Primeira dica: você não perde nada em ser sincero e direto. / Copyright: Ai825
O mercado de trabalho tem exigido muito dos candidatos que vão ocupar as vagas de emprego. A cobrança pela presença do máximo de conhecimento possível e especialização no currículo dos candidatos é tanta, que muitas dessas cobranças não fazem nenhum sentido quando a vaga é analisada por completo.
Outra questão que tem sido muito cobrada, e algumas vezes questionada, pelas pessoas que buscam uma oportunidade, são as exigências que se estendem aos profissionais que ainda estão na faculdade e buscam um estágio para começar a entrar no mercado de trabalho.
Na “escala das preocupações relacionadas à carreira”, é fácil decifrar quais as principais questões que os candidatos mais têm medo ou receio de lidar. Acredita-se que a exigência por conhecimento e experiência esteja no ranking das questões mais temidas. Junto a ela e a tantas outras, aparece a dúvida do que colocar ou não no currículo. Se você tem essa dúvida, acompanhe-nos no artigo a seguir!
O que não colocar em um currículo?
De antemão, é preciso ressaltar dois fatos extremamente importantes: 1- jamais coloque aquilo que não é da sua competência no currículo e 2- não se arrisque em uma vaga que exija aquilo que você não consegue oferecer. Tendo isso em mente, as chances de erro são menores.
Todavia, pensando em um dos “medos” que foram mencionados acima, fique atento às próximas dicas, pois elas servirão para dar uma ajudinha na elaboração de um currículo extraordinário!
Menos é mais!
Com certeza você já deve ter escutado essa expressão “menos é mais”. Muitas vezes, ela é usada no ambiente da moda, mas também pode ser aplicada em várias outras áreas da vida de uma pessoa. E por que não exercitar essa lição no momento da criação de um currículo?
Contudo, logo surge a dúvida? “Não devo falar tudo que sei fazer?” Não. Definitivamente não. Veja abaixo alguns dos itens que são totalmente desnecessários ao longo da elaboração de um currículo.
1. Apresente-se fisicamente apenas na entrevista
A não ser que o entrevistador peça, jamais envie uma foto no corpo do e-mail ou anexada ao currículo. É importante que as empresas façam uma avaliação 100% objetiva, considerando os conhecimentos dos candidatos, e não a sua aparência física. Além disso, levando em conta que muitos currículos terminam no lixo, é até uma questão de segurança evitar colocar uma fotografia ao lado das suas informações pessoais. Reforçando: só envie se a vaga pedir a imagem.
2. Evite abordar a sua vida antes da faculdade
Não é necessário colocar no currículo a escola em que você concluiu o ensino médio, caso já tenha terminado a faculdade. Isso só é aceitável se o candidato estiver procurando estágio e ainda estiver cursando a graduação. Quanto ao ensino fundamental e à educação infantil, deixe-os de lado também. No mercado de trabalho, os currículos são focados no ensino médio, no ensino técnico e no ensino superior (graduação, especialização, mestrado, doutorado etc.).
3. Não exponha as suas intimidades
Não pense que ser extrovertido e bem-humorado possa ser a melhor opção ao criar um currículo. Ele é um documento e, por isso, precisa ser muito bem formulado. Dessa forma, evite usar “fontes animadas”, empregar termos que ofereçam duplo sentido, fazer piadinhas no corpo do e-mail, ou enviar o currículo com o endereço de e-mail da sua adolescência: [email protected]. Isso só vai atrapalhar você durante o processo seletivo, pois transmite uma imagem de imaturidade.
4. Verifique quais informações realmente estão sendo solicitadas
É mesmo necessário colocar a sua data de nascimento, o seu estado civil e o seu endereço? Por questões de segurança, assim como citamos na questão da fotografia dos candidatos, verifique com a empresa se realmente é preciso colocar esses dados na candidatura. Muitas vezes, eles só são exigidos depois que o candidato já foi selecionado, para fins de cadastro. Contudo, até que isso ocorra, essa exposição de dados pessoais pode ser desnecessária.
5. Evite os clichês
Imagine a quantidade de currículos que uma empresa deve receber por mês. Pense que a maioria deles, talvez 80%, apresenta aquelas frases prontas, o famoso clichê. Busque inovar, escreva o seu próprio currículo, mostre a sua capacidade criativa, substitua o “sou qualificado” por um exemplo, mostre o que fez para ser uma pessoa qualificada. “Um defeito? Perfeccionista!”. Esse clichê as pessoas cometem tanto nas entrevistas quanto nos currículos. Evite. Seja mais criativo do que isso!
6. Não exagere nas qualidades
É verdadeiramente importante falar um pouco de si e das suas qualidades, porém, enfatizar de forma exaustiva que você é extremamente dedicado, responsável, prestativo, compromissado e tudo o mais é bastante “enjoativo” para o recrutador. Uma pessoa que demonstra uma visão excessivamente elevada de si mesma pode sair da autoestima e esbarrar no campo da arrogância, que é uma característica muito indesejada nas organizações. Portanto, fique atento a essa questão.
7. Não aborde o que pode ser explicado na entrevista
O que você gosta e tem prazer em fazer nas horas vagas não precisa entrar no seu currículo. O recrutador da empresa não está interessado em saber se você gosta de cozinhar, fotografar, costurar etc. Essas questões até podem ser abordadas em uma fase seletiva posterior, como a entrevista. Contudo, o currículo é apenas um documento de seleção prévia, focado em classificações e exclusões objetivas, com base nos requisitos técnicos que a vaga demanda. Tenha isso em mente.
Percebe como pode ser simples ter sucesso em um processo seletivo? Ser direto, optar por discrição, falar a verdade e incluir apenas o que a vaga exige são grandes dicas para a elaboração de um currículo excelente. O excesso de informações, em contrapartida, pode causar impressões equivocadas, cansar os recrutadores e até mesmo provocar a eliminação do candidato. Por isso, coloque tudo isso em prática e encontre imenso sucesso nos seus caminhos profissionais!
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Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.
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