Gestão da mudança em organizações

Gestão da Mudança

Entenda mais sobre a Gestão da Mudança e suas principais características

Em um mundo corporativo, cada vez mais dinâmico e competitivo, as empresas precisam encontrar soluções que agreguem valores e façam com que elas se tornem mais sólidas perante à mudanças e inovações. É indispensável que a gestão empresarial seja assertiva e sustente o negócio.

Nesse cenário, a gestão da mudança tem ganhado cada vez mais destaque. Trata-se de uma ferramenta que auxilia a gestão empresarial na difícil tarefa de implementar alterações estruturais, estratégias operacionais ou táticas para obter as transformações necessárias ao crescimento da companhia, ao mesmo tempo em que considera os interesses de seus stakeholders.

Stakeholders: Modelo de Responsabilidade Social

O termo stakeholders foi criado pelo filósofo Robert Edward Freeman. Os stakeholders são os públicos de interesse de uma organização.

Segundo os modelos de stakeholders, a companhia é vista como uma organização social que gere algum benefício aos parceiros ou partes interessadas, sendo assim, um modelo de responsabilidade social.

Características da Gestão Empresarial

Tanto no modelo tradicional como no moderno, cada organização adota aquele que melhor supre suas necessidades e define o melhor perfil para sua gestão e como conduzirá os seguintes princípios:

  • Postura da empresa em relação ao mercado;
  • Organização;
  • Metas e objetivos;
  • Produção de seus serviços e produtos;
  • Integração dos processos empresariais;
  • Reação diante de situações adversas.

Qual o papel das organizações na gestão de mudança?

O objetivo é que as empresas formem seus comitês e incentivem seus colaboradores a conquistarem essa competência, ou contratarem consultorias especializadas no tema para que possam ajudar a implementar essas transformações necessárias. Essas mudanças podem ser de:

  • Processos
  • Recursos Humanos
  • Administrativo
  • Financeiro
  • Desenvolvimento e expansão
  • Plano de negócio
  • Planejamento estratégico
  • Imagem da marca
  • Marketing externo e interno
  • Fornecedores
  • Tecnologia

Como deve ser realizada a gestão da mudança

Para que a gestão da mudança seja bem-sucedida, deve ter como base um mapeamento adequado de todos os procedimentos utilizados atualmente na empresa, dentre os quais, a sua cultura, liderança e capital humano. Essa análise deve contemplar o ambiente empresarial em geral, a mentalidade dos colaboradores e identificar as influências nas tomadas de decisões.

Por fim, precisa investigar previamente os impactos da transformação com muita atenção. A gestão da mudança permite que as estratégias sejam concretizadas refletindo-se nas ações dos funcionários. Afinal, são as pessoas que fazem as transformações acontecer.

Impactando melhorias em diversos setores

Dessa forma, a gestão da mudança pode ser eficaz na melhoria de diversos setores, incluindo:

  • atuação no mercado;
  • aumento da competitividade;
  • implantação de soluções tecnológicas e demográficas;
  • modificação de fatores financeiros;
  • alcance das exigências e expectativas dos clientes;
  • eliminação de deficiências de desempenho;
  • implementação de nova liderança;
  • fusão e incorporação de empresas;
  • orientação comportamental dos trabalhadores.

O desafio da gestão da mudança

Apesar de ser importante para o crescimento de qualquer negócio, como em qualquer outra situação, implementar mudanças não é nada simples ou fácil.

Essa implementação não ocorre da noite para o dia, e ainda assim, geralmente enfrenta resistência dentro das organizações.

A gestão da mudança se faz necessária porque ela envolve um conjunto de estruturas, processos, ferramentas e técnicas que ajudarão indivíduos e equipes a se adaptarem ao novo.

No entanto, ao mesmo tempo, representa grandes e distintos impactos nos colaboradores, principalmente quando envolvem alteração de processos e hábitos, criação de uma nova área ou implementação de um novo sistema de produção.

Por esse motivo, as empresas devem estar cientes de que enfrentarão muitos desafios durante essa empreitada. O maior deles será convencer os funcionários da importância de efetivar essas modificações. Isso acontece principalmente porque os colaboradores pensam que se sempre agiram de uma forma que representou bons resultados, então não precisam mudar.

