O transtorno de personalidade histriônica (TPH) é uma condição psicológica caracterizada por comportamentos excessivamente emocionais e uma busca constante por atenção. Por isso, as pessoas com esse transtorno tendem a dramatizar situações cotidianas e a se sentir desconfortáveis quando não são o centro das atenções.
O TPH pode afetar significativamente os relacionamentos interpessoais e a vida profissional, levando a desafios no convívio social. Assim, para entender melhor essa condição, é essencial conhecer os seus sintomas, causas, diferenças em relação a outros transtornos de personalidade e formas de tratamento e apoio. Continue a leitura e saiba mais!
O que é o transtorno de personalidade histriônica?
O transtorno de personalidade histriônica (TPH) é um distúrbio mental caracterizado por um padrão constante de busca por atenção e comportamentos excessivamente dramáticos ou emocionais. Nesse caso, as pessoas com o transtorno tendem a querer ser o centro das atenções em todas as situações e, quando não o conseguem, podem se sentir desconfortáveis ou ignoradas.
Além disso, elas podem apresentar um comportamento sedutor, manipular emocionalmente os outros e exagerar as emoções para chamar a atenção. Aliás, a autoimagem é frequentemente influenciada pela opinião alheia, levando a atitudes que visam a agradar ou impressionar os outros.
O TPH geralmente começa na idade adulta jovem e é mais comum em mulheres, embora também afete homens. A condição pode prejudicar a capacidade de manter relacionamentos estáveis e saudáveis, tanto no âmbito pessoal quanto profissional. Pessoas com TPH costumam ter dificuldade em perceber a profundidade das emoções e tendem a dramatizar situações cotidianas. Assim, fica difícil para elas e para os que estão ao redor lidar com os desafios emocionais de forma equilibrada.
Quais são os sintomas dessa condição?
Os sintomas do transtorno de personalidade histriônica podem variar em intensidade, mas geralmente incluem:
- Busca constante por atenção: a pessoa se sente desconfortável quando não é o centro das atenções e faz de tudo para garantir que os outros estejam prestando atenção nela.
- Comportamento excessivamente emocional: as emoções são frequentemente exageradas ou inapropriadas para a situação.
- Sedução inapropriada: utilizam frequentemente a sedução para atrair a atenção e a aprovação dos outros, mesmo em situações inadequadas.
- Dramatização: tendem a dramatizar ou teatralizar situações cotidianas, agindo de maneira exagerada.
- Falta de profundidade emocional: as emoções podem parecer superficiais e mudar rapidamente.
- Preocupação com a aparência física: existe uma preocupação constante com a aparência e com o quanto ela impressiona os outros.
- Sugestionabilidade: as pessoas com TPH podem ser facilmente influenciadas pelos outros, pois estão sempre buscando aprovação externa.
Portanto, esses sintomas podem prejudicar significativamente a vida social, familiar e profissional da pessoa.
Quais são as causas do transtorno de personalidade histriônica?
As causas do transtorno de personalidade histriônica não são completamente compreendidas. No entanto, acredita-se que resultem de uma combinação de fatores genéticos, biológicos e ambientais.
Primeiramente, os fatores genéticos podem desempenhar um papel, já que pessoas com familiares que apresentam transtornos de personalidade são mais propensas a desenvolver o TPH. Além disso, fatores ambientais e experiências na infância, como a falta de atenção ou superproteção, podem contribuir.
Assim, crianças que cresceram em ambientes onde o comportamento dramático ou exagerado foi incentivado, ou onde a atenção era dada apenas quando a criança agia de maneira exagerada, podem desenvolver esse padrão de comportamento. Além do mais, a falta de limites claros durante o desenvolvimento emocional também pode influenciar o surgimento do transtorno.
Além disso, os modelos de comportamento que a criança observa e absorve dos cuidadores, como pais ou figuras de autoridade, podem ensinar a necessidade de buscar atenção de forma excessiva. Por fim, fatores psicológicos, como a baixa autoestima e a necessidade de aprovação constante dos outros, também são componentes importantes no desenvolvimento do TPH.
Quais são as diferenças dessa condição em relação ao narcisismo?
