O que o efeito Hawthorne pode te ensinar sobre produtividade

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O Efeito Hawthorne é um processo de mudança positiva no comportamento dos colaboradores a partir da mudança na relação entre colaboradores e gerência.

Luzes, temperatura, ergonomia e produtividade podem andar lado a lado? Segundo o efeito Hawthorne, esses fatores podem ter mais influência do que se imagina, uma vez que o seu objetivo é justamente analisar o efeito das mudanças ambientais do local de trabalho no comportamento humano. O efeito também analisa o impacto das funções biopsicológicas sobre a produtividade.

Em outras palavras, como as características de um ambiente podem tornar as pessoas que o frequentam mais ou menos produtivas? Essa pergunta foi o ponto de partida para o estudo de Hawthorne, cujos achados foram bastante interessantes e podem ajudar você a ser mais produtivo. Ficou curioso para entender? Então, continue a leitura a seguir!

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A origem e conceito do Efeito Hawthorne

A pedido da direção de uma fábrica de Western Electric Company (localizada em Chicago, no bairro de Hawthorne), um grupo de pesquisadores da Universidade de Harvard foi contratado para determinar a relação existente entre a intensidade da iluminação e a eficiência dos trabalhadores na produção.

À medida que as pesquisas avançaram, outros fatores também entraram na pesquisa: fadiga, rotatividade, acidentes de trabalho, além do efeito que as condições de trabalho exerciam sobre a produtividade dos operários.

Partindo desse princípio, foi possível concluir que o Efeito Hawthorne é um processo de mudança positiva no comportamento dos colaboradores a partir da mudança na relação entre colaboradores e gerência. Vale ressaltar que essa mudança ocorre quando os colaboradores se sentem valorizados e respeitados pelos seus respectivos gestores e coordenadores.

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O que podemos aprender com a pesquisa em Hawthorne?

Mais do que qualquer aspecto físico do ambiente, o relacionamento humano foi o grande achado da experiência em Hawthorne. Por isso, a maior parte dos aspectos que de fato impactam a produtividade dos colaboradores diz respeito a essa característica. Portanto, o experimentou tornou-se uma das maiores ferramentas de apoio à ideia de que a produtividade depende do grau de integração das pessoas em um determinado contexto. Confira os principais aprendizados!

1. É preciso compreender e incentivar as relações humanas

Em um ambiente em que os colaboradores podem se expressar de forma sadia e livre, a produtividade é maior. Esse ambiente, entretanto, só é possível quando o administrador compreende que cada colaborador tem uma personalidade própria e que a personalidade de cada um influencia no comportamento e nas atitudes do grupo como um todo.

Mais do que a própria capacidade física, é a capacidade social do colaborador que determina a sua eficiência no cumprimento das suas atividades. A integração social do grupo é diretamente proporcional à disposição dos indivíduos para o trabalho, sendo um importante fator motivacional.

2. Estamos todos no mesmo barco chamado “grupo”

Cabe aos gestores e administradores compreender que as ações e reações dos colaboradores são resultados da convivência em grupo. E é justamente por ser um grupo que é preciso tratar os colaboradores como membros de uma equipe e envolvê-los nas questões e decisões que afetam a todos.

Isso significa que a administração das empresas não pode oferecer tratamentos diferenciados a cada indivíduo, mas enxergando-os todos como membros de um time. A postura de um trabalhador em grupo é diferente da que ele teria se trabalhasse sozinho, já que as pessoas influenciam-se umas às outras pelo próprio comportamento e convívio diário.

3. É importante ficar de olho nas recompensas sociais

Diferentemente do que alguns gestores acreditam, muitos colaboradores não são motivados exclusivamente por salários altos e outros benefícios financeiros. Os estudos dos teóricos das relações humanas apontam que o reconhecimento, a aprovação social e a participação nas atividades dos grupos sociais são os maiores fatores motivacionais dos colaboradores.

Isso não quer dizer que o salário não seja considerado, muito pelo contrário. No entanto, a experiência em Hawthorne constatou que o “homem social” tende a se sobrepor ao “homem econômico” quando o assunto é a satisfação com um ambiente de trabalho e a produtividade dos indivíduos.

4. Grupos informais influenciam muito a conduta do trabalhador

A chamada Teoria Clássica se preocupava com conceitos como: responsabilidade, liderança, divisão do trabalho e departamentalização das empresas. No entanto, a Teoria das Relações Humanas, com uma boa confirmação concedida pelo efeito Hawthorne, identificou que os grupos informais de uma empresa são mais determinantes ao seu comportamento.

Esses grupos se criam por afinidades em comum, e não por departamentos oficiais da estrutura da empresa. Essas redes espontâneas de afinidade influem nas crenças, nas atitudes, nos comportamentos, nas expectativas e nas motivações das pessoas. Cada grupo informal tende a desenvolver as suas próprias regras de conduta, recompensa, crenças etc.

5. É preciso enfatizar o aspecto emocional dos colaboradores

O efeito Hawthorne, que inicialmente se preocupava com as questões físicas do ambiente, acabou concluindo que o aspecto emocional dos colaboradores era o que mais influenciava a sua motivação e a sua produtividade no dia a dia. A atenção que recebiam dos colegas e dos supervisores, por exemplo, era determinante para que dessem o melhor de si nas suas tarefas.

Diante disso, concluiu-se que a produtividade não vem de trabalhos extremamente divididos e repetitivos, que se tornam cansativos, desinteressantes e pouco motivadores. Isso, na verdade, reduz a satisfação com as atividades e, consequentemente, a produtividade do trabalhador. Por isso, é importante que o colaborador se sinta ativo e conectado com aquilo que produz, sem fazer do trabalho algo mecânico e sem sentido. É preciso despertar emoções positivas e significativas.

Em resumo, a experiência de Hawthorne teve inicialmente o objetivo de identificar se a intensidade das luzes de um ambiente interferia na produtividade das pessoas. Com o andamento do experimento, no entanto, foi constatado que as relações sociais estabelecidas entre os seres humanos superavam qualquer interferência da estrutura do ambiente na produtividade das pessoas. Desse modo, a construção de um clima organizacional harmônico entre funcionários e supervisores deve ser priorizada.

E você, o que pensa sobre o Efeito Hawthorne? Como é o ambiente na sua empresa? Utilize o espaço abaixo para nos contar a sua experiência sobre o assunto. Além do mais, se este conteúdo o auxiliou de alguma maneira, compartilhe-o nas suas redes sociais!

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José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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