Vantagens e desvantagens na gestão de mudança

Outro ponto que deve ser considerado é o contexto organizacional e as vantagens das mudanças objetivadas, entendendo o motivo de implantá-las e os propósitos almejados com isso. Esse tipo de mudança tem vantagens e desvantagens, deve-se considerar todas elas antes de iniciar o processo.

Vantagens:

  • Gestores e diretores implementando novas estratégias e táticas
  • Alinhamento de produção com estratégias
  • Planejamento de metas específicas com resultados facilmente avaliados
  • Descobrir soluções criativas e inovadoras através da visão do gestor
  • Mudança de visão apenas operacional para a visão geral do negócio
  • Modelos gerenciais mais flexíveis e mudança de cenário

Desvantagens:

  • Pode provocar dificuldade aos colaboradores em atingir seus objetivos
  • Muitas mudanças implementadas podem dificultar a elaboração de tarefas
  • Gestores sobrecarrecados com o planejamento
  • Falta de gerenciamento aos colaboradores se mal implementado as mudanças
  • Resistência de alguns colaboradores às mudanças
  • Pode ocorrer divergência de ideias, por isso deve haver comunicação aberta entre gestores e equipe

10 dicas para melhorar a resistência da equipe e ter sucesso na gestão de mudanças

  1. Dê o exemplo – seja mais eficaz e eficiente. Aumente a credibilidade do trabalho que está executando.
  2. Mantenha o equilíbrio – seja mais proativo, evite a perda de controle e também os famosos “incêndios” do dia-a-dia.
  3. Cuidado na abordagem – entenda a sua situação e adapte-se de acordo com ela.
  4. Valide seus colaboradores – Foque neles. Lembre-se que organizações não mudam, pessoas sim.
  5. Alinhe com sua equipe – permita que a cara e a voz da mudança (líderes sêniores e gestores) trabalhem para prosperar.
  6. Identifique as causas da resistência – tenha o controle e a certeza de que você não está reagindo a um sintoma, mas realmente tratando a causa da resistência.
  7. Perceba rápido para planejar – não se surpreenda com a resistência. Espere por ela e se planeje.
  8. Incorpore a gestão – da resistência em todas as fases da sua estratégia de gestão das mudanças e do plano de desenvolvimento.
  9. Engaje as pessoas corretas – líderes seniores, gerentes e supervisores são as pessoas ideais na organização para gerenciar resistências.
  10. Elimine as causas da resistência – Faça certo da primeira vez, uma gestão de mudanças eficaz pode eliminar muitas das causas de resistência, antes mesmo delas acontecerem.

A presença de um líder no papel de Sponsor Organizacional

Esse raciocínio é um dos obstáculos a ser ultrapassado pela gestão da mudança. Para que haja o engajamento dos colaboradores é fundamental ter uma metodologia focada em valorização de pessoas.

Nessa estratégia, é fundamental a presença de um líder em um projeto de gestão de mudança no papel de sponsor organizacional (indivíduo/grupo interno ou externo que provê os recursos financeiros para o projeto), é ele que terá a visão do que a empresa precisa alcançar e explicará aos envolvidos sobre a necessidade da mudança.

A liderança precisa comprar a ideia da mudança, sendo o exemplo e desempenhando o papel de direcionar os demais, ou seja, deverá atuar como uma extensão do patrocínio junto às outras áreas. Independente da dimensão de atuação, o sponsor tem uma visão do que a empresa precisa alcançar, também explica a necessidade de mudança para os envolvidos.

A metodologia na gestão de mudanças e seus pilares

Outra responsabilidade do sponsor organizacional é se mostrar presente no processo de mudança, sendo acompanhado pelos sponsors locais. Essa metodologia também envolve pilares importantes para garantir a compreensão e contribuição dos funcionários, que são: 

  1. Comunicação – esse primeiro pilar envolve dar visibilidade às mudanças, para que os colaboradores não somente fiquem bem informados sobre o que acontecerá, como também possam conhecer os impactos positivos que elas representarão em seu trabalho.
  2. Alinhamento – o alinhamento diz respeito garantir que o plano de comunicação seja realmente efetivo. Para isso, ele deve envolver a transmissão de informação de uma forma clara, sincera e direta para que haja um estímulo motivacional e nenhum dos envolvidos se sinta enganado. Além disso, precisa de uma estratégia alinhada ao perfil dos receptores, escolhendo o melhor veículo, linguagem, momento, entre outros métodos que sejam capazes de  proporcionar o bom entendimento da mensagem e o comprometimento de todos para o sucesso da implementação.
  3. Capacitação – As mudanças podem trazer novos processos desconhecidos pelas pessoas. Nessas situações, a capacitação se faz necessária para viabilizar o conhecimento e aprendizado. Esse último pilar tem como objetivo ensinar como fazer e é realizado a partir do levantamento dos colaboradores que necessitam de treinamento, bem como de outros dados necessários para sua realização, como período e escolha do ministrante.

