Conheça os tipos de estruturas organizacionais existentes

Estruturas Organizacionais Conheça os tipos de Estruturas Organizacionais

 

As empresas são concebidas de maneira singular, para que possam atingir seus propósitos, sendo que a sua maneira de se organizar pode tanto ajudar como atrapalhar o seu avanço. Diversos segmentos de organizações, grandes ou pequenas, podem obter melhores resultados se as suas necessidades forem às mesmas da estrutura do negócio.

Devido à alta concorrência existente no mercado, o crescimento de várias empresas e as inovações tecnológicas, passa a ser obrigatório que gestores tracem estratégias eficazes para seus negócios. Estratégia é um plano de ação capaz de auxiliar na tomadas de decisão. É papel do gestor, então, realizar a escolha mais adequada ao negócio, bem como tomar decisões, solucionar os problemas identificados, e visar sempre a captação e o cumprimento dos objetivos predispostos.

O que define se determinada estratégia é a mais adequada é a situação que se vivencia na organização. Ela pode ser orientada à sobrevivência no mercado, manutenção e até mesmo ao desenvolvimento da mesma, devendo ser executada de maneira ágil e engenhosa. Isto é, a definição de estratégias não é apenas uma alternativa, mas sim uma necessidade para a empresa conseguir permanecer no mercado em que atua, e assim se diferenciar da concorrência e gerar lucro.

O planejamento de estratégias assegura o bom funcionamento de toda empresa, projeta o futuro do seu negócio, melhora a comunicação de toda organização, promove a consciência dos colaboradores, e assim proporciona que ela trilhe apenas um caminho, além de aumentar a capacidade de liderança do gestor e melhorar o ambiente de trabalho. É a forma pela qual as atividades são divididas, organizadas e coordenadas, provocando impactos na cultura organizacional.

Tendo estes pontos como base, no artigo de hoje vou falar sobre estruturas organizacionais e os tipos que existem nos mais diversos segmentos empresariais. Acompanhe-me e confira!

O que são estruturas organizacionais?

A estrutura organizacional é o elemento fundamental para que uma empresa mantenha o foco nos seus objetivos. A missão, a visão, os valores e as estratégias de mercado servirão de base para a formulação da estrutura. Estrutura organizacional é o conjunto ordenador de responsabilidades, autoridades, comunicações e decisões das unidades organizacionais de uma empresa. Está diretamente relacionada à sua estratégia, que envolve aspectos físicos, humanos, financeiros, jurídicos, administrativos e econômicos.

Este tipo de estrutura dentro de uma empresa é um sistema usado para definir a hierarquia que irá formá-la. E através da organização cada atividade e função são identificados, definindo a quem cada um deverá relatar, além de outros aspectos humanos, financeiros, administrativos, etc. 

Essa estrutura é desenvolvida para estabelecer como uma organização opera para alcançar os seus objetivos e para permitir o crescimento futuro. A representação gráfica da estrutura organizacional é chamada de organograma. 

Os tipos de estruturas organizacionais

Após apresentar o conceito de estruturas organizacionais, apresento os tipos que podem ser implementados nas empresas. Continue a leitura e confira abaixo:

Estrutura simples

É o tipo ideal para empresas de organização simples, que possuem um único produto/serviço e localização geográfica, relações informais, poucas tarefas, número reduzido de colaboradores e uso de sistemas pouco aprimorados. 

Nela o gestor supervisiona todos os setores e toma as decisões relacionadas aos mesmos. Essa relação informal permite uma fácil comunicação entre gestor e colaborador. A fórmula ideal para empresas com esse perfil é a combinação das devidas estratégias traçadas com foco.

É possível que, com o passar do tempo, a empresa que utiliza a estrutura simples cresça e torne suas atividades, setores e métodos mais complexos, gerando desafios como aumento de informações, necessidade de estratégias junto à concorrência e carência de uma análise mais criteriosa do negócio. Sendo assim, é necessário que a empresa mude de estrutura organizacional para se adaptar ao mercado ao qual está inserida. 

É a forma estrutural mais simples e antiga. Tem sua origem em antigos exércitos. Possui formato piramidal, por ter linhas diretas e únicas de responsabilidade entre superior e subordinados. Demonstra visivelmente os princípios da unidade de comando, ou seja, cada empregado deve receber orientações de apenas um superior, que seguem, por via hierárquica, do escalão mais alto para o escalão mais baixo. 

