O que avaliar na hora da mudança de emprego

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Buscar novas experiências pode ser muito enriquecedor, mas é sempre necessário avaliar as circunstâncias que envolvem uma possível mudança de emprego.

Você sabe o que avaliar ao decidir fazer uma mudança de emprego? Esse é um movimento natural que pode acontecer com muitos, no entanto, é preciso cautela para tomar boas decisões.

Hoje em dia, uma das características mais marcantes do mercado brasileiro é a alta rotatividade dos profissionais. Isso acontece por conta da personalidade inquieta e aventureira da geração que domina o mercado atualmente. Também se deve à oscilação nos índices de desemprego do país e pela intensa busca por mão de obra qualificada que possam contribuir com os projetos empresariais.

Buscar novos desafios e aperfeiçoar os conhecimentos com novas experiências de vida pode ser muito enriquecedor, mas é preciso avaliar bem todas as circunstâncias que envolvem uma possível mudança de emprego antes de correr o risco de se perder algo garantido. É preciso colocar na balança os prós e contras do emprego atual, verificando quais benefícios e problemas uma mudança pode trazer.

Engana-se quem pensa que essa é uma decisão simples de tomar, pois não basta que a outra vaga ofereça um salário maior. Mudar de emprego significa fazer alterações profundas na sua rotina e talvez até na sua estabilidade. Continue lendo para conhecer os fatores mais relevantes de considerar no momento de decidir pela mudança de emprego. Boa leitura!

Mudança de emprego: o que deve ser avaliado?

Alguns momentos são decisivos em nossas vidas e demandam certeza absoluta para que não haja margem para arrependimentos. Quando um profissional relativamente satisfeito com seu trabalho se vê diante de outra oportunidade, pode ficar confuso.

A decisão de deixar uma empresa por outra deve ser baseada em outros fatores além da questão salarial. Os benefícios não-obrigatórios, a marca empregadora, estabilidade financeira da companhia, entre outros elementos, devem ser adicionados a essa equação.

Também é essencial considerar o quanto você se sentirá bem nesse novo ambiente laboral. Priorizar a qualidade de vida e felicidade é imprescindível! Confira alguns fatores a serem levados em conta para essa avaliação:

1. Salário

Se a mudança de empresa será para o mesmo cargo do emprego atual ou para um cargo melhor, deve-se considerar uma média de 30% de aumento salarial para que a proposta se torne interessante.

Por outro lado, se a ideia é mudar de área e se aventurar na realização de um sonho ou buscar uma atividade que traga mais satisfação, ganhar o mesmo salário e até começar um pouco abaixo pode valer a pena. Por isso, em vez de pensar apenas no financeiro, avalie o que está motivando o desejo de mudança.

2. Horas de trabalho

Se o novo emprego representa aumento de expediente, é preciso considerar que o salário seja maior e quais benefícios essas horas a mais de trabalho podem trazer. Trabalhar horas a mais ou a menos interfere diretamente na qualidade de vida, e é preciso avaliar até que ponto isso representa uma evolução na sua carreira. Faça uma análise crítica e rigorosa dessa questão. 

3. Local e deslocamento até o trabalho

Trabalhar em casa, ou perto de casa, poupa o estresse do trânsito e das horas perdidas em deslocamento, além de representar uma grande economia para o funcionário.

Avalie se a empresa dos sonhos se localiza a uma distância viável e se você se sentirá bem ao fazer esse percurso diariamente. Considere que grande parte do estresse do dia a dia de trabalho está mais relacionada ao deslocamento do que à execução das tarefas em si.

Inclusive, é interessante informar-se a respeito da possibilidade de trabalhar em regime home office. A pandemia fez com que várias empresas se adaptassem ao modelo home office e optassem por mantê-lo mesmo após a vacinação em massa. 

4. Satisfação no emprego atual

O emprego atual já não traz novos desafios? As relações interpessoais não estão boas? A filosofia da empresa já não corresponde às suas expectativas? Você se sente desmotivado e acha que a rotina já se tornou monótona?

Caso a resposta para alguma dessas perguntas tenha sido “sim”, talvez realmente seja o momento de se buscar novos desafios. É muito importante se identificar com seu trabalho, sentir que está no emprego certo e se sentir dignificado com ele.

Não faz sentido permanecer em um ambiente que entristece ou não desafia. No entanto, se você está satisfeito com o seu emprego atual é interessante considerar se a nova vaga tem potencial para aumentar a sua satisfação. Em outras palavras, será que vale a pena mudar de emprego? 

5. Plano de carreira

Se você sente que está preparado para novos desafios, mas percebe que não terá chance de crescimento onde está, é hora de alçar voo. No entanto, se lançar em um cargo de maior responsabilidade sem estar preparado, pode ser um tiro no pé. Esteja seguro e preparado antes de ousar uma mudança na carreira. 

É importante avaliar, ainda, se não existe a possibilidade de crescimento dentro da empresa atual, e se isso não pode ser interessante para você e para a chefia. Em alguns casos, é possível negociar com a empresa atual para que haja investimento na sua qualificação para um crescimento gradual. Ter segurança para mudar de área de atuação é muito importante para ser bem-sucedido.

6. Informe-se sobre o cenário econômico

Mudar de emprego significa, em muitos casos, mudar de segmento de atuação. Então, se a empresa que está fazendo a oferta é de outro setor, é válido você pesquisar a respeito.

Observe a economia de forma geral, pois alguns cenários econômicos contribuem para o crescimento de companhias de um determinado setor, enquanto outros cenários levam outras organizações a brilhar.

Essa é uma questão de grande relevância, uma vez que a performance econômica está diretamente relacionada à estabilidade da oportunidade de emprego. Se a companhia em questão atua em um setor que enfrenta uma dura crise, pode ser que daqui um ou cinco anos ela não se mantenha em funcionamento.

7. Informe-se sobre a cultura e os valores da empresa

Conhecer a cultura e os valores da empresa é essencial para entender se você irá se adaptar ou não a essa nova companhia. Para isso, pesquise matérias a respeito da empresa, verifique se há registros de muitos processos trabalhistas e, se possível, converse com pessoas que trabalham nela.

O ideal é que sejam amigos ou pelo menos amigos de amigos. Não é legal ficar conhecido como um bisbilhoteiro antes de ingressar no quadro de colaboradores oficialmente. Faça amplas pesquisas para não ser pego de surpresa. 

Decidi mudar de emprego, como devo agir? 

Depois de avaliar todos os pontos citados, caso você realmente tenha optado por mudar de emprego, é importante manter uma postura ética e conversar com seus gestores abertamente.

Deixe tudo às claras e demonstre seu respeito por toda experiência e conhecimento adquirido no antigo emprego, cumprindo o aviso prévio e ajudando a treinar o funcionário que irá substituí-lo.

Essa postura, além de ser a mais ética, é também uma forma de se salvaguardar, pois ninguém sabe o futuro. Pode acontecer de em algum momento da sua carreira você decidir voltar para essa companhia ou ainda ser colega de alguém com quem atuou nesse período.

Basicamente, o que estamos tentando dizer é que atitudes desrespeitosas podem se voltar contra você no futuro. Aja de forma consciente e honesta para se manter como um profissional respeitado no mercado.

Com essas dicas você conseguirá fazer uma análise mais criteriosa para trocar ou não de emprego!

 

José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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