Mapa de autoavaliação sistêmico: melhorando relacionamentos e comportamento pessoal

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Aprimore seu autoconhecimento com a ‘Roda da Vida’

De tempos em tempos, todos nós precisamos fazer balanços sobre as diferentes áreas da nossa vida — o que muita gente deixa para fazer ao fim ou bem no início do ano. Esse processo é fundamental para o autoconhecimento, pois toda pessoa precisa identificar o que vai bem na própria vida e o que pode melhorar. É assim que construímos uma jornada edificante para uma vida mais feliz.

Uma ferramenta importante no coaching que pode ser utilizada para fazer esse balanço individual é o mapa de autoavaliação sistêmico, materializado no instrumento conhecido como “Roda da Vida”. Neste artigo, você vai entender melhor a importância de fazer essa autoavaliação e como realizá-la por meio dessa ferramenta. Continue a leitura e saiba mais!

Autoavaliação sistêmica: a roda da vida

No processo de autoavaliação sistêmica, podemos “subdividir” a nossa própria vida em diferentes áreas. Para facilitar esse processo, a ferramenta da roda da vida é muito útil. Ela é bem simples: consiste em um círculo dividido em 4 quadrantes: vida pessoal, vida profissional, relacionamentos e qualidade de vida. Cada quadrante, por sua vez, é novamente subdividido em 3 setores, totalizando 12 áreas da vida.

Para cada uma dessas áreas, o indivíduo deve atribuir a si mesmo uma nota de 1 a 10, considerando o seu desempenho nesse setor no período avaliado. Assim, a ferramenta se torna bastante gráfica e visual, facilitando a percepção dos pontos positivos e dos pontos de melhoria na vida de cada um.

Essa ferramenta é bastante completa, mas não deve ser preenchida de uma forma rápida e automatizada. É importante que o indivíduo, passando por um processo de coaching ou não, reflita com cuidado e sem pressa sobre cada área avaliada, de modo que possa atribuir a si uma nota justa. No processo de coaching, o coach ajuda o coachee nessa reflexão, por meio de perguntas poderosas.

Na sequência, vamos conhecer melhor os setores de cada quadrante da roda da vida.

 

  • Vida pessoal

 

O primeiro quadrante avalia a vida pessoal do indivíduo, considerando a sua saúde, o seu desenvolvimento intelectual e o seu equilíbrio emocional.

 

  • Saúde e disposição

 

A saúde não deve ser entendida apenas como a ausência de doenças, mas como uma condição geral de bem-estar — física e emocionalmente. Essa área deve considerar, portanto, não apenas as doenças e dores, mas também a avaliação do indivíduo acerca da sua disposição, vitalidade e níveis de energia. Nesse sentido, resultados e hábitos recentes devem ser considerados: tratamentos médicos, terapias, alimentação, hidratação, atividades físicas etc. O que pode ser melhorado nesse aspecto?

 

  • Desenvolvimento intelectual

 

Além do desenvolvimento físico e psicológico, também precisamos refletir sobre a vida intelectual, ou seja, sobre como temos estimulado o nosso cérebro e a nossa mente. A esse respeito, precisamos refletir sobre os nossos estudos, o nosso trabalho e as demais atividades que executamos que sejam intelectualmente estimulantes: passatempos, livros, filmes, conversas edificantes, reflexões, passeios culturais, aquisição de conhecimentos e desenvolvimento de habilidades em geral.

 

  • Equilíbrio emocional

 

O equilíbrio emocional, também conhecido como “inteligência emocional”, consiste na capacidade que as pessoas têm (ou que precisam desenvolver) de identificar as suas emoções, nomeá-las, reconhecer as suas origens, administrar a sua intensidade e canalizá-las em ações produtivas. Não podemos controlar as nossas emoções, mas certamente podemos controlar as nossas ações e reações. Nesse setor, falamos em estabilidade, resiliência, paciência, paz interior, superação e respeito ao próximo.

 

  • Vida profissional

 

Depois de refletir sobre a vida pessoal, passamos ao universo profissional do indivíduo, considerando o trabalho que executa. Aqui, os setores avaliados são: realização e propósito, recursos financeiros e contribuição social.

 

  • Realização e propósito

 

Na área de realização e propósito, consideramos o que o indivíduo entende como missão e propósito de vida e se ele está ou não concretizando esse propósito por meio do seu trabalho. Mesmo que isso ainda não tenha sido alcançado, questionamos se a pessoa se sente minimamente feliz ou útil por meio da sua atividade profissional. É preciso saber se ela sente prazer no trabalho, se consegue conciliá-lo com a vida pessoal, se está alcançando os seus objetivos e se vê sentido nas suas tarefas diárias.

 

  • Recursos financeiros

 

A vida profissional também é entendida como uma fonte de renda (ou ao menos um ponto de partida para a construção de um patrimônio). A esse respeito, o indivíduo deve avaliar a sua relação com o dinheiro, considerando não apenas o que ganha, mas também, como gasta, poupa, reserva, administra, doa ou investe esse montante todos os meses. Também consideramos o que de fato é riqueza ou prosperidade para a pessoa, quais são as crenças dela em relação ao dinheiro e quais são as metas nessa área.