Algumas características deste tipo de estrutura:

  • Autoridade linear ou única;
  • Linhas formais de comunicação;
  • Centralização das decisões;
  • Aspecto piramidal.

Estrutura funcional

É aquela dividida em departamentos e setores. Cada um é responsável por suas atividades dentro da empresa, passando, posteriormente, pela supervisão do gestor. Essa divisão é realizada de uma maneira que facilite, para que as áreas consigam agir com mais autonomia.

Configura-se com um gestor e um número limitados de colaboradores, o que lhes permite a facilidade no compartilhamento de informações, simplificação nos mecanismos e definição das responsabilidades de cada área. 

O gestor permanece em contato com todos os setores e deve trabalhar de forma a garantir que ações e decisões individuais não prejudiquem o desenvolvimento da empresa, entretanto devem ser realizadas de maneira a beneficiar a todos, incluindo a organização e a equipe.

Além disso, a estrutura funcional é modelada de modo que cada parte da organização seja agrupada, de acordo com a sua finalidade. Neste tipo de empresa, pode haver um departamento de marketing, outro de vendas e um de produção, por exemplo. É uma estrutura que funciona muito bem para pequenos negócios, em que cada setor pode contar com o talento e conhecimento dos seus colaboradores.
 No entanto, existem os detrimentos, e uma das desvantagens da estrutura funcional é que a coordenação e a comunicação entre os departamentos podem ser complicadas, pelos limites organizacionais da empresa ter diversas áreas separadas. Porém, basta que sejam definidas medidas que possam suprir essa falha e, assim, conseguir desfrutar apenas as vantagens do modelo. 

Neste tipo aplica-se o princípio funcional ou princípio da especialização das funções: separa, distingue e especializa. O modelo desenvolve o princípio da especialização diante da necessidade de decompor as funções, para torná-las mais fáceis.

Na estrutura funcional, cada funcionário refere-se aos seus respectivos superiores concomitantemente, porém, cada gestor atende apenas pelas sua especificidade, e não deverá interferir nas especialidades dos demais. Não é a hierarquia, mas cada área é responsável pela sua especialidade, e irão tomar as decisões. 

Algumas de suas principais características:

  • Autoridade funcional ou dividida;
  • Linhas diretas de comunicação;
  • Descentralização das decisões;
  • Ênfase na especialização

Vantagens:

  • Promove o aperfeiçoamento;
  • Facilita a especialização, nos escalões hierárquicos superiores;
  • Facilita o trabalho em equipe (formação de equipes);
  • Dá maior flexibilidade de adaptação à empresa;
  • O especialista sente-se mais valorizado.

Desvantagens:

  • Muitas chefias, causando confusão;
  • Não há unidade de mando, o que dificulta a disciplina;
  • A coordenação é mais fácil;
  • É mais dispendiosa;
  •  Confusão quanto aos objetivos;
  • Aumento do conflito inter-funcional.

Estrutura multidivisional

É destinada às empresas maiores e em crescente sucesso, sendo usada nos diferentes setores presentes em uma organização, permitindo que as modificações consideradas necessárias possam ser feitas de maneira rápida e independente, sem a necessidade da aprovação do gestor. 

Essa estruturação permite que o produto/serviço ofertado pela empresa tenha a atenção necessária e, assim, mantenha o padrão desejado pela organização.

Aqui a comunicação ocorre de maneira mais fácil, permitindo a rápida resolução dos problemas encontrados, assim como o trabalho em equipe, que é evidenciado. O fato dos setores possuírem autonomia permite que os processos que neles ocorrem sejam avaliados e alterados de forma mais fácil e rápida.

A estrutura divisional normalmente é usada em grandes empresas, que operam em uma ampla área geográfica ou que têm setores responsáveis por diferentes tipos de produtos ou áreas de mercado. Uma fábrica de peças de carro, por exemplo, pode ser dividida em setores, de acordo com o que cada um deles produz. A vantagem desta estrutura é que as necessidades podem ser satisfeitas mais rapidamente e de forma mais específica. 

Este tipo de estrutura organizacional possui um custo elevado, devido ao seu tamanho e escopo. Não é recomendado para as pequenas empresas, apesar de conseguirem usar uma estrutura divisional em menor escala, com diferentes escritórios em diferentes partes da cidade, por exemplo, ou com a divisão de várias equipes de vendas para atender diferentes áreas geográficas.

