O que é amor recíproco e qual é a sua importância?

O amor é um sentimento nobre e que floresce entre diferentes pessoas e de diferentes formas ao longo da vida. Ele é naturalmente positivo quando o amor sentido da pessoa A para a pessoa B é também sentido da pessoa B para a pessoa A, isto é, quando há reciprocidade.

“Reciprocidade” é uma palavra que representa muito bem a retribuição, o devolver o bem com o bem. Quando se trata de relações humanas, o amor recíproco se mostra como a base fundamental para a criação de laços poderosos, em que há cumplicidade, entrega, apoio e compartilhamento. Sem reciprocidade, os relacionamentos entram em desequilíbrio, pois é exatamente esse doar e receber que os torna equilibrados e sólidos.

Neste artigo, vamos compreender melhor:

  • O que é o amor recíproco;
  • Qual é a sua importância;
  • Quais são os sinais de uma relação em que não existe reciprocidade;
  • O que fazer se você estiver em uma relação assim;

Para saber mais sobre o tema, é só dar continuidade à leitura a seguir!

O que é amor recíproco?

O amor é um sentimento composto por diversas emoções de uma pessoa para outra: admiração, afeto, carinho, atenção, bem-querer, confiança, cumplicidade, harmonia, respeito etc. Esse sentimento pode surgir entre diferentes pessoas e de formas completamente distintas: entre pais e filhos, entre irmãos, entre namorados, entre amigos, e por aí vai.

O conceito de reciprocidade, por sua vez, consiste na correspondência e na mutualidade de sentimentos. Se você ama o seu namorado, e o seu namorado ama você, por exemplo, estamos diante de uma relação de amor recíproco.

Os relacionamentos prosperam quando as pessoas envolvidas se doam uma à outra, demonstrando o que sentem, oferecendo apoio, enfim, compartilhando tanto os momentos de alegria quanto os desafiadores. É esta a essência do amor recíproco: compartilhar, trocar, agregar.

Talvez você já tenha vivido um relacionamento sem reciprocidade, ou ao menos presenciado, com pessoas conhecidas, relacionamentos em que apenas uma parte está realmente disposta a fazer as coisas darem certo. E isso não se aplica apenas a namoros ou casamentos, mas também às amizades.

Quando apenas uma pessoa se doa, sem receber qualquer retribuição, ela se frustra e sente como se estivesse vivendo o relacionamento sozinha, o que, de alguma forma, é verdade. Mesmo que conte com uma companhia física, emocionalmente o indivíduo está só. E nenhum ser humano merece viver algo assim, dedicando-se a uma relação em que não há reciprocidade.

John Lennon, que costumava falar muito sobre o amor nas suas composições, comparou o sentimento a uma planta preciosa, que não pode ser simplesmente deixada de lado, mas sim que precisa ser regada, cuidada, nutrida. E o amor é realmente isto: um sentimento vivo porque é humano e que, assim como nós, precisa de certos cuidados.

Por que o amor recíproco é importante?

Em uma relação amorosa, nem sempre os envolvidos têm a mesma opinião ou as mesmas vontades no momento. Dessa forma, às vezes a pessoa A tem que ceder em favor da pessoa B, e, em outras vezes, é a pessoa B quem tem que ceder em favor da pessoa A.

Esse equilíbrio só existe por conta da reciprocidade. Se os dois se amam, conseguem conduzir a relação de forma harmônica. No entanto, se o relacionamento não é recíproco, apenas a pessoa A ama a pessoa B, mas a pessoa B não ama a pessoa A, ao menos não da mesma maneira. Isso gera um desequilíbrio grave, em que apenas a pessoa A cederá, mas nunca a pessoa B.

Em longo prazo, ou talvez não tão longo assim, começam a surgir os conflitos, as cobranças e um sofrimento intenso da parte de quem ama e não é correspondido. Por isso, o ideal é sempre procurar um amor recíproco. Não vale a pena dedicar-se com tanto fervor a alguém que não responde da mesma maneira aos seus sentimentos.

Como identificar um amor recíproco?

O amor recíproco pode ser difícil de explicar racionalmente, mas é fácil de perceber emocionalmente. Ele surge quando você percebe que os seus sentimentos são correspondidos pela outra pessoa. Existe uma conexão equivalente, baseada na confiança e na admiração de uma pessoa pela outra, e vice-versa. Esse amor é também mais tranquilo e harmônico, sem ser desenvolvido sobre uma relação de possessividade, ciúme, controle e agressividade.

O amor recíproco também dá sinais quando a pessoa sente que pode ser ela mesma na relação, sabendo que, mesmo tendo pontos de desenvolvimento, o outro não deixará de amá-la por conta deles. Dessa maneira, é importante que os envolvidos em uma relação amorosa demonstrem esse amor com alguma constância, o que pode ser feito por meio de palavras, atitudes, entre outras linguagens do amor.

5 perguntas sobre amor recíproco para fazer a si mesmo

O autoquestionamento é uma ferramenta poderosa para se conhecer melhor e entender diversas áreas da vida, o que inclui verificar se há reciprocidade nos seus relacionamentos. Assim, leia cada uma das perguntas a seguir e responda-as a si mesmo com total sinceridade, considerando a relação que deseja analisar.

  1. Essa pessoa o apoia emocionalmente? Ela o ajuda a superar um momento delicado ou o encoraja a realizar algo que gostaria?
  2. Ela está ao seu lado nos momentos marcantes da sua vida?
  3. Você sente que pode ser totalmente honesto com essa pessoa, mesmo que o que disser possa gerar um conflito?
  4. Ela inspira você de alguma maneira, seja por palavras, seja por atitudes?
  5. Você sente que essa pessoa se preocupa contigo e deseja o seu bem?