 

  • Contribuição social

 

Muito do senso de propósito que uma pessoa pode desenvolver na sua vida pessoal ou profissional vem de sentir-se útil para si e para o outro — para a família, para os amigos, para a empresa, para o meio ambiente e para a sociedade em geral. Assim, nesse quesito, o indivíduo avalia como ele tem contribuído com a prosperidade de outras pessoas, seja pessoal, seja profissionalmente. É hora de refletir sobre ações altruístas, humanidade e ações práticas que a pessoa já faz ou pode fazer nesse sentido.

 

  • Relacionamentos

 

No item anterior, já passamos a refletir sobre a existência do outro. Nesse quadrante, nos dedicamos inteiramente à qualidade das relações que construímos com os nossos familiares, amigos e relacionamentos amorosos.

 

  • Família

 

Nesse setor, avaliamos quem são os familiares que mais fazem parte da vida do indivíduo e como é a relação estabelecida entre essas pessoas. Evidentemente, há momentos de paz e momentos de conflitos, mas a chave aqui é avaliar o que a pessoa, individualmente, pode fazer para melhorá-los. Nesse ponto, podemos refletir sobre memórias positivas ou não tão positivas, avaliando o entrosamento, a participação e as responsabilidades do indivíduo — como pai, filho, irmão, tio, neto etc.

 

  • Relacionamento amoroso

 

A avaliação do relacionamento amoroso considera a qualidade da relação estabelecida com a pessoa amada. Nesse aspecto, precisam ser considerados elementos como: divisão de tarefas, liberdade, parceria, cumplicidade, objetivos, linguagens do amor, expressão de sentimentos, administração do ciúme, intimidade, autoestima etc. Se a pessoa estiver sozinha, é importante avaliar como ela está se sentindo nesse momento, se está buscando um relacionamento e o que tem feito nesse sentido.

 

  • Vida social

 

A vida social considera as relações que estabelecemos com outras pessoas, fora da vida amorosa e familiar. Aqui, avaliamos o relacionamento construído com amigos, colegas de trabalho, vizinhos e pessoas que frequentam os mesmos lugares (academias, clubes etc.). O indivíduo está feliz com essas companhias? O que ele faz para se divertir? Ele sai com frequência? É seletivo na escolha dessas pessoas? São indivíduos que despertam o melhor de si? Ele faz passeios e visitas? O que pode melhorar nessa área?

 

  • Qualidade de vida

 

Por fim, o último quadrante considera outras temáticas que podem ser importantes para o indivíduo na sua qualidade de vida: criatividade, hobbies, diversão, plenitude, felicidade e espiritualidade.

 

  • Criatividade, hobbies e diversão

 

Nos nossos momentos livres, sem trabalho e demais obrigações, podemos descansar e/ou nos divertir — sendo que ambos são importantes para uma vida com saúde e qualidade. Por isso, é preciso verificar como temos preenchido esse tempo. Quais são os seus hobbies? Como você se diverte? Você faz o que gosta com frequência? Passa tempo demais nas redes sociais e na televisão? Consegue sentir alegria e prazer no seu dia a dia? Como? Essas são as reflexões típicas desse setor.

 

  • Plenitude e felicidade

 

O que é felicidade para você? Você se sente pleno? Esses questionamentos precisam ser feitos, mas sempre tendo em mente que uma vida feliz não é uma vida sem problemas — já que isso nem existe! Sendo um conceito relativo, é preciso avaliar se a pessoa se sente feliz dentro do significado de felicidade para si. Mesmo em momentos de adversidade, no presente ou no passado, há um estado geral de bem-estar? O que gera felicidade nas diferentes áreas da vida? Reflita sobre tudo isso!

 

  • Espiritualidade

 

Por fim, refletimos sobre uma área da vida que pode ter um significado muito importante para alguns ou nem tão importante para outros. Não se trata de avaliar a crença em si da pessoa, mas se essa crença tem produzido efeitos positivos na vida do indivíduo, isto é, se ele se sente bem com a sua fé e com a sua espiritualidade. É um momento de refletir sobre os seus valores, sobre a sua crença em algo maior, sobre a religiosidade, sobre o que Deus representa e sobre o que a pessoa faz na vida espiritual.

Como você pode notar, o mapa de autoavaliação sistêmico, concretizado por meio da ferramenta de coaching “roda da vida”, permite que o indivíduo reflita sobre as diferentes áreas da vida. Assim, podem ser feitos balanços esporádicos de autoconhecimento, considerando o que está sendo positivo na sua vida e o que pode melhorar. É um processo fundamental para quem deseja mais felicidade e propósito!

E você, querida pessoa, faz esses balanços de tempos em tempos? Como? Já teve alguma experiência com a roda da vida? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!

José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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