Estrutura Linear

É um tipo muito comum de ser observado em empresas pequenas, onde não há diversificação do trabalho. Existe pouca especialização e trabalhos menos complexos do que comparado com outros tipos de organização. Geralmente é baseada na estrutura dos antigos, já existentes. Neste caso todo e qualquer tipo de autoridade, é do chefe, proprietário ou diretor. Na maioria das vezes é exercida de forma rígida. 

Todos os órgãos necessariamente são estruturados sob uma única linha de subordinação. Existe uma grande centralização das tomadas de decisões. As linhas formais de comunicação, geralmente têm fluxo descendente. Cada unidade de trabalho executa tarefas específicas e bem definidas. Corresponde a uma estrutura simples e básica.

Vantagens:

  • Autoridade única.
  • Indicado para pequenas empresas.
  • Mais simples e econômica.
  • Facilita a unidade de mando e disciplina (disciplina rígida).
  • Clara delimitação de responsabilidade e autoridade.

Desvantagens:

  • Tendência burocratizante.
  • Diminui o poder de controle técnico.
  • Comando único e direto, com menor cooperação das pessoas.
  • Comunicação demorada e com distorções.
  • Sobrecarrega a direção e as chefias.
  • Não favorece o espírito de cooperação e equipe.

Um dos pontos mais importantes é a rapidez no processo decisório, além da agilidade a facilidade de transmissão de ordens. Entretanto é necessária uma atenção maior e de certa maneira, discutir cada caso individualmente.

A importância das estruturas organizacionais

Existem diversos tipos de estruturas organizacionais e é importante escolher aquele que melhor atenda às necessidades individuais da empresa. Os principais tipos são: funcional, divisional e matricial. 

A estrutura divisional é adequada para organizações com unidades de negócios distintas, enquanto uma estrutura funcional é baseada nos deveres de cada cargo. Já na estrutura matricial, há dois ou mais supervisores que se responsabilizam por cada setor, é o tipo mais complexo, mas pode ser necessário para grandes organizações.

Embora existam muitos tipos de estruturas organizacionais, para atender as necessidades de cada companhia, todos eles fornecem uma hierarquia que se reporta, de forma centralizada, a um grupo. O mais alto membro de um organograma pode ser um ou vários executivos, que são chamados de presidente, diretor executivo ou diretor de operações.

Além disso a estrutura organizacional, também é importante para a criação de estruturas salariais dentro da empresa. Uma vez que ela é estabelecida, as faixas salariais podem ser criadas para cada cargo. Na maioria dos casos, cada função é alinhada a um grau de salário, e cada classe tem uma faixa salarial especificada. Isso permite que os objetivos financeiros do negócio sejam assegurados e que os salários sejam distribuídos de forma justa.

Igualmente, existe o plano em expansão, ou seja, se uma organização se desenvolve, a estrutura organizacional permite espaço para o crescimento. Isso pode incluir a criação de novas divisões e promoções dos colaboradores. Quando a estrutura é reorganizada após uma expansão, existe uma base para a alteração de salários e descrição de cargos com maior rapidez e eficiência, e com o mínimo de interrupção das operações.

Estruturar a empresa de acordo com seu tamanho, negócio/produto e objetivos traçados é uma estratégia totalmente necessária para garantir a saúde e o pleno funcionamento do seu negócio. Conforme Chiavenato (2006), a teoria neoclássica da administração assume que a organização formal consiste em camadas hierárquicas ou níveis funcionais estabelecidos pelo organograma e com ênfase nas funções e nas tarefas. 

Assim, uma organização é um conjunto de cargos funcionais e hierárquicos, cujas prescrições e normas de comportamento todos os seus membros devem se sujeitar. Chiavenato (2006) complementa que a característica mais importante da organização formal é o racionalismo. Este ponto de vista assume que a formulação de um conjunto lógico de cargos funcionais e hierárquicos está baseada no princípio de que as pessoas irão agir efetivamente de acordo com esse sistema racional. 
Por estas e diversas outras razões é que é tao necessário investir na implementação da estrutura organizacional que mais se adeque à sua empresa e ao seu modelo de negócio, pois será dessa maneira que o crescimento acontecerá e que o sucesso será plenamente alcançado. 

E na sua empresa, tem uma estrutura organizacional bem definida? Deixe nos comentários as suas impressões sobre este tema e lembre-se de continuar nos acompanhando diariamente.

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José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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