O que é percepção organizacional?

Tipos de percepção organizacional Conheça os tipos de percepção organizacional

 

Todos nós somos seres únicos, com diferentes formas de pensar, agir e interpretar o mundo e os acontecimentos ao nosso redor. Neste sentido, ao recebermos estímulos externos, seja no ambiente de trabalho ou nos ambientes pessoais pelos quais transitamos, reagimos de maneiras distintas, o que faz com que cada um de nós desenvolva uma percepção própria sobre os mesmos fatos. 

Em nosso local de trabalho este processo não é diferente, uma vez que precisamos lidar com os mais diversos tipos de pessoas e situações. Assim, para não cairmos na armadilha de fazer interpretações incorretas sobre nossos colegas de trabalho e também sobre tudo o que nos rodeia, é fundamental que entendamos e trabalhemos cada vez mais e melhor e nossa capacidade de percepção. 

Convido você a me acompanhar nesta poderosa leitura e entender um pouco mais sobre o conceito de percepção e como ele se aplica no ambiente organizacional.

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O conceito de percepção organizacional

Quero começar falando sobre este assunto com uma pergunta simples, querida pessoa: o que é percepção organizacional? Antes, porém, precisamos falar sobre o conceito de percepção. Percepção nada mais é que atribuir interpretações próprias à dados e informações, aos quais assimilamos e organizamos devidamente em nossa mente. Estas informações podem estar relacionadas a pessoas, fatos ou situações que acontecem em nosso dia a dia pessoal e profissional também. 

Já este conceito aplicado ao âmbito organizacional diz respeito a uma outra questão. A percepção organizacional se refere a um senso de observação e análise do ambiente da empresa. Por meio deste processo de interpretação dos fatores organizacionais, é possível identificar as necessidades de melhoria dentro do local de trabalho, para que assim providências sejam tomadas, bem como identificar pontos positivos, que podem e devem ser fortalecidos. 

A partir disso, ou seja, da percepção organizacional, estimula-se dentro da empresa uma cultura de alta performance, que será essencial para o alcance de resultados extraordinários para os negócios como um todo e também os profissionais que da organização fazem parte.

Tipos de percepção organizacional

Como eu disse no início do texto, por se tratar de algo inerente a cada pessoa, é possível identificar diferentes tipos de percepção organizacional. 

Continue a leitura e saiba quais são as principais a seguir:

Percepções externas

Quando são identificados comportamentos provocados por situações ou pelo ambiente em que o indivíduo está inserido. Geralmente são atitudes forçadas.

Percepções internas

Comportamentos realizados por estímulos pessoais, como sentimentos, emoções, experiências passadas e expectativas do observado. Geralmente são atitudes de próprio interesse. Para uma avaliação mais consistente, é preciso fazer uma análise baseada nos seguintes fatores:

Distintividade: averiguar se o comportamento é consequente de causas internas ou externas.

Consenso: se a maioria das pessoas teve o mesmo comportamento, a causa pode ser externa. Se apenas uma pessoa teve determinada reação, a causa pode ser interna.

Consistência: quando o comportamento for individual, tomado de forma inconsciente, as causas podem ser externas.

Percepção seletiva

Não é possível para a mente humana assimilar tudo que vemos e observamos com todos os nossos sentidos. Diante desta impossibilidade, a percepção é feita aos poucos, fazendo deste processo algo seletivo. Esta seletividade é pautada por nossos interesses e experiências anteriores. É esta percepção que nos dá a capacidade de fazer uma “leitura dinâmica” das pessoas que nos rodeiam. Nem sempre esta leitura é precisa e muitas vezes, nos faz ter conclusões bastante imprecisas e negativas sobre a outra pessoa. 

Mas, o que explica estes mecanismos de percepção da nossa mente? Existem algumas teorias que explicam este fato. Uma delas é a Teoria do Efeito Halo. Mas, o que diz esta teoria? Eu te contarei a seguir, querida pessoa!

