Confira o que significa o conceito de gestão humanizada e como ela capaz de aumentar a produtividade e reter talentos
Com o passar do tempo, as organizações têm investido cada vez mais na gestão humanizada. Essa gestão é uma forma de transformar o ambiente de trabalho em um lugar agradável e de se preocupar com o desenvolvimento da equipe.
O objetivo desse tipo de gestão é valorizar o relacionamento, a interação e o bem-estar de todos em prol da produtividade. Além disso, com um mercado profissional competitivo, a humanização também é importante para a atração e para a retenção de talentos. Para saber mais sobre o tema, continue a leitura do artigo a seguir!
O que é a gestão humanizada?
Um ambiente de trabalho saudável e tranquilo é um local propício para a geração de bons resultados. A preocupação para que o colaborador consiga manter o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal é importante. O incentivo para que ele desenvolva atividades físicas, um hobby ou dedique tempo à família e aos amigos é essencial para o estímulo da criatividade e da sua motivação profissional.
Por isso, 16. Quando o liderado é estimulado da forma correta, ele veste a “camisa” da empresa, trabalha com mais afinco e realiza projetos como se fosse o seu próprio negócio, e não porque alguém mandou, como ocorre nas organizações de gestão autoritária.
Assim, é preciso tornar o ambiente de trabalho mais humanizado, pois toda empresa é constituída por pessoas. Quando os profissionais encontram o ambiente ideal para a evolução e o aprimoramento, eles dão o seu melhor. A partir daí, os bons resultados são consequências.
Os 5 pilares da gestão humanizada
Para que uma gestão empresarial seja considerada humanizada, ela deve, antes de tudo, compreender os seus colaboradores como seres humanos, e não como máquinas de trabalhar. Cada indivíduo é um ser único, com os seus medos, ansiedades, desejos, necessidades e características pessoais. Para que as pessoas sintam-se confortáveis em trabalhar num lugar que as respeita por quem são, há algumas características fundamentais. Conheça os 5 pilares da gestão humanizada.
1. Lideranças acessíveis e democráticas
Um líder autoritário é aquele que aparece no departamento, distribui ordens, não aceita qualquer tipo de questionamento e reaparece apenas cobrando os resultados. Se forem bons, o funcionário não fez mais do que a obrigação. Se forem ruins, o colaborador é punido.
Uma liderança humanizada, contudo, não pode se comportar dessa forma. Ela precisa ser acessível, ou seja, mostrar-se presente. Esse tipo de líder deve atribuir funções compatíveis com o perfil dos colaboradores, prestar auxílio, tirar dúvidas e compartilhar os seus conhecimentos.
Além disso, ele deve ser democrático. Ainda que a última palavra seja a dele, isso não o pode impedir de reunir-se com os seus colaboradores e de ouvir o que eles têm a dizer — sejam insatisfações, pedidos ou sugestões de melhorias. É do compartilhamento de ideias que uma empresa cresce verdadeiramente.
2. Valorização e oferecimento de oportunidades
Na gestão humanizada, é importante que todos os colaboradores, sem exceção, sintam-se importantes e pertencentes àquela empresa. Para que isso ocorra, é preciso que os líderes valorizem e ofereçam boas oportunidades a cada um deles.
No momento do feedback, uma gestão humanizada permite que cada colaborador, individualmente, seja avaliado de maneira justa. As críticas são apontadas de forma construtiva e respeitosa, mostrando os pontos que podem ser melhorados. Nesse aspecto, o líder mais competente deve orientar o seu funcionário sobre como pode melhorar: leituras, cursos, treinamentos, mentorias etc.
Já os pontos positivos são reconhecidos como um incentivo para que esse bom desempenho continue. Se alguém teve um bom desempenho, por que não oferecer desafios mais estimulantes, que envolvam um cargo mais alto, um projeto mais audacioso e uma remuneração mais interessante? Essa é apenas uma das maneiras que podem ser empregadas para agradecer a quem tem tido bons resultados e também de estimular os demais a darem o melhor de si.
