Conheça os quatro modos de conversão do conhecimento e como podem auxiliá-lo na empresa

Conversão do conhecimento Conheça o conceito de conversão do conhecimento.

 

Há várias formas de se promover a conversão do conhecimento organizacional. Em alguns lugares como no Japão, o conhecimento ocidental é tido como tácito e em outras regiões o conhecimento é tido como explícito. Segundo algumas fontes de informação tanto o conhecimento tácito como o explícito não andam de forma separada e sim de forma complementar.

O conhecimento é adquirido à medida que se interagem com os ambientes, absorvendo informações, colhendo experiências, valores e etc. Existem 5 formas de se gerar conhecimento que são: aquisição, recursos dirigidos, fusão, adaptação e comunidades de prática.

A primeira é a maneira mais direta e eficaz de se adquirir conversão do conhecimento. Nas seguintes criam-se unidades ou grupos, tipo departamentos de pesquisas, para produção de conhecimento novo. Na fusão, une-se pessoas em torno de um conflito gerador de ideias. A adaptação são os conhecimentos gerados nas crises e as comunidades de prática são comunidades de possuidores de conhecimento que se reúnem.

Para entender melhor de que maneira este processo funciona, convido você a me acompanhar na leitura deste artigo e aprofundar seus conhecimentos sobre este tema. 

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Conhecimento tácito e explícito 

Antes de falarmos especificamente sobre cada modo de conversão, acredito ser importante explicar melhor sobre do que se trata o conhecimento tácito e o conhecimento explícito. 

De maneira geral, quando uma pessoa fala em conhecimento tácito, ela está se referindo àquele que adquirimos através das experiências pelas quais passamos ao longo da vida. Isso quer dizer, que, geralmente, há certa dificuldade em repassar ou explicar este tipo de conhecimento, uma vez que ele é mais subjetivo e está diretamente associado às habilidades e competências de um indivíduo. 

Já o conhecimento explícito pode ser tranquilamente transmitido a outras pessoas, pois trata-se de um tipo que, de alguma maneira, já foi articulado, codificado e armazenado, em alguma espécie de mídia. 

Modos de conversão do conhecimento

Os modos de conversão fazem parte dos estudos e trabalhos voltados para a área de Gestão do Conhecimento. Os principais responsáveis pela criação deste conceito, que também pode ser chamado de Espiral do Conhecimento, são os professores Ikujiro Nonaka e Hirotaka Takeuchi, que falaram bastante sobre o tema em seu livro “The Knowledge-Creating Company”. 

Esta teoria, que também é conhecida como modelo SECI, apresenta, basicamente, o resultado da interação que acontece entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito. 

Assim, é possível dizer que existem quatro modos diferentes de conversão do conhecimento que são:

  • Socialização: de conhecimento tácito para tácito;
  • Externalização: conhecimento tácito em explícito;
  • Combinação: conhecimento explícito em explícito;
  • Internalização: do conhecimento explícito para o tácito.

Explicando cada um dos modelos de conversão do conhecimento

Com base em tudo o que já apresentei até aqui, com certeza você já conseguiu perceber que todo conhecimento, independentemente de ser tácito ou explícito, é capaz de gerar novos conhecimentos, certo?

Para entender, de forma ainda mais aprofundada, como este processo acontece, veja abaixo as características de cada um dos quatro modos de conversão do conhecimento, criados por Nonaka e Takeuchi.

Socialização

Processo onde se compartilha experiências e deste ponto começa a criação do conhecimento tácito, através de outros conhecimentos tácitos. Segundo o site UFAL, dois exemplos são modelos mentais e habilidades técnicas compartilhadas. Tudo consiste na agregação de conhecimento através da experiência.

O que se pode dizer é que a socialização se caracteriza pela troca de conhecimentos tácitos entre indivíduos, onde, na prática, um aprende constantemente com o outro, formando, assim, um processo claro de compartilhamento de experiências. 

Externalização

Transforma conhecimento tácito em explícito, por meio de diálogo e reflexão em grupo, pois nesse sentido é que a conversão do conhecimento é provocada. 

As formas mais comuns de externalização acontece, principalmente, através da utilização de metáforas, analogias, entre outros meios, que facilitam e torna clara a compreensão do conhecimento por parte de todos.

Combinação

Conforme o próprio nome já diz, aqui a conversão acontece através da combinação de diferentes tipos de conhecimentos explícitos, como a troca de e-mails, reuniões, documentos e etc.

Outra forma de exemplificar a combinação é por meio do processo de ensino, em que o professor ou o aluno se utilizam de combinações de conhecimentos já existentes para criar novos conhecimentos e transmitir aos demais. 

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Internalização

Você incorpora o conhecimento explícito ao tácito, ou seja, o conhecimento explícito torna-se tácito. De acordo com os criadores desta teoria, quando uma pessoa fala neste tipo de processo, ela está se referindo àquele em que o indivíduo aprende algo novo fazendo. 

Um exemplo disso acontece quando alguém recorre a instruções já criadas para fazer algo, como manuais, livros, vídeos, entre outros instrumentos e procedimentos, que contribuam para que o seu conhecimento tácito seja elevado. 

Neste processo, é fundamental enfatizar que o indivíduo, para verdadeiramente internalizar o conhecimento explícito adquirido, deve experimentá-lo mais de uma vez. Isso pode ocorrer, não só através da leitura de manuais, como também por meio do aprendizado das experiências transmitidas e obtidas de outras pessoas, que, com o passar do tempo, se transformarão em um modelo mental tácito. 

Um bom exemplo disto tudo, para que possamos entender , é que o conhecimento tácito nada mais é do que ver, perceber, perguntar. O conhecimento explícito é como escrever, falar e desenhar. Agora fazendo um elo entre eles, ou seja, do conhecimento tácito para o explícito, nós temos a socialização x externalização que é da percepção de algo para a ação.

Quais são as criações capacitadoras do conhecimento organizacional

A intenção é muito importante, pois é ela quem define as metas da organização. Autonomia, ou seja, agir de forma autônoma diante das circunstâncias. Redundância e suas informações que transcendem as exigências operacionais. E por último, validade de requisitos em que da diversidade deve corresponder à complexidade do ambiente, para permitir enfrentar os desafios que acontecerem.

A variedade de conhecimento mostra as várias formas de se ampliar know-how. Dentro de uma organização saber como um indivíduo funciona e em quais estágios ele se encontra dentro da transformação ou conversão do conhecimento é crucial para adaptar melhor o meio e deixá-lo preparado para o aprendizado. 

Levando em consideração que o ser humano aprende de várias formas, é imprescindível aliar a esses processos, momentos em grupo, onde todos possam distribuir informação e compartilhar experiências, a fim de que se crie oportunidade para a ampliação de conhecimentos por parte dos membros que compõem um negócio. 

Fazendo isso, cria-se, não só a oportunidade para que os profissionais aumentem o seu know-how, como também para a empresa alcançar os resultados que almeja, já que, a partir disso, a performance de seus colaboradores será substancialmente elevada.

Invista neste processo de ampliação de conhecimentos e troca de experiências em sua organização, pois, com certeza, por meio de ações assim, você e seus profissionais só terão bons frutos a colher no futuro.

Agora me conte: você já conhecia os modos de conversão do conhecimento? Acredita que é possível implementar em seus negócios? Deixe nos comentários a sua opinião e lembre-se de continuar nos acompanhando, pois diariamente produzimos conteúdos de qualidade, que vão agregar ainda mais valor à sua performance pessoal, profissional e empresarial. 

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José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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