O que é ergonomia cognitiva? Veja exemplos de aplicação

Ergonomia Cognitiva Saiba como a Ergonomia Cognitiva pode contribuir com o bem-estar da seus colaboradores

 

Estamos constantemente em contato com alguma máquina. Celulares, tablets, computadores, entre muitos outros aparelhos eletrônicos, são alguns dos artefatos mais presentes em nosso dia-a-dia. 

Esta relação, homem-máquina não é algo recente, visto que a modernização nos processos de produção fez com que os eletrônicos, bem como a tecnologia de uma forma geral, se mantivessem cada vez mais presentes em nosso cotidiano, levando à criação da Ergonomia Cognitiva.

O que é Ergonomia Cognitiva e as contribuições que este conceito traz para o nosso cotidiano é o assunto que quero conversar com você no artigo de hoje, querida pessoa.

[php_everywhere instance=”2″]

Um pouco sobre Ergonomia

Antes de falar sobre Ergonomia Cognitiva é necessário falar um pouco sobre a Ergonomia. A palavra tem origem na língua grega, ergon – que significa trabalho – e nomos – que significa normas. Neste sentido, a Ergonomia surge como uma ciência que visa determinar normas para uso de máquinas no ambiente de trabalho.

Seu foco é criar técnicas eficazes para garantir o bem-estar do colaborador, através da adaptação de elementos em seu respectivo ambiente de trabalho e assim, garantir a produtividade da empresa. Além disso, através da Ergonomia é possível criar estratégias eficazes para prevenir acidentes de trabalho. 

Mas você deve estar se perguntando: E a Ergonomia Cognitiva, onde entra neste processo?

Ergonomia Cognitiva: origem e conceito

A Ergonomia Cognitiva surgiu da necessidade de lidar com as dificuldades que os trabalhadores tinham ao exercerem funções que exigiam um maior esforço mental. Os estudos começaram na década de 50, através do psiquiatra Louis Le Guillant, que atestou a importância da capacidade cognitiva para a execução de tarefas no trabalho. 

A Ergonomia Cognitiva tem seu foco de atuação na capacidade de memorização dos indivíduos, na atenção, percepção e outros processos cognitivos. Na década de 1960, os estudos de Guillant comprovaram a ligação existente entre o desempenho das tarefas, a usabilidade das máquinas e a ergonomia cognitiva.

Na época, o fenômeno recebeu o nome de “Síndrome das Telefonistas”. Estas trabalhadoras se queixavam com frequência dos mesmos sintomas – dores de cabeça e nas costas, mudanças de humor, dentre outros sintomas que foram identificados não só no trabalho, mas fora dele também. Louis Le Guillant identificou em seus estudos que esta síndrome não era exclusiva das telefonistas; outros trabalhadores e trabalhadoras apresentavam os mesmos sintomas em outras funções.

Atualmente, a Ergonomia Cognitiva contribui positivamente para garantir que os colaboradores desenvolvam suas tarefas com bem-estar, com base em uma análise minuciosa de suas atividades. Cabe ao ergonomista identificar o real impacto da relação deste colaborador com as máquinas que fazem parte de seu cotidiano no trabalho. 

É este profissional que avaliará se há excessos – estresse, cansaço mental, por exemplo: falhas na execução da atividade e se estes impactos têm gerado transtornos, síndromes e outros desconfortos para o colaborador. Além disso, o ergonomista cognitivo é responsável por elaborar sistemas que propiciem maior conforto para o colaborador, de forma a garantir a produtividade da empresa.

Entre os seus objetivos podemos citar:

  • A preservação da atenção;
  • O reconhecimento e aprimoramento da curva de atenção;
  • O aprimoramento da memória;
  • A melhoria no processo de psicomotricidade;
  • A promoção de novos conhecimentos;
  • A identificação dos tipos de inteligência existentes em cada indivíduo;
  • O desenvolvimento da inteligência emocional;
  • A preservação da saúde mental e física.

