As fases 1 e 2 e etapas do Ciclo da Mudança

Conheça quais são 2 das 4 fases que compõe o processo de mudança.

Na prática do Coaching, nós nos deparamos com diversas questões subjetivas que são de difícil manejo justamente devido ao enorme grau de complexidade que todo comportamento humano possui. Lidamos com crenças e valores, com ética e respeito, com metas e objetivos, estratégias de desenvolvimento profissional, emocional e até mesmo espiritual.

Neste sentido, gostaria de compartilhar com você, querido leitor e Ser de Luz, uma teoria que pode servir de ferramenta para esclarecer como funciona o processo de mudança.

Trata-se de um modelo de interpretação proposto por dois coaches, psicoterapeutas e especialistas em Programação Neurolinguística (PNL): Jane Turner e Bernard Hévin.

O ciclo da mudança é composto por quatro fases e dez etapas, e cada indivíduo pode avançar em sentidos diferentes, ir e voltar através dos diferentes níveis. Fica evidente, portanto, o caráter não-linear desse ciclo. É possível ficar estagnado em alguma etapa ou até mesmo saltar outras. Além disso, os autores diferenciam dois tipos de mudança: a transição de tipo 1, ou mudança do tipo Ter, e a transição de tipo 2, ou mudança do tipo Ser.

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1.Fase I – Alinhamento

Essa fase é fundamentalmente uma fase de sincronização. É o início onde tudo é possível. Ela é composta por três etapas:

1.1 1ª Etapa – Sonho

Essa é a etapa do planejamento, do engajamento com nossos sonhos. Nesta etapa, tudo é possível. Nossos sonhos estão sempre na base de nossos projetos de vida. Sonhamos com nossos projetos e projetamos nossos sonhos em nossas vidas.

Toda mudança precisa de pelo menos uma fonte de motivação. Nossos sonhos são uma importante fonte, pois nos levam a um engajamento verdadeiro com nossos projetos. Eles mobilizam toda nossa energia para um proposito final, que é a sua concretização.

Essa etapa é uma etapa que mobiliza o indivíduo para a mudança. É onde se criam planejamentos, projetos, objetivos. O trabalho do Coach nessa etapa é estar atento para as expectativas dos clientes e buscar sempre trabalhar dentro da realidade concreta em que está inserido, ajudando-o a traçar planos que estejam dentro do possível.

1.2 2ª Etapa – Lançamento

Esta é a etapa na qual o indivíduo se lança ao seu projeto e se permite correr os riscos que ele traz. É o momento de concretização dos planos e sonhos, através de estratégias e passos estruturados.

É uma etapa de grandes descobertas e aventuras, que coloca em xeque habilidades importantes, tais como: capacidade de adaptação, motivação e flexibilidade.

1.3 3ª Etapa – Planície

A etapa da planície se chama assim porque ela indica um ambiente plano, permitindo um momento de estabilidade. Nesse ponto do ciclo da mudança, o indivíduo se encontra num momento de florescimento de suas experiências.

É quando se começa a colher os frutos e os resultados dos trabalhos realizados. Obtém-se o sucesso pelas ações engajadas na realização dos sonhos e projetos e também o reconhecimento pelo esforço e a dedicação que o indivíduo realizou.

Esse período de estabilidade permite que a pessoa desfrute de suas conquistas e trabalhos. Porém, pode significar também um período de estagnação, dependendo do contexto das experiências de cada indivíduo.

2.Fase II – Dessincronização

Esta fase se apresenta em oposição à primeira fase, que chamamos de sincronização. Aqui já se faz presente um declínio, que geralmente é vivenciado como algo pouco estimulante, ou até mesmo frustrante. É uma fase marcada por rupturas e por tomadas de consciência. Essas rupturas significam uma força motriz para novas mudanças. Com a perda da estabilidade existente anteriormente, o futuro e o ambiente ao redor se tornam mais imprevisíveis.

2.1 4ª Etapa – Marasmo

A primeira etapa da fase de dessincronização é o “marasmo”. É uma desmotivação natural que ocorre com a estagnação. O marasmo pode ocorrer também devido a um projeto que não obteve sucesso e que precisa ser abandonado.

Isso faz com que o indivíduo fique a princípio apático e desinteressado. Começam, então, as rupturas. Essas rupturas criam uma experiência de luto em menor escala, pois significam o abandono e a perda parcial de atividades que receberam um investimento muito grande de energia.

Esse marasmo, porém, é perfeitamente natural e esperado. E são justamente as rupturas dessa etapa que possibilitam o início de novos processos de mudanças.

2.2 5ª Etapa – Organização

Creio que essa etapa pode ser chamada tanto de organização quanto de reorganização das coisas. Isso porque o ciclo da mudança não é um processo linear, o que significa que nem sempre os indivíduos chegam à dessincronização logo após o término da primeira fase.

Na etapa de organização/reorganização, o indivíduo já vivenciou o período de marasmo e estagnação e superou o luto causado pela ruptura com as ideias e projetos anteriores. Trata-se, portanto, de recolocar em cheque estratégias, sonhos e motivações, organizar e classificar as coisas. É o momento também de aprender com os erros.

2.3 6ª Etapa – Dizer adeus

A partir da organização da etapa anterior, o indivíduo estará apto para dar um fim ou dizer adeus a algumas estratégias e táticas que não funcionaram. Isso não significa desistência, mas uma possibilidade para reestruturar esses planos, metas e estratégias.

2.4 7ª Etapa – Reestruturação

A sétima etapa é um marco importante. As seis etapas anteriores configuram o que os autores chamam de transição de Tipo 1. Nesta etapa de reestruturação, existem duas possibilidades: é possível fazer uma micro transição para a primeira fase ou uma transição para a terceira fase.

A reestruturação é uma etapa intermediária. Quando o indivíduo busca se realinhar com seus sonhos e projetos, ele retorna à primeira fase. Essa mudança é menos radical, e envolve buscar corrigir aspectos que não funcionaram no decorrer desses projetos.

Esse projeto pode ser reconstruído, mas ele continua o mesmo em sua essência, por isso é que chamamos esses casos de micro transição. Porém, essa reestruturação pode levar também a uma transição de Tipo 2. Essa transição de Tipo 2 é quando o indivíduo é capaz de voltar-se para si mesmo em busca de mudanças estruturais internas. É uma mudança de vida interior. Ela está representada no Ciclo pela transição para a 8ª etapa, chamada de “casulo”.

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José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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