Qual a influência da vaidade no mundo corporativo?

Entenda qual é a influência da vaidade no mundo corporativo e como ela pode ser prejudicial para o seu desenvolvimento pessoal e profissional.

A vaidade não é uma boa companheira para quem deseja prosperar no mundo corporativo. Apesar de não ser bem vista, está muito presente no cotidiano de trabalho de muitas equipes. Geralmente, os vaidosos não reconhecem esse mau hábito, acreditando que apenas estão reconhecendo seu próprio valor.

Mas, afinal qual é a influência da vaidade no mundo corporativo? Qual é o seu potencial para impedir o bom andamento de projetos promissores? Continue lendo para entender melhor a respeito do tema e identifique se você está sendo guiado por sua vaidade.

Vaidade: como ela se manifesta no mundo corporativo?

Bem provavelmente você já foi apresentado a alguém que se identificou pelo cargo antes de dizer seu nome. Talvez você já tenha feito isso com o objetivo de demonstrar a sua relevância no contexto geral. Essa e outras atitudes contaminadas pela vaidade são comuns e potencialmente danosas para o ambiente organizacional.

Geralmente, quem se deixa levar pela vaidade no mundo corporativo desenvolve baixa autoestima e necessidade de constante validação. Conforme o tempo passa, o indivíduo vaidoso pode começar a se incomodar com o brilho alheio. Não demora para que o ambiente organizacional se torne regido pela inveja e competição, nem sempre leal. O ponto crucial a respeito do assunto é que o sujeito vaidoso dificilmente percebe que está agindo de forma danosa.

Qual a sua influência da vaidade no mundo corporativo?

Você já leu o conto “A Roupa Nova do Imperador”, do dinamarquês Hans Christian Andersen? A história apresenta um rei muito vaidoso que é enganado por um tecelão que age de má fé. Ao chegar ao reino, o tecelão se apresenta com grande pompa ao imperador e promete fazer para ele a roupa mais incrível que o dinheiro pode pagar.

O tecelão enrola o imperador por meses e, após ter embolsado um bom dinheiro, lhe entrega uma roupa que é visível somente aos olhos dos inteligentes. Embora não esteja vendo a roupa, o rei diz que adorou e “veste” o traje para desfilar em público. Como não querem passar por incapacitados, os funcionários do palácio elogiam a roupa. Durante o desfile, o povo também finge que está vendo.

Tudo muda quando uma criança, no auge de sua inocência e sinceridade, grita: “O rei está nu”. A partir desse momento, todos riem do imperador, que percebe finalmente que foi enganado pelo tecelão. A vaidade do imperador foi a causa para o seu grande vexame. Se ele não estivesse mais preocupado com uma roupa bonita e se passar por inteligente não teria sido enganado.

Profissionais que se portam como o monarca do conto invariavelmente acabam expostos diante dos olhares dos demais membros da equipe. A vaidade faz com que o indivíduo direcione toda a sua energia para encontrar formas de se destacar. O mais importante no dia a dia corporativo é alcançar as metas e não buscar brilho individual. Deixar-se levar pelo desejo de se destacar pode tornar o trabalho extremamente ineficiente.

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Quais danos a vaidade pode causar?

Certamente, o imperador do conto perdeu completamente a credibilidade quando todos compreenderam que ele se expos ao ridículo por vaidade. Ao assumir uma postura vaidosa, o indivíduo perde em parte a sua credibilidade. Afinal, como saber se esse profissional não toma decisões com base apenas em seu benefício? Ainda que seja bastante qualificado e preparado, sempre terá uma sombra sobre suas ações.

Além disso, a vaidade tem grande potencial para desarmonizar o ambiente organizacional. A busca pela satisfação de seus ímpetos vaidosos pode fazer com que o profissional passe a se incomodar com o sucesso dos colegas. A competição dentro da equipe pode ter reflexos diretos na qualidade da produção e alcance de resultados. A vaidade tende a tornar os colaboradores mais individualistas e preocupados somente com seus próprios resultados.

Por fim, essa postura pode fazer com que o indivíduo permaneça estagnado em termos de qualificação. Quanto mais uma pessoa acredita que é a melhor da sua área, mais se afasta de oportunidades de desenvolvimento. O sentimento de que já se está no ápice tira o desejo de buscar por novos conhecimentos. É imprescindível reconhecer a necessidade de estar em constante aprendizado.

Como reconhecer a vaidade?

Ficou preocupado em ser um profissional vaidoso? Para te ajudar a entender se você age movido pela vaidade em seu trabalho, veja quais são os principais traços da vaidade que um profissional pode apresentar.

Arrogância

O arrogante não consegue se esconder, pois esse é um traço de personalidade desastrosamente visível. A arrogância pode ser confundida algumas vezes com orgulho, mas é essencial saber diferenciá-los. A distinção entre arrogância e orgulho está no fato de que o último não necessita desmerecer as qualidades alheias.

Em uma situação controversa, certamente o indivíduo vaidoso deixará sua arrogância vir à tona. Ao ser colocado contra a parede, usa como defesa a desvalorização dos demais.

Narcisismo

Vaidosos são extremamente encantados por si mesmos, enxergam suas qualidades sob uma lente de aumento. Em geral, o profissional vaidoso vive em um mundo à parte, em que ele é dotado das principais qualidades. A autoavaliação exagerada faz com que esse indivíduo não identifique seus erros e a necessidade de se reciclar.

Quando alguém te alerta sobre um possível erro em seu trabalho, como você age? Se nem cogita reavaliar o que produziu, é bem possível que esteja agindo guiado pela vaidade. É importante ressaltar que, embora se vanglorie, o profissional vaidoso geralmente esconde uma grande insegurança.

Megalomania

A megalomania se relaciona com o narcisismo, porém, possui um viés patológico. Essa característica, muito presente em vaidosos, é considerada como um transtorno mental por se apresentar na forma de um padrão rígido de comportamento. O indivíduo apresenta fantasias de grandeza e se encontra em constante estado de autoglorificação.

Vaidosos com tendência megalomaníaca tendem a se considerar muito mais relevantes do que realmente são. Suas fantasias se baseiam em crenças superestimadas e irracionais sem ter uma base sólida. Há uma desconexão com a realidade que distancia esse indivíduo de quem quer ajudá-lo.

Mantenha-se atento e vigilante para a manifestação da vaidade em seu dia a dia de trabalho! Aproveite para deixar seu comentário abaixo e compartilhar o conteúdo em suas redes sociais!

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José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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