3. Entendimento das particularidades de cada funcionário
Como citamos anteriormente, a gestão humanizada entende os colaboradores como seres humanos, e não como números, máquinas ou objetos que trabalham. Por isso, é importante que todas as fases da gestão de pessoas — recrutamento, seleção, contratação, integração, avaliação e desligamento — sejam conduzidas com total respeito àquele indivíduo.
Em todos esses processos, cada colaborador mostra diferentes competências, interesses, habilidades e conhecimentos. A gestão humanizada é adotada quando os líderes compreendem cada um desses aspectos e, consequentemente, atribuem aos seus liderados funções e atividades compatíveis com os seus respectivos perfis.
Nesse sentido, também é interessante que os líderes saibam quem são os funcionários fora do ambiente corporativo. É claro que isso não deve ser conduzido de forma invasiva, mas demonstrar interesse sobre o indivíduo, e não apenas sobre o trabalhador, é uma maneira de humanizar a gestão.
Um líder que permite que a funcionária saia 15 minutos mais cedo para pegar a filha pequena na escola, que é flexível quando um funcionário precisa faltar com motivo e que ouve o desabafo de alguém que está com problemas, por exemplo, é um líder humanizado.
4. Estímulo à integração e à comunicação
Isso nos leva ao quarto item da nossa lista, que é a integração e a comunicação dos colaboradores. Nesse tipo de gestão, ninguém pode ser excluído. O que os gestores fazem e decidem precisa ser comunicado com total clareza e transparência aos funcionários, sem que ninguém seja pego de surpresa. Por isso, reuniões periódicas e uma sólida rede de comunicação interna são ferramentas importantes.
Além do bom convívio entre os gestores e os funcionários, é importante promover uma boa convivência entre os próprios colaboradores. Ações de integração, inclusive com colegas de outros departamentos, são muito bem-vindas.
Quando as equipes estão cada vez mais integradas, os colaboradores conhecem melhor a si mesmos. Isso favorece o clima organizacional e a própria produtividade da empresa. Nesse sentido, é importante que os líderes sempre estimulem e sirvam de exemplo para a educação, o respeito, a tolerância, a paciência, a comunicação não-violenta, a empatia e a diplomacia para resolver conflitos.
5. Promoção de ações de bem-estar
Por fim, a gestão humanizada acredita que quando os profissionais sentem-se confortáveis em seu ambiente de trabalho, eles convivem melhor uns com os outros e são mais produtivos e dedicados às suas atividades.
O colaborador passa, em média, 8 horas por dia trabalhando na empresa. Por isso, é necessário que as organizações façam do seu ambiente um lugar seguro, adequado e confortável para a execução das suas atividades.
Aqui, é preciso ressaltar os direitos trabalhistas básicos, como: horários de expediente definidos, horários de almoço, ambiente limpo e organizado, boas condições de iluminação e higiene, equipamentos e ferramentas adequados às atividades, remunerações justas, oferecimento de benefícios (vale-transporte, vale-refeição, convênio médico etc.), entre outros.
No entanto, além dessas questões básicas, há outras iniciativas que também podem levar mais bem-estar ao ambiente de trabalho. Momentos de meditação, salas de descompressão, sessões de ginástica laboral, confraternizações para os aniversariantes do mês, premiações internas, festas de fim de ano, incentivo à formação continuada e eventos internos (como palestras e workshops) são alguns dos recursos de gestão humanizada a que as empresas mais modernas têm recorrido.
Como você pode perceber, a gestão humanizada consiste num conjunto de práticas que fazem com que o colaborador sinta-se um ser humano valorizado, e não apenas um trabalhador que cumpre ordens. Os 5 pilares citados acima permitem que isso ocorra.
Além disso, eles promovem outros benefícios, como: atração e retenção de talentos, aumento na motivação e na produtividade, melhores resultados para a empresa, construção de um clima organizacional harmônico, prevenção e resolução de conflitos, redução de faltas, estímulo à ética e equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional de cada colaborador.
E você, querida pessoa, o que pensa sobre a gestão humanizada? Já teve alguma experiência desse tipo? Deixe um comentário no espaço abaixo com a sua opinião. Não se esqueça também de compartilhar este artigo com todos os seus amigos, colegas e com quem mais possa se beneficiar deste conteúdo, por meio das suas redes sociais!
Imagem: Por DisobeyArt
Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.
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