Competências socioemocionais – A capacidade de cada um lidar com suas emoções

competências Socioemocionais Conheça algumas competências Socioemocionais

 

As competências socioemocionais são o conjunto de habilidades necessárias para que um indivíduo se relacione com outras pessoas e se desenvolva. Abrange diversos aspectos, como o modo de se comunicar, lidar com situações de estresse, alegria, medo, enfim, de interagir com o mundo ao redor e com o seu eu interior. Continue acompanhando e saiba mais a respeito dessa parte tão importante de um ser humano que está ligada às emoções.

A importância de ter as competências socioemocionais bem desenvolvidas

O ser humano é, por natureza, um ser social, estamos o tempo todo interagindo com outras pessoas, seja por olhares, pela fala, por gestos e, com a ajuda da tecnologia, por mensagens virtuais. Mas, para que essa interação aconteça de maneira positiva, é preciso que o indivíduo tenha as competências socioemocionais bem desenvolvidas.

Algumas das habilidades que formam o conjunto de competências socioemocionais são:  autoestima, autoconfiança, facilidade para fazer amigos, autocontrole, persistência, resolução de problemas, autonomia, foco, paciência, boa comunicação, empatia e conhecimento em relação ao que é moralmente certo e errado. São habilidades geralmente aprendidas na infância e que podem ser aperfeiçoadas ao longo da vida.

Perceba que as habilidades citadas são parte da vida e necessárias nas mais diferentes situações. Da mesma forma que é importante que uma criança saiba resolver conflitos quando se envolve em um desentendimento com um colega na escola por conta de um brinquedo, o mesmo vale para experiências semelhantes na vida adulta, como no trabalho ou entre amigos, por exemplo.

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As 10 Competências socioemocionais mais importantes

As competências socioemocionais estão presentes em praticamente todas as situações que experimentamos ao longo da vida. Saiba quais são as dez consideradas mais importantes.

1 – Autoconhecimento

Se refere ao conhecimento de um indivíduo em relação à sua própria essência, o que inclui seus desejos, valores, pensamentos, enfim, tudo o que ele é. Se conhecer é o primeiro passo para aprender a lidar de maneira positiva com as próprias emoções, reconhecendo quando cada uma surgir a fim de responder às circunstâncias ao invés de simplesmente reagir sem pensar.

2 – Autoestima

A autoestima diz respeito a como cada pessoa se vê e à capacidade de gostar de si. Ter essa competência emocional bem desenvolvida é fundamental. Afinal de contas, uma pessoa que não se ama e não se aceita como é, muito provavelmente não terá consciência em relação ao seu potencial, o que impedirá seu desenvolvimento.

3 – Autonomia

É a capacidade que cada indivíduo deve ter de tomar decisões de forma individual, sem depender da aprovação de terceiros. É claro que os relacionamentos são importantes, porém, é preciso que cada um tenha essa autonomia para decidir por si mesmo os caminhos pelos quais irá seguir.

4 – Confiança

Ter confiança é necessário por vários motivos, pois envolve tanto acreditar na própria capacidade quanto nas intenções do outro. Tem relação com a ideia de confiar que algo vai dar certo ou que uma pessoa é digna de credibilidade, mesmo sem ter total certeza sobre o que virá.

5 – Criatividade

A criatividade é uma habilidade extremamente necessária quando se trata de se adaptar às mudanças da vida. Significa enxergar além, buscar novas soluções e usar as ferramentas disponíveis para atingir objetivos mesmo em meio ao caos. Quando não tem as respostas que precisa, o indivíduo criativo encontra maneiras de buscá-las.

6 – Empatia

Empatia é a habilidade de buscar compreender as emoções de outra pessoa, imaginando-se no lugar dela. É extremamente positiva para os relacionamentos e o convívio em sociedade, pois permite que um indivíduo reflita antes de realizar qualquer ação que possa prejudicar um terceiro. Além disso, é através da empatia que ações de compaixão e solidariedade são realizadas.

7 – Ética

A ética está ligada à capacidade de julgamento em relação a condutas que são moralmente certas ou erradas. É por conta dela que o ser humano consegue discernir o que pode ou não fazer, com base nos valores morais da sociedade.

8 – Felicidade

A felicidade também faz parte do conjunto de competências socioemocionais. Diz respeito ao ato de desfrutar o momento presente, já que, quando nos sentimos felizes, a tendência é focarmos totalmente no motivo que nos levou a tal. Além disso, a busca pela felicidade nos leva a entrarmos em sintonia com nossos pensamentos, valores e atitudes.

9 – Paciência

Um indivíduo consegue ter paciência à medida em que aprende a controlar as suas próprias emoções. É através dela que se torna possível lidar com situações de estresse e incertezas sem perder a calma.