Percepção e a Teoria do Efeito Halo

Desenvolvida na década de 1920 pelo psicólogo americano Edward Thorndike, o “Efeito Halo” é uma teoria que defende que o cérebro humano faz cognições a partir de características que este julgam positivas, formulando um conceito geral sobre outra pessoa ou situação, baseando-se apenas neste fator. 

Estas cognições podem ser feitas com base na aparência, modo de falar, postura, vestimenta, entre outros fatores. Os experimentos de Thorndike foram realizados entre soldados do Exército. Ele percebeu que os comandantes classificavam seus soldados de maneira cognitiva. O especialista constatou que as aptidões dos soldados e suas aparências tinham uma forte correlação: os mais fortes, bonitos e de melhor postura eram considerados mais habilidosos.

No ambiente corporativo, entretanto, é imprescindível manter a imparcialidade e sempre tomar cuidado para que o Efeito Halo não leve a percepções errôneas. Nesse sentido, a Ferramenta 360º pode auxiliar os gestores a elaborar uma avaliação consistente e realista, identificando necessidades concretas a partir do levantamento de indicadores pautados em dados.

Outros fatores que influenciam a percepção organizacional

Além dos tipos de percepções existentes e sua influência sobre a forma como podemos interpretar os acontecimentos e as pessoas ao nosso redor, existem outros fatores que também influenciam a nossa percepção no ambiente de trabalho. Veja quais são eles a seguir:

Efeito contraste

Quando levamos em consideração o efeito contraste para avaliar algo ou alguém, nós não fazemos isso isoladamente. Isso quer dizer que a nossa percepção a reação que esboçamos sempre tem relação com as pessoas que encontramos em nosso caminho ou com as quais mantemos contato de maneira frequente. 

Projeção

Seguindo adiante, ao analisarmos alguém com base na projeção, nós simplesmente fazemos um julgamento do outro de acordo com o que este tem de parecido conosco, desconsiderando por completo o que as outras pessoas verdadeiramente são. Assim, aqueles que se projetam no outro, desenvolvem a tendência de ver o próximo como eles mesmos são. 

Estereotipagem  

Este tipo de influência acontece quando fazemos o julgamento de alguém com base nas características do grupo social ao este pertence. Quando aplicamos a nossa percepção desta maneira, nós estamos estereotipando uma pessoa, desconsiderando completamente os verdadeiros fatores que fazem parte da personalidade desta. 

É preciso tomar bastante cuidado ao estereotipar alguém, uma vez que podemos acabar fazendo interpretações incorretas sobre as pessoas com as quais convivemos, pelo simples fato delas a um determinado grupo ou outro.

Desenvolver uma percepção sobre o ambiente profissional do qual fazemos parte e quase que inevitável, já que a nossa mente é praticamente programada para fazer julgamentos o tempo todo. 

Entretanto, como eu disse acima, é necessário tomar certos cuidados, não só ao estereotipar nossos colegas de trabalho, mas também ao desenvolver a nossa percepção organizacional como um todo, já que esta pode fazer com que evoluamos continuamente ou, se for realizada erroneamente, pode trazer consequências negativas para os negócios, algo que nenhum líder ou empreendedor deseja. 

Neste sentido, se você ocupa alguma destas posições, o ideal é que ajude seus colaboradores a suspenderem todo e qualquer tipo de julgamento, para que assim possam aceitar melhor todos ao seu redor e, assim, tenham a oportunidade de desenvolver um trabalho em equipe de excelência, que traga resultados extraordinários para todos. 

Invista nisso e alcance a alta performance!

Agora me conte, Ser de Luz: gostou deste artigo? Já conhecia o conceito de percepção organizacional? Diga nos comentários o que você achou e lembre-se de continuar nos acompanhando, pois diariamente trazemos novos conteúdos, que vão transformar a sua vida pessoal, profissional e empresarial.

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José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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