Regime de caixa e regime de competência: quais as diferenças?

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Confira as diferenças entre regime de caixa e regime de competência.

O regime de caixa e o regime de competência são duas formas de acompanhar e analisar a vida financeira da empresa sob a perspectiva das contas a pagar e dos valores a receber. Conhecer esses dois conceitos e entender as suas diferenças permite escolher o que vai funcionar melhor para a gestão cotidiana do seu empreendimento.

Lembrando que gestão financeira pode ser considerada como um verdadeiro exercício aprimorado pela prática. Então, quanto mais buscar conhecimento a respeito e se dedicar, mais preparo terá para gerenciar as finanças do seu negócio.

Continue acompanhando para entender os conceitos de regime de caixa e regime de competências e as suas diferenças.

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Regime de caixa e regime de competência: entenda as diferenças

A seguir vamos apresentar os dois conceitos de forma prática para que seja mais simples entender quais são as distinções entre eles. 

O que é regime de competência?

O regime de competência é considerado o oficial para finalidades relacionadas ao Imposto de Renda, legislação e registros de contabilidade. Pode ser utilizado por companhias de todos os portes, sendo obrigatório para as médias e grandes corporações.

Os registros contábeis no regime de competência devem ser feitos na data em que ocorrem, ou seja, na data do fator gerador, independentemente do tempo que levarão para serem pagas.

Para que fique mais claro, observe o seguinte exemplo: imagine que a empresa X realizou uma compra de insumos junto a um fornecedor e negociou o pagamento em duas vezes, sendo a primeira parcela para daqui 30 dias e a segunda para daqui 60 dias.

Apesar de o valor só sair do caixa da companhia X em 30 e 60 dias após a compra, o valor integral deverá ser registrado na data da emissão da nota. Quando as parcelas forem pagas, não será necessário fazer um novo registro, pois o valor total já foi abatido da contabilidade.

O mesmo vale para as vendas, se a empresa X tiver vendido um produto para um cliente que deu uma entrada e pagará o restante somente depois de 30 dias, deverá registrar o valor integral na data da concretização do negócio. Não importa que o valor total da venda ainda não faz parte do patrimônio da companhia, ele deverá ser registrado como tal.

Vantagens do regime de competência

O empreendedor que usa esse regime contábil consegue fazer um planejamento financeiro mais eficiente. Afinal, já considera os abatimentos dos valores a serem quitados no futuro. As dívidas não quitadas já estão consideradas nos balanços. 

Esse regime, diferente do regime de caixa, permite avaliar a depreciação por meio do Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE), que é um relatório que ajuda a entender se a organização teve lucro ou prejuízo.

Desvantagens do regime de competência

A principal desvantagem do regime de competência é a dificuldade para visualizar o caixa da empresa de acordo com a realidade atual. Afinal de contas, nesse regime há registros de despesas que ainda não foram pagas e receitas geradas ainda não recebidas.

Essa forma de gestão contábil pode tornar o fluxo de caixa engessado. Se há uma despesa que será paga apenas daqui a seis meses, por exemplo, esse valor fica parado até a data do pagamento. Além disso, as receitas futuras podem não chegar de fato ao caixa na data programada, seja por inadimplência dos clientes ou outras situações.

O que é regime de caixa?

O regime de caixa se baseia em fazer os registros financeiros quando eles acontecem efetivamente. Vamos usar novamente o exemplo da empresa X que mencionamos acima. No caso da compra realizada em parcelas para 30 e 60 dias, somente seria registrada a saída do valor quando fosse feito o pagamento de cada parcela. O mesmo vale para os pagamentos das compras dos clientes.

No caso do cliente que comprou um produto dando uma entrada e quitou o restante em 30 dias, seria feito primeiro o registro do sinal e no momento da quitação a inclusão do restante.

O regime de caixa considera que as transações somente existem quando se realizam, não se inclui na equação valores que ainda serão recebidos ou pagos. 

Vantagens do regime de caixa

No tocante ao controle do fluxo de caixa, esse regime é o mais válido e utilizado pelos gestores. A lógica está em contabilizar somente os valores que entraram e saíram, permitindo ter uma ideia real de como está a situação financeira no momento exato de análise. 

A principal vantagem desse sistema é a facilidade para fazer os cálculos, pois só é necessário acrescentar ou remover valores já transacionados. Não é necessário fazer projeções e considerar eventuais inadimplências.

Conforme a legislação, as micro e pequenas empresas podem usar esse regime, assim como aquelas que têm regime de lucro presumido, desde que tenham arquivos com a memória dessas operações.

Desvantagens do regime de caixa

O regime de caixa também tem as suas desvantagens. A primeira delas é que a visão fornecida é de curto prazo, dificultando uma análise mais abrangente. Assim, os gestores podem ter dificuldade para tomar decisões de médio e longo prazo. Outro ponto é que a ausência de um controle futuro também dificulta um cuidado preventivo.

Quais são as diferenças entre regime de caixa e regime de competência?

A diferença crucial entre esses dois regimes está no momento em que será feito o registro da entrada ou saída de um valor. Para o regime de caixa, o registro somente é feito quando o valor efetivamente se movimenta. Já no regime de competência, é necessário fazer o registro independentemente do prazo que vai levar para que ele se concretize. 

O grande ponto está nas datas em que esses valores aparecerão na contabilidade e como serão considerados, se é fazendo uma previsão para o futuro ou no momento em que acontecem. Lembrando que é importante verificar a possibilidade de a sua companhia adotar o regime de caixa conforme a legislação. 

Gostou de saber mais sobre o regime de caixa e regime de competência? Comente abaixo qual deles acha mais vantajoso e compartilhe o conteúdo com amigos que se interessem por esse assunto!

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José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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