que poderão fazer a diferença sem gerar sobrecarga em um profissional.

É preciso destacar que nem sempre a indolência social é fruto de ações mal-intencionadas. Em muitos casos, se trata apenas de um desconhecimento da própria capacidade. Assim, o indivíduo se omite por não compreender que uma ação sua poderia contribuir para um bem maior.

Esse problema pode ser superado através do diálogo, da clareza em relação aos papéis de cada colaborador e do fortalecimento do espírito de equipe. Assim, as pessoas irão se tornar conscientes das suas obrigações e do potencial que possuem para fazer a diferença.

Você já conhecia o conceito de indolência social? Tem algo a acrescentar? Deixe seu opinião no espaço para comentários abaixo e aproveite para compartilhar o conteúdo em suas redes sociais para levar o conhecimento adiante!

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José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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