Ao ler a descrição acima, você pode ter notado que o transtorno de personalidade histriônica (TPH) e o transtorno de personalidade narcisista compartilham alguns aspectos em comum, relacionados à busca por atenção. Todavia, eles têm diferenças significativas.
O principal objetivo de uma pessoa com TPH é ser constantemente o centro das atenções. Para isso, emprega emoções exageradas ou comportamentos sedutores. Além disso, a preocupação com a imagem e com a opinião alheia é central, e essas pessoas costumam ser vistas como dramáticas ou emocionais.
Por outro lado, no transtorno de personalidade narcisista, o foco está em obter admiração e ser visto como superior. Assim, os narcisistas buscam ser respeitados e idolatrados, muitas vezes acreditando que merecem um tratamento especial por sua suposta superioridade.
Dessa forma, enquanto a pessoa com TPH é motivada pela necessidade de ser notada e aprovada, o narcisista está mais preocupado em manter uma imagem grandiosa de si mesmo, frequentemente demonstrando menos empatia pelos outros e buscando manipular as situações para o seu próprio benefício. Portanto, a pessoa com TPH tende a ser mais dependente da validação externa, enquanto o narcisista tem uma visão inflada da sua importância.
Como é o tratamento para esse transtorno?
O tratamento para o transtorno de personalidade histriônica geralmente envolve psicoterapia, com o objetivo de ajudar a pessoa a reconhecer e modificar padrões de comportamento disfuncionais.
Assim, a terapia cognitivo-comportamental (TCC) é amplamente utilizada, pois auxilia o paciente a identificar pensamentos e comportamentos automáticos que levam ao drama e à busca constante por atenção. Durante o tratamento, os pacientes aprendem a desenvolver formas mais saudáveis de lidar com os seus sentimentos. Além disso, aprendem a melhorar as suas habilidades de comunicação e a resolver conflitos de maneira menos exagerada.
Em alguns casos, medicamentos podem ser prescritos para tratar sintomas de depressão ou ansiedade, que podem ocorrer com o TPH. Contudo, os medicamentos não tratam diretamente o transtorno de personalidade, sendo usados apenas para aliviar sintomas associados.
Dessa maneira, é importante que o tratamento seja conduzido por um profissional capacitado e que o paciente tenha um compromisso contínuo com a terapia, pois mudanças no comportamento podem levar tempo. Em complemento, a terapia em grupo também pode ser útil para ajudar a pessoa a praticar interações sociais de maneira mais equilibrada.
Como auxiliar uma pessoa que possa ter transtorno de personalidade histriônica?
Ajudar uma pessoa com transtorno de personalidade histriônica requer paciência e empatia. Primeiramente, é importante evitar alimentar comportamentos que busquem atenção excessiva, respondendo de forma equilibrada às necessidades emocionais da pessoa, sem reforçar atitudes exageradas.
Além disso, é fundamental incentivar a busca por ajuda profissional, como a psicoterapia, já que o apoio de um terapeuta pode ser essencial para que a pessoa aprenda a lidar com as suas emoções de maneira mais saudável. Ao mesmo tempo, mantenha uma comunicação clara e honesta, explicando gentilmente os efeitos que os comportamentos histriônicos podem ter nas relações.
Para amigos e familiares, é útil aprender sobre o transtorno, de modo a entender melhor os desafios enfrentados pela pessoa. Além do mais, é importante oferecer apoio emocional, sem, no entanto, ceder às manipulações ou exageros dramáticos.
Por fim, é vital manter limites saudáveis e cuidar do próprio bem-estar emocional, pois conviver com uma pessoa com TPH pode ser emocionalmente desgastante se não houver equilíbrio na relação.
Concluindo, o transtorno de personalidade histriônica pode causar impactos profundos na vida de quem o vivencia e nas pessoas ao seu redor. Assim, compreender os sintomas e as causas dessa condição permite uma abordagem mais empática e eficaz para lidar com o TPH. Por fim, o tratamento, geralmente baseado em psicoterapia, ajuda a pessoa a desenvolver habilidades emocionais mais saudáveis e a melhorar as suas interações sociais.
Portanto, apoiar alguém com TPH envolve paciência, limites claros e incentivo à busca por ajuda profissional, promovendo uma melhor qualidade de vida para todos os envolvidos.
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Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.
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