Veja 10 dicas de como lidar com pessoas bipolares no trabalho

Bipolares Saiba como lidar com pessoas Bipolares no Trabalho

Uma vez que as pessoas passam a maior parte do dia no trabalho, é fundamental que todos colaborem para que o ambiente profissional seja o mais agradável e tranquilo possível. Um dos principais fatores que fazem o local de trabalho ser positivo são as pessoas que fazem parte dele e, nesse sentido, é fundamental que todos saibam como controlar suas emoções e reações.

A presença de uma pessoa com Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) pode comprometer significativamente o ambiente de trabalho. Isso porque esses indivíduos costumam oscilar de humor e acabam deixando o local um tanto quanto instável.

Convido você a continuar esta leitura poderosa e saber mais sobre este tipo de transtorno, bem como maneiras eficientes para lidar com ele no ambiente de trabalho.

O que é Transtorno Afetivo Bipolar?

Mas vamos começar do começo: o que é o Transtorno Afetivo Bipolar? Antes de sair apontando o dedo pra todo lado, entenda o que realmente é e como funciona o TAB. De acordo com o Dr. Drauzio Varella, se trata de um distúrbio psiquiátrico complexo.

Suas principais características são a alternância – muitas vezes súbita – entre episódios de depressão com os de euforia (mania e hipomania) de períodos assintomáticos entre eles. As crises podem variar de intensidade (leve, moderada e grave), frequência e duração.

A mania é um estado de intensa euforia, onde há aumento de energia, agitação, inquietação, mania de grandeza, menor necessidade de sono, podendo até causar agressividade, delírios e alucinações.

A hipomania é um quadro mais leve da mania. Apresenta sintomas menos graves e que interferem menos no cotidiano. Podendo haver tagarelice, maior disposição, impaciência, mais sociabilidade, iniciativa e energia para realizar atividades diárias.

Além disso, atualmente existem quatro tipos de Transtorno Bipolar, sendo eles:

Tipo I – apresenta períodos de mania, que duram, no mínimo, sete dias, e fases de humor deprimido, que se estendem de duas semanas a vários meses. Tanto na mania quanto na depressão, os sintomas são intensos e provocam profundas mudanças comportamentais e de conduta, que podem comprometer não só os relacionamentos familiares, afetivos e sociais, como também o desempenho profissional, a posição econômica e a segurança do indivíduo e das pessoas que com ele convivem. O quadro pode ser grave a ponto de exigir internação hospitalar por causa do risco aumentado de suicídios e da incidência de complicações psiquiátricas.

Tipo II – Há uma alternância entre os episódios de depressão e os de hipomania (estado mais leve de euforia, excitação, otimismo e, às vezes, de agressividade), sem prejuízo maior para o comportamento e as atividades do portador.

Não especificado ou misto – Os sintomas sugerem o diagnóstico de transtorno bipolar, mas não são suficientes nem em número nem no tempo de duração para classificar a doença em um dos dois tipos anteriores.

Ciclotímico – É o quadro mais leve do transtorno bipolar, marcado por oscilações crônicas do humor, que podem ocorrer até no mesmo dia. O paciente alterna sintomas de hipomania e de depressão leve que, muitas vezes, são entendidos como próprios de um temperamento instável ou irresponsável.

Como agem as pessoas bipolares?

O revezamento frequente entre períodos de normalidade, depressão, euforia e outros sentimentos fazem com que as pessoas bipolares sofram a cada episódio de TAB. Essas alterações também afetam quem convive diretamente com o bipolar, já que pode ser muito complicado acompanhar e entender todas as mudanças de humor.

A mania é identificada pelo humor exaltado, pela euforia, pela hiperatividade, pela fala exagerada, diminuição da necessidade de sono, exacerbação da sexualidade e comprometimento da crítica. Esse é um estado que se alterna com episódios de irritabilidade, agressividade, incapacidade de controlar os impulsos, aceleração do pensamento, distração elevada e incapacidade para ordenar as ideias.

Quem sofre de bipolaridade dificilmente consegue sentir separadamente cada um desses sentimentos, tornando-se uma pessoa complicada para conviver e se relacionar.

Como lidar com um colega de trabalho bipolar?

Após conhecer um pouco mais sobre o transtorno e de que maneira é possível identificá-lo, efetivamente e na prática, nas pessoas portadoras da bipolaridade, compartilho com você dicas essenciais, que você pode utilizar no dia a dia para lidar e ajudar um colega de trabalho bipolar.

1 – Conheça o caso da pessoa

Procure entender o diagnóstico da pessoa, como está o tratamento e quais são os medicamentos que ela toma. Caso o bipolar faça uso de algum medicamento para controlar os sintomas e manias, é importante que os colegas de trabalho fiquem atentos ao comportamento e as reações durante o dia, intervindo sempre que necessário.

2 – Evite discussões

As discussões podem desencadear um desconforto para você e para todos os colaboradores que estão por perto. Por isso, tente evitar corrigir, interromper ou dizer coisas que possam vir a irritar o colega de trabalho bipolar. Preze sempre pelo seu bem-estar e pela tranquilidade de todos, zelando pela boa convivência.

3 – Fale com calma

Procure falar coisas positivas, usando um tom de voz adequado. Evite que a pessoa com Transtorno Bipolar aja com impulsividade e tenha o cuidado de evitar situações de risco e de não incentivar o bipolar a tomar atitudes impensadas.

4 – Seja positivo

Ainda que a pessoa com Transtorno Bipolar esteja em fase depressiva, não a culpe e nem a acuse. Em vez disso, tente sempre lembrar de como essa pessoa já sofre diante de tantas emoções e coloque-se à disposição para ajudá-la, caso ela precise de algo, nem que seja um ombro amigo para ouvi-la.

5 – Não enfrente

Entenda que seu colega de trabalho sofre de um problema e faça o possível para desfrutar e incentivar os bons momentos da pessoa.

6 – Mostre disposição

Pergunte em que pode ajudar. Em casos de um episódio maníaco ou depressivo, a pessoa pode precisar de coisas diferentes para se sentir melhor.

7 – Não se culpe

Não se responsabilize por tudo que acontece. Ajudar um colega de trabalho é muito diferente de se culpar por tudo o que acontece com ele. Jamais comprometa sua saúde mental para ajudar o outro, pois isso pode deixar o ambiente profissional ainda mais nocivo.

8 – Não faça o colega de vítima

Evite facilitar as coisas para quem sofre de bipolaridade. Em vez de tratar seu colega como vítima, acompanhe e ajude com tudo o que puder, sempre incentivando-o a superar o problema e seguir em frente.

9 – Não julgue

Muitas pessoas ainda acreditam que depressão é frescura, especialmente quando existem quadros de mania. Por isso, evite qualquer tipo de preconceito ou suposições que façam a pessoa se sentir uma fracassada. Ao invés disso, procure acolhê-la, ouvindo-a na essência e contribuindo para que ela encontre a ajuda de que necessita para o seu tratamento.

10 – Observe sua fala

Muitas vezes as pessoas duvidam de alguém que diz querer cometer suicídio. Em qualquer caso, mas especialmente no caso dos bipolares, se a pessoa der qualquer sinal de que deseja ou planeja se matar, busque ajuda rapidamente.

Você conhece alguém que sofre de Transtorno Afetivo Bipolar? De que forma você lida com ela? Essas dicas foram interessantes para você? Use o espaço abaixo para deixe um comentário e lembre-se sempre de se lembrar de nunca esquecer de compartilhar este poderoso conhecimento com seus amigos, em suas redes sociais!

Imagem: Photographee.eu / Shutterstock

José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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