O que é economia planificada e como funciona?

economia planificada

A economia planificada é um sistema econômico em que toda a economia é gerida e supervisionada pelo governo.

A economia planificada é um modelo econômico que pode ser conhecido também pelo nome de economia centralizada. O foco desse modelo está no controle do Estado sobre a economia. Tornou-se conhecido mundialmente ao ser aplicado por mais de sete décadas na extinta União Soviética. Continue lendo para entender o que é a economia planificada e como ela funciona.

Afinal, o que é economia planificada?

Como o segundo nome desse modelo econômico indica, a economia planificada se caracteriza pela centralização. Nesse modelo, grande parte das empresas atuantes na economia pertence ao Estado.

Diferentemente do que acontece na economia de mercado, a oferta e a procura não interferem nas leis do comércio. As decisões ficam por conta do Estado, que é detentor da maioria das empresas.

Isso significa que um produto que está em baixa não tem seu preço elevado e um produto que tem excedente não tem redução de preço. As estratégias e a lógica do mercado são guiadas pela elaboração de planos. Por isso o modelo é conhecido como economia planificada.

Na União Soviética, tais planos eram chamados de “planos quinquenais”. A função dos planos é identificar e resolver problemas da economia. Também se busca reduzir o desemprego por meio da ampliação do setor produtivo.

Planificação da economia e controle

A economia planificada, em teoria, permite o controle e resolução da questão de distribuição de renda. Todos os indivíduos teriam um trabalho e um salário, ainda que não fosse o suficiente para acumular riquezas, permitiria a manutenção dos custos de vida.

Economia planificada: países que usam esse modelo

A economia planificada é utilizada, atualmente, somente em Cuba, Mianmar, Coreia do Norte e Vietnã. O fim da União Soviética, em 1991, levou o modelo de economia planificada ao declínio. Contribuíram, significativamente, para a queda desse modelo econômico as sanções impostas por países capitalistas sob a liderança dos Estados Unidos.

Além disso, há que se mencionar também a intensa burocratização da economia planificada que se tornou um empecilho para sua adoção. Todas as ações comerciais são controladas pelo Estado, isso impede seguir em um ritmo mais dinâmico. Outro ponto crítico é que se trata de um modelo com muitas brechas para a corrupção.

Em todos os países que adotaram o sistema de economia planificada foi possível observar o surgimento de uma classe dominante. Essa classe estava atrelada ao Estado, contando com maiores e melhores privilégios sociais. Tais privilégios eram realizados à custa de uma parcela significativa do povo, algo que se dá também na economia de mercado.

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O conceito de economia planificada pode ser aplicado a empresas?

Apesar do foco deste modelo econômico não ser baseado em lucros, mas no bem coletivo, a economia planificada também pode oferecer vantagens para empresas e organizações que visam o desenvolvimento de seus processos e recursos internos. Ao adaptar este sistema para as necessidades corporativas, ele pode favorecer o desenvolvimento e crescimento empresarial.

Esse modelo econômico, quando observado sob um viés empresarial, pode ser bastante interessante. Embora tenha seus problemas, é um sistema que pode funcionar em alguns tipos de empreendimento. De maneira geral, ele busca promover o crescimento sem perder o foco no bem-estar coletivo.

Como modelo de gestão, pode representar uma forma mais harmônica de conduzir os colaboradores no dia a dia. A adaptação desse sistema econômico para empresas de diferentes setores pode alcançar sucesso por contribuir para o desenvolvimento coletivo. O mais importante é focar nas qualidades do modelo e remediar as potenciais falhas.

Para utilizar este modelo dentro de uma gestão empresarial, os colaboradores de uma empresa ou corporação devem ser vistos como profissionais com gabarito e competências similares, sem hierarquias e diferenças salariais. Assim, todos os colaboradores podem trabalhar seguindo o mesmo padrão e sem pensar em seus interesses individuais.

Economia planificada: como adaptar esse sistema para empresas?

Confira a seguir algumas dicas de como adaptar o sistema da economia planificada para empreendimentos.

1. Horizontalização

Uma das primeiras medidas que a empresa deve adotar é tornar as suas relações mais horizontais, ou seja, reduzir as hierarquias. A existência de diferentes níveis hierárquicos separa os colaboradores, impedindo-os de estabelecer uma relação mais profunda. Para que isso seja possível, é necessário contar com uma equipe de confiança.

Líderes e liderados precisam ter um diálogo mais próximo, as tarefas precisam ser delegadas de forma equitativa. Todos os profissionais devem se ver na mesma posição quando se trata de fazer sugestões e assumir a frente de projetos. Os colaboradores devem conseguir estabelecer um ritmo em que não haja foco apenas em interesses pessoais, mas sim no bem coletivo.

2. Bons salários

Para que os profissionais se sintam valorizados pela empresa, devem contar com bons salários. Isso significa remunerar os colaboradores acima da média de mercado, quando possível. Dependendo do porte da empresa e da quantidade de cargos, não será possível nivelar todos os salários, mas é possível oferecer o melhor para cada colaborador.

Quando os profissionais têm remunerações acima do padrão tendem a não observar tanto as diferenças em relação aos colegas. Essa é uma forma de evitar que haja desentendimentos e rusgas que podem atrapalhar a produtividade.

3. Bônus

Por falar em produtividade, é relevante mencionar a concessão de bônus para os colaboradores que ajudarem a alcançar metas. Contudo, se a ideia é aplicar o conceito de economia planificada, é recomendado que os bônus sejam coletivos.

Basicamente isso significa que o que se considera é o resultado da equipe para que um prêmio seja liberado. O sistema é muito simples, quando um setor alcançar uma meta, todos os colaboradores da equipe recebem bônus salarial.

Essa concessão de prêmios para todos os envolvidos ajuda a fortalecer a ideia de grupo. Todos trabalham para o bem-estar coletivo e deixam de lado apenas os interesses pessoais.

4. Investimento em ações de aproximação

Empresas que investem em confraternizações para tornar os vínculos entre os colaboradores mais fortes têm grande retorno. Essa estratégia tem como foco a compreensão de que, independentemente do cargo, todos os funcionários compõem o todo. No dia a dia isso faz grande diferença porque estimula a criatividade e a criação de soluções coletivas.

5. Avaliações

De tempos em tempos, é válido fazer avaliações para saber o quanto as medidas adotadas estão surtindo efeito. O quanto a sua empresa cresce com esse conjunto de medidas? Quais são as percepções dos colaboradores? Qual foi o aumento de produtividade?

Responder a essas e outras questões é essencial para saber se a companhia está no caminho certo. Sempre há pontos que podem ser melhorados (pontos fracos) e potencializados (pontos fortes).

A economia planificada é um modelo econômico que, com algumas adaptações, pode ser utilizado em empresas. Deixe o seu comentário abaixo e contribua com o conhecimento! E lembre-se de compartilhar o conteúdo em suas redes sociais!

Imagem: Por Number1411

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José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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