Chefe x Líder: Descubra as atitudes de cada um

Chefe e líder

Entenda a diferença entre chefia e liderança.

Liderança e chefia possuem significados muito diferentes. Apesar de ambos os conceitos representarem o comando de grupos, cada um exerce a sua função de maneira específica: o chefe trabalha com resultados, enquanto o líder trabalha com pessoas.

O chefe, portanto, busca apenas a lucratividade e está sempre demandando tarefas e cobrando entregas e resultados satisfatórios. Esse método pode até funcionar, mas, em longo prazo, causa desgaste nos colaboradores e, consequentemente, um aumento na rotatividade da empresa.

A liderança também visa ao alcance de resultados, porém, utiliza estratégias pautadas na qualidade de vida dos profissionais. O líder se preocupa com a manutenção do bem-estar físico e mental dos funcionários, de modo a manter a equipe sempre motivada, engajada e comprometida. Saiba mais sobre essas diferenças a seguir!

Quais são as características de um líder de alta performance?

Confira, abaixo, como exercer uma liderança de sucesso, diferenciando-se do perfil clássico do chefe.

· Autoconhecimento

O líder deve, antes de qualquer coisa, conhecer a si mesmo de maneira ampla e aprofundada. Isso ocorre porque, quanto mais o indivíduo conhece a si mesmo, maior será a sua capacidade de conhecer o outro. Os chefes, em contrapartida, ignoram esse aspecto e colocam-se sempre em uma posição de superioridade, apenas para cobrar os outros.

· Liderança justa e personalizada

O líder deve saber que cada um dos seus funcionários possui um potencial infinito, exercendo uma liderança igualitária e que ofereça oportunidades a todos.

Além de ser justa, a liderança deve ser personalizada. Isso significa que o líder deve adequar a sua linguagem de acordo com o perfil de cada liderado, considerando que cada um tem motivações e objetivos próprios. Nesse sentido, o líder precisa alinhar a sua forma de liderar com as necessidades e expectativas individuais de cada profissional. A ideia é ter igualdade, mas respeitando as singularidades.

· Exemplo em atitudes

O líder cobra a sua equipe por meio de ações, mostrando na prática o que deseja obter do seu time. Portanto, é dever do líder ser pontual, comprometido, focado e mostrar um desempenho ideal, servindo como inspiração e exemplo a ser seguido. É o oposto de um chefe, que cobra dos funcionários aquilo que nem ele mesmo é capaz de demonstrar.

· Gestão por competência

O líder de alta performance conhece bem os seu liderados, bem como os seus respectivos pontos fortes, habilidades, capacidades e pontos que precisam de melhoria. Assim, este gestor pode delegar as demandas de acordo com os atributos e competências de cada um, aproveitando os seus talentos de maneira plena.

· Cultura colaborativa

Sentir-se útil é uma necessidade de todos os indivíduos. Por isso, o líder sempre deve reforçar a importância de cada integrante do seu time para o crescimento da equipe e da organização em geral. Chefes, por sua vez, consideram que a tarefa do funcionário não é mais do que a obrigação, sem reconhecer os seus méritos.

Nesse sentido, é dever do líder envolver a equipe nos projetos organizacionais, estimular a participação ativa e trocar conhecimentos e experiências, sempre com o intuito de maximizar o potencial de todos. Ele também deve reconhecer o que cada um fez de bom.

·  Evolução contínua

O líder está em constate aprimoramento, investe continuamente em novas formas de evolução e tem humildade de aprender com os seus liderados. Faz parte dos seus deveres, ainda, promover o aprimoramento do seu time, oferecendo oportunidades de cursos, workshops, palestras e congressos. Chefes, em contrapartida, pouco ou nada se importam com a evolução dos colaboradores. Também dificilmente reciclam os seus próprios conhecimentos.

Como deixar de ser chefe e começar a ser líder?

O chefe é aquele indivíduo que foi designado para comandar uma equipe ou departamento. Já o líder é um indivíduo que sabe guiar as pessoas a alcançarem um objetivo. Às vezes, os chefes são líderes, às vezes não. Às vezes, uma pessoa que nem é chefe (não tem nenhum cargo de comando) tem mais características de liderança do que o próprio chefe.

Deixar de ser “chefe” e tornar-se um verdadeiro líder é uma transformação que requer algumas mudanças de comportamento. Para ser chefe, basta dar ordens, muitas vezes de forma autoritária. Ser líder, no entanto, envolve assumir riscos e responsabilidades, bem como orientar, ensinar, auxiliar e ser mais humano e empático.

Confira, a seguir, 6 atitudes de um líder verdadeiro:

1. Humanizar-se

Liderar é, antes de qualquer coisa, gostar de pessoas e saber lidar com elas, em todas as suas diferenças e pluralidades. Você comandará uma equipe e precisará conhecer muito bem cada membro dela, relacionando-se da melhor maneira possível e incentivando-os a manterem um espírito de equipe. Gostar de pessoas é necessário para ajudá-las no dia a dia e promover o seu desenvolvimento profissional.

2. Saber orientar

Ser líder não é apenas dar ordens. É estar acessível para tirar dúvidas e orientar cada membro da equipe nas suas respectivas tarefas. E fazer isso com paciência e dedicação é, sem dúvida, uma tarefa desafiadora. O líder deve ensinar e capacitar os seus funcionários a caminharem com as próprias pernas, orientando-os, sem ser controlador.

3. Delegar poderes

Centralizar todas as funções em suas próprias mãos não é ser líder, é ser egoísta. O bom líder demonstra que confia na sua equipe e que sabe distribuir as tarefas e responsabilidades a cada colaborador, de acordo com as suas habilidades e capacidades individuais. A divisão das tarefas confere maior fluidez e produtividade ao dia a dia da equipe, evitando que os processos fiquem engessados.

Além disso, delegar é demonstrar confiança e, consequentemente, valorizar o funcionário. Por sua vez, ele vai produzir com mais autoconfiança e autoestima.

4. Ser flexível

Mesmo nas empresas mais consolidadas, que já têm definidas as regras e os processos internos, o acaso surge e altera as circunstâncias. Por isso, o dinamismo dos mercados requer do líder um perfil profissional capaz de se adequar às diferentes situações.

Abrir-se a novas e mais eficientes formas de produzir é um traço dos líderes modernos. Em contrapartida, aqueles que se recusam às mudanças e inovações da nossa era correm o risco de serem superados pela concorrência. Nunca parar de estudar e de adquirir conhecimentos é uma boa forma de ser um grande líder.

5. Assumir responsabilidades

O bom líder responde pela equipe, em vez de apontar culpados quando algo dá errado. Ele conversa com os seus colaboradores, dá feedbacks constantes e aponta, com ética, os pontos de melhoria, especificando com clareza o que deseja para os próximos dias.

Da mesma maneira, o bom líder também reconhece quando um bom trabalho foi feito e valoriza os seus funcionários. Assim, ele mantém o moral da equipe elevado.

6. Assumir riscos

Por último, mas definitivamente não menos importante, o líder precisa saber correr riscos calculados. Se tem alguém que não deve ter medo de inovar e de experimentar novas maneiras de executar as tarefas, esse alguém é o líder. Além disso, ele deve transmitir esse espírito de inovação e ousadia à equipe, fomentando a criatividade e a liberdade de atuação.

Se houver erros, também é função do líder extrair da experiência negativa aprendizados e transmitir os ensinamentos à equipe. Assim, é possível recalcular a rota e ser mais eficaz da próxima vez.

E você, querida pessoa, é um chefe ou é um líder? E quanto aos seus supervisores: em qual categoria eles estão? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!

José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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