Governança Corporativa

A Importância da governança corporativa está cada vez mais necessária às organizações. Para que o ambiente se torne cada vez mais saudável, consolida-se a implantação de normas de conduta para a proteção do valor econômico e a imagem da empresa.

Essa prática favorece e muito o crescimento da empresa, focada nos seus próprios objetivos estratégicos.  

Conheça algumas práticas de governança corporativa que vão elevar a performance de sua empresa:

1. Normas de Conduta

As normas de conduta de uma empresa são necessárias para favorecer o ambiente de negócios, com mais eficiência e transparência. Afinal de contas, na nossa sociedade também existem leis para tudo, até para disciplinar o comportamento das pessoas

Códigos e manuais de governança são criados pelas empresas para determinar as atitudes esperadas, regras de cada membro envolvido no processo da empresa, reduzindo o risco de má interpretação e evitando que cada profissional tome decisões pessoais.

2. Em sintonia com a cultura da organização

Na implantação de normas e práticas ligadas a esse sistema de controle da gestão, deve-se considerar a missão, a visão e os valores da própria empresa.

Além de procurar alcançar propósitos que satisfaçam os interesses da companhia, é recomendável que a governança corporativa permeie todas as atividades da empresa.

3. Definir Hierarquia

Para que a responsabilidade corporativa seja de fato praticada, é importante que cada profissional saiba qual é o próprio papel na empresa, de modo que ele não se desvie dos objetivos estratégicos do negócio, que saibam a quem se reportar a fim de tirar suas dúvidas e reportar o resultado de suas atribuições.

4. Auditoria interna e externa

Submeter os processos empresariais com transparência, prestações de contas fidedignas com a realidade. A auditoria interna e externa se faz necessária para passar uma imagem de profissionalismo e confiabilidade para o investidor.

Além de auditorias, a empresa deve criar os mecanismos para evitar e coibir práticas que poderão causar danos no futuro.

6. Acesso aos registros de todas as ações da empresa

O acesso à informação deve ser um dos pilares de uma boa política de governança corporativa. É importante que todas as ações tomadas pela empresa sejam devidamente documentadas, para que haja um histórico da gestão empresarial, para que, caso um acionista ou um futuro investidor queiram ter acesso a esses dados, a empresa possa disponibilizar de imediato.  

Com essa prática, de registrar os passos do negócio, a empresa facilita a execução da transparência e da prestação de contas, evitando questionamentos sobre a atual gestão e situações conflitantes que poderão afetar o negócio.

7. Avaliação de desempenho constante

As normas de conduta e práticas de gestão devem ser avaliadas periodicamente, para que a eficácia e a efetividade delas sejam mensuradas. A governança corporativa tem como objetivo o conjunto de boas práticas para um desenvolvimento sustentável no longo prazo. O negócio precisa estar em primeiro lugar.

Maximize o processo de sinergia e obtenha resultados na sua gestão de mudanças

É fundamental maximizar a eficácia do processo da sinergia e o equilíbrio entre o estratégico, tático e o operacional, para fazer a conexão entre o propósito da mudança a ser realizada pela organização e a nova realidade do dia a dia das pessoas.

Dessa forma, é possível garantir uma melhor aderência dos times ao processo de mudança e fazer com que a iniciativa seja mais bem-sucedida.

O que o Coaching pode fazer para promover a gestão de mudanças em organizações?

Coaching é uma poderosa ferramenta na gestão de mudanças que fornece dados, promove as intervenções comportamentais na medida em que competências são desenvolvidas e treina grupos para alavancar o dinamismo e força.

Já para quem está no território da manutenção, o coaching gera inúmeras ferramentas de autogestão. Trata-se de um processo fluído que intervém na organização de acordo com suas diferentes necessidades de atuação, contribuindo para o melhor resultado pessoal, coletivo e potencialização dos resultados.

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José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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