10 – Responsabilidade

Cada indivíduo é responsável por seus atos, mas nem todos possuem essa competência bem desenvolvida e acabam terceirizando a culpa quando cometem algum erro. A partir do momento em que uma pessoa se responsabiliza pelo que faz, ela mostra a si e aos outros que tem controle sobre a própria vida e que é plenamente capaz de tomar decisões e arcar com as consequências delas.

5 Formas de estimular o desenvolvimento das competências socioemocionais em crianças

Como foi dito anteriormente, é na infância que as competências socioemocionais começam a ser desenvolvidas. Por essa razão, é essencial que os pais ensinem aos seus filhos desde cedo a lidarem com suas emoções. Veja, a seguir, algumas formas simples e interessantes de fazer isso.

1 – Apresentar as emoções na prática

Quando chegam ao mundo, as crianças não sabem o que é medo, alegria, raiva, impaciência. Elas vão descobrindo essas emoções conforme as experimentam e, também, através da observação do comportamento dos adultos com os quais convive. Uma maneira bastante interessante de estimulá-la durante esse processo de descoberta é apresentando as emoções na prática.

Existem publicações, como é o caso da “Coleção Sentimentos e Emoções”, do autor James Misse, e do livro “Emocionário: Diga o que você sente”, escrito por Cristina Núñez Pereira, que apresentam as emoções de forma simples e lúdica. Assim, a criança cresce sabendo reconhecer o que está sentindo e aprende o que deve fazer para se controlar em cada situação.

2 – Manter a criança livre para se expressar

Reprimir as emoções dos pequenos é uma atitude a ser evitada, pois sabemos que não dá para simplesmente suprimir a raiva, por exemplo, já que a tendência é que se intensifique através dessa negação. Por isso, o melhor a fazer é mostrar que dá para lidar com esse tipo de sentimento de modo positivo.

Caso perceba que seu filho está bravo, triste ou decepcionado, converse com ele e mostre que é normal se sentir assim às vezes. Quanto mais naturalidade a família demonstrar em relação às emoções, mais facilmente a criança aprenderá a gerenciá-las, o que certamente fará uma grande diferença ao longo de toda a sua vida.

3 – Comunicar claramente as regras de comportamento a serem seguidas

As crianças precisam saber claramente o que esperam dela, o que deve ser feito através da criação de regras. É fundamental que ambos os pais entrem em acordo para evitar que um desautorize o outro e isso acabe causando confusão na cabeça do pequeno. O mesmo deve ser feito caso a criança também fique sob os cuidados de cuidadores, dos avós ou outros parentes em determinados momentos.

4 – Passar estabilidade para a criança

Educar um ser humano é realmente muito desafiador, principalmente quando se tem uma série de obrigações a cumprir. Existem momentos em que a paciência se esgota e é fácil se pegar em meio a um ataque de nervos. Porém, deixar que as coisas cheguem a esse ponto não faz bem nem para a criança e nem para seus pais, que possivelmente se encherão de culpa depois de se acalmarem.

Para evitar que esse tipo de episódio ocorra, é preciso manter a rotina o mais organizada possível, com tempo estipulado para tudo. Quanto mais controle houver sobre a casa e as atividades da família, mais serenidade se terá em relação a potenciais imprevistos. E manter a calma é fundamental para passar estabilidade à criança.

5 – Zelar pela própria estabilidade emocional

A última dica é que os pais busquem também aperfeiçoar suas competências socioemocionais, zelando pela própria estabilidade emocional. Lembrar disso é importante porque sabemos que uma criança demanda muita atenção, mas jamais se esqueça de cuidar de si. Afinal de contas, a sua estabilidade emocional também irá influenciar no bem-estar do seu filho.

Verifique a possibilidade de deixar a criança sob os cuidados de algum familiar responsável para relaxar, realizar uma atividade de lazer ou qualquer outra coisa que ajude a recarregar suas energias. Fazer isso é um gesto de amor-próprio e também de amor à criança que você tem como missão educar, pense nisso.

Por mais que seja na infância que as competências socioemocionais comecem a ser desenvolvidas, sempre é tempo de rever comportamentos e evoluir. Aproveite para anotar os pontos em que acha que pode melhorar e comece a fazer isso hoje mesmo. Através de pequenos passos poderá realizar grandes e positivas transformações na sua forma de agir e de enxergar o mundo ao seu redor.

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Fontes:

https://educaethos.com.br/competencias-socioemocionais/

http://fernandoduarte.bsb.br/artigos/competencias-socioemocionais-a-capacidade-de-ser-melhor-a-cada-dia/

https://www.canr.msu.edu/news/social_emotional_competence_an_important_protective_factor_part_6

https://diarioescola.com.br/competencias-socioemocionais/

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José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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