Exemplos de aplicação

Após entendermos mais sobre a Ergonomia Cognitiva é chegado o momento de conhecer os exemplos de aplicação deste conceito no ambiente organizacional. Continue me acompanhando na leitura e confira:

Recrutamento e seleção

Durante o processos de recrutamento e seleção que acontecem na empresa os profissionais da área de Recursos Humanos – RH, costumam realizar diversos tipos de testes e avaliações psicológicas, com o intuito de analisar memória, atenção, inteligência, raciocínio lógico, entre outros fatores. 

Treinamento e desenvolvimento

Outra forma de se aplicar a ergonomia cognitiva e através de programas de treinamento e desenvolvimento, onde os colaboradores de uma empresa tem a oportunidade de aprimorarem conhecimentos, bem como desenvolverem novas habilidades e competências, que vão contribuir para uma performance de excelência. 

Tempo

Conforme vamos executando nossas atividades dentro da empresa, a tendência é que a nossa atenção tenha uma queda. Assim, são propostas maneiras eficientes de otimizar e organizar o nosso tempo, inserindo-se intervalos para descanso entre uma demanda e outra, com o objetivo de fazer com que o pico de atenção seja recuperado e, com isso, o trabalho continue com a mesma produtividade.

Adoção de ginástica laboral

Além de ser uma forma de colocar o colaborador sempre em movimento, a ginástica laboral é uma atividade física, que contribui para o aumento da memória, atenção e bom humor dos profissionais que fazem parte de uma empresa. Isso porque a sua prática estimula a liberação de alguns hormônios no organismo, que influenciam nestes três pontos e em muitos outros.

Ambiente organizado

Tendo em vista que o nosso local de trabalho é onde passamos grande parte de nosso dia e até mesmo de nossa vida, é fundamental mantê-lo organizado, caso contrário ele pode impactar diretamente em nossa atenção, criando estímulos que tiram o nosso foco do trabalho, trazendo, com isso, uma sensação indesejada de estresse. 

Adote estratégias que irão potencializar seus resultados!
Clique aqui e descubra como crescer através do Coaching!

Ergonomia organizacional e física

Os outros tipos existentes de ergonomia também têm impacto relevante sobre alguns aspectos da ergonomia cognitiva. Assim, é preciso cuidar da ergonomia organizacional e física, pois assim evita-se que os colaboradores percam a atenção no trabalho, por alguma sensação de desconforto ou insegurança que possam vir a ter, por exemplo.

Estes foram alguns exemplos de como a ergonomia cognitiva pode ser aplicada no ambiente organizacional. No entanto, antes de implementá-la, efetivamente e na prática, a minha dica é que você, que vai assumir o papel de ergonomista cognitivo dentro da empresa, analise com profundidade, em primeira instância, o perfil de cada um dos colaboradores, principalmente daqueles que apresentam sintomas de estresse e cansaço mental. 

Para isso, o que você deve fazer é criar e analisar os cenários existentes dentro da empresa, com os prós e contras de cada uma de suas áreas, pois isso lhe dará o embasamento necessário para elaborar estratégias eficientes que ajudem, de forma significativa, aqueles colaboradores que enfrentam problemas relacionadas à cognição.

Precisamos cada vez mais contar com este tipo de conceito e processo, para que, dessa maneira, possamos garantir o melhor ambiente de trabalho aos colaboradores que nos ajudam diariamente a alcançar resultados extraordinários em nossos mercados de atuação. Pense nisso e invista em ergonomia cognitiva em sua empresa. 

E você, o que pensa a respeito da Ergonomia Cognitiva? Gostou de conhecer um pouco mais este poderoso conceito? Utilize o espaço abaixo para nos contar a sua experiência e a sua opinião a respeito, e, se este assunto te ajudou de forma positiva, curta e compartilhe em suas redes sociais, para que ajude também seus amigos.

[php_everywhere instance=”1″]

Copyright: Fotovika 132331991 https://www.shutterstock.com/pt/g/Fotovika

José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



*Esse conteúdo não é fonte para veículos jornalísticos ou matérias para imprensa, para utilização ou referência por favor entre em contato conosco.

Deixe seu Comentário

IBC - Instituto Brasileiro de Coaching: Av. Prof. Venerando Freitas Borges, 561 - Setor Jaó - Goiânia/ GO - CEP: 74.673-010