Não há pontuação para as perguntas e nem um resultado padrão, uma vez que a intenção é apenas gerar reflexão. Também é preciso consultar a intuição, que é um importante termômetro quando se trata de sentimentos, afinal, costumamos sentir de alguma forma quando nos doamos, e a retribuição não vem.

Quais são os sinais de que um amor NÃO é recíproco?

Se o amor recíproco é fundamental para que a relação seja duradoura e feliz, o mesmo não ocorre quando os sentimentos não são correspondidos. Há alguns sinais que indicam que isso está ocorrendo. Conheça os principais deles na sequência.

  • Os diálogos são evitados;
  • Os encontros são desmarcados com alguma frequência, ou não transcorrem com alegria;
  • O ciúme de uma pessoa pela outra torna a relação sufocante, pois limita a liberdade do companheiro;
  • Chantagens emocionais são feitas para que a pessoa convença o companheiro sobre algo;
  • Discussões se tornam cada vez mais frequentes, muitas vezes com agressividade verbal, psicológica ou física;
  • Uma das partes não demonstra carinho ou atenção pela outra — ao menos não na mesma proporção;
  • Uma das partes ameaça encerrar a relação por motivos de pouca importância, fazendo com que a outra se sinta descartável;
  • Um dos envolvidos começa a sentir medo de expor o que sente ao outro, por receio de que a relação termine. Começa a existir um comportamento de submissão e passividade em relação à pessoa amada;
  • Apenas um dos envolvidos se esforça para que a relação tenha paixão, alegria, respeito e confiança;
  • Essa pessoa frequentemente precisa lembrar a si mesma do porquê de estar envolvida naquela relação.

O que fazer se eu estiver envolvido em um amor sem reciprocidade?

O grande problema da questão da reciprocidade é que a ausência dela nunca se revela desde o início. O começo das relações sempre parece recíproco, havendo declarações de amor e um comportamento afetuoso. Todavia, com o passar do tempo, os sinais acima começam a aparecer, dando indícios de que uma das partes está mais apaixonada do que a outra.

O fato de ser comum não torna a situação menos dolorosa, pois é sofrido não ser correspondido. O sentimento de rejeição dói tanto que, em alguns casos, se torna uma dor física. A boa notícia, porém, é que, como tudo na vida, isso passa, pois a vida é feita de ciclos, e nada permanece igual para sempre. Por mais que pareça que o sofrimento de um amor não correspondido nunca vai passar, ele vai. A dor se transforma e se torna um aprendizado que nos fortalece.

Entretanto, para que isso aconteça, é preciso reconhecer que você está em uma relação em que não há equilíbrio. Existem pessoas que mentem para si mesmas por medo de perderem quem ama, se submetendo a algo doloroso, por medo de sofrerem uma dor que consideram ainda maior.

Se você perceber que não há reciprocidade no amor, não há o que fazer, é preciso terminar a relação (a não ser que seja um familiar, é claro). Você não pode forçar a outra pessoa a amá-la, já que ninguém manda nos sentimentos de ninguém. Por mais que no passado existam memórias felizes, com amor e união, é preciso aceitar a realidade do momento presente, que indica que a paixão terminou para a outra pessoa.

Os relacionamentos sem reciprocidade não têm futuro e só geram sofrimento aos envolvidos. Portanto, liberte-se desse cenário e abra-se para uma nova relação, em que realmente haja um amor recíproco, com compreensão, lealdade, confiança admiração, afeto, carinho, atenção e respeito. Você merece ser feliz, o que ocorre apenas ao lado de quem deseja o seu bem, tanto quanto você deseja o bem do outro.

Falar sobre reciprocidade é preciso!

A reciprocidade é um assunto que deve fazer parte das conversas entre amigos e casais, até mesmo para que acertem as expectativas que um possui em relação ao outro e evitarem a frustração. Ninguém consegue fingir por muito tempo que ama, que se importa, que deseja retribuir todo o sentimento que recebe.

Existem casos em que a pessoa que não consegue retribuir sente medo de magoar a outra e, por isso, prefere seguir como está. Todavia, a realidade é que, fingindo, já vai magoá-la. Mesmo que ela demore um pouco a perceber, isso já estará acontecendo.

Além disso, é preciso destacar que não há problema algum em não conseguir retribuir o amor do outro, afinal de contas, nós não escolhemos por quem nos apaixonamos. Entretanto, devemos tomar cuidado para não brincar com os sentimentos do outro e não o submeter a uma relação em que ele apenas doa e não recebe nada em troca.

Quando não conseguir sustentar a reciprocidade, use a empatia, coloque-se no lugar da outra pessoa e seja sincera com ela. Evite que o medo de magoar alguém o leve a tornar a mágoa ainda maior, pois, quanto mais o tempo passar, mais ela vai se doar e se acostumar com a sua presença. A sinceridade é a maior prova de respeito e consideração que podemos dar a alguém. Lembre-se sempre disso!

Conclusão

Concluindo, se você é a pessoa que não teve o seu amor retribuído, acalme-se, pois, em algum momento isso vai acontecer com outro alguém. Até lá, cuide de você, valorize quem está sempre ao seu lado, desfrute de cada instante e seja feliz. Quando menos esperar, o amor recíproco surgirá na sua vida e virá para agregar ao que já é muito bom, e não para preencher vazios. Já se você sente que a outra pessoa o ama mais do que você a ama, seja sincero e não alimente falsas esperanças.

E você, ser de luz, já se envolveu em alguma relação de amor recíproco? Já teve alguma experiência amorosa em que não houve reciprocidade? Como lidou com essa situação? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!

José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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