Como fazer um orçamento familiar sem crise? Veja dicas

Orçamento Familiar Saiba como fazer um Orçamento Familiar

 

Planejar o orçamento familiar é uma tarefa que tira o seu sono? Saiba que a organização financeira da casa não precisa se tornar motivo de discórdia entre os seus familiares e, inclusive, pode aumentar a proximidade entre vocês. A criação de um ambiente tranquilo e no qual cada um saiba como pode contribuir, gera relações mais empatia e desenvolvimento de responsabilidades nos mais jovens.

Por que planejar o orçamento familiar é importante?

Antes de partir para a listagem de dicas, preciso esclarecer a relevância do ponto de vista financeiro e de relacionamento de ter um orçamento planejado. No âmbito das finanças, é crucial saber quanto de recursos se tem à disposição para empregar assertivamente nas despesas cotidianas. Já sob o viés de relacionamento interpessoal entre os componentes da sua família, se tem o fortalecimento do desejo de colaboração e de relevância de sua posição no contexto geral.

Envolver todos os entes no momento de determinar como o dinheiro da família será usado, faz com que tenham um entendimento mais real do impacto de cada nova despesa. Isso é essencial, especialmente para quem tem crianças e adolescentes em casa, pois, no início da vida, é difícil ter uma noção mais apurada de conceitos como dinheiro, despesas e desperdício.

Além disso, falar sobre os ganhos da família e de que maneira cada um pode contribuir para aumentar a reserva de emergência e até os recursos para fazer uma viagem no final do ano, cria um ambiente mais aberto ao diálogo. É preciso fazer uma desconstrução da imagem de que somente os adultos devem se envolver no planejamento das finanças do lar.

Confira 10 dicas de como fazer o orçamento familiar sem crise

Abaixo listei 10 dicas para te ajudar a elaborar o planejamento do orçamento da família sem enfrentar resistências ou dificuldades.

1 – Faça um diagnóstico da situação atual

O primeiro passo para conseguir colocar as finanças da família nos eixos é entender qual é a situação atual. As contas estão em dia? Há parcelas do cartão de crédito ou crediários a serem pagos? A família está endividada? As respostas para essas e outras questões diagnósticas são essenciais para saber qual o direcionamento necessário para planejar o orçamento.

Para as famílias que não têm compromissos financeiros futuros, como parcelamentos ou dívidas pendentes, é interessante estabelecer metas e objetivos de curto, médio e longo prazo. Basicamente, se trata de saber o que se deseja conquistar nos próximos anos para determinar valores a serem economizados e como esses recursos serão guardados, pode ser em poupança, investimentos ou outros.

Se há algum grau de endividamento, a prioridade é estudar a gravidade, ou seja, o quanto os recursos atuais cobrem as dívidas, e estabelecer uma estratégia para efetuar o pagamento. Com o conhecimento dos ganhos mensais da família, se pode determinar quanto desses recursos serão direcionados para quitar as pendências. Pode ser necessário fazer alguns cortes de despesas para poder reorganizar as finanças.

2 – Envolva todos os familiares no planejamento

Na prática, todo mundo contribui para a geração de despesas na casa em que vive, então, é importante o engajamento de todos os entes para encontrar soluções pertinentes. Faça uma reunião com todos os membros da família e coloque na ponta do lápis as despesas, como escola das crianças, compra mensal no supermercado, pagamento de aluguel da casa, entre outros.

Os custos podem ser divididos em grupos, como aqueles que são influenciadas por todos (energia elétrica e água, por exemplo) e os que pertencem a cada membro em particular. A ideia é criar uma noção mais profunda de responsabilidade sobre a sua própria geração de impacto no orçamento.

As crianças podem ser incentivadas a desligarem a TV depois que seu programa acabar e escovar os dentes com a torneira fechada. Essas recomendações farão muito mais sentido em um contexto participativo de elaboração do orçamento familiar. Durante a troca de ideias sobre os números, é possível ter ideias diferenciadas para melhorar o bom uso dos recursos.

3 – Identificação de pequenos gastos

Ainda seguindo a lógica de envolver os familiares na elaboração do planejamento do orçamento familiar, é interessante pedir que cada membro anote em um caderninho os seus gastos, desde as balas compradas na venda da esquina, até um novo jogo de toalhas de banho. Alguns custos pequenos ou gerados por uma necessidade cotidiana podem passar despercebidos, mas ter grande impacto no final do mês.

Depois desse primeiro mês de anotações, peça que os integrantes da família tentem cortar alguns desses custos, de maneira que o dinheiro economizado se torne uma experiência positiva, como sair tomar um sorvete ou até ir ao cinema (tudo depende do quanto se consegue reduzir). Trata-se de mais um exercício para o reconhecimento do valor do dinheiro e de como usá-lo bem pode ser recompensador.

4 – Planeje uma reserva de emergência

Na economia, nunca se sabe o dia de amanhã, então, nos momentos de prosperidade é fundamental planejar recursos de emergência para se manter em um cenário de austeridade. Se, depois de revisar os recursos e pendências da família, a conclusão foi a de que se tem estabilidade financeira, é interessante calcular qual a porcentagem a ser guardada mensalmente.

O ideal é saber qual o valor necessário para se manter mensalmente e ter uma reserva de emergência que cubra pelo menos seis meses de vida familiar. Assim, se um imprevisto acontecer, é possível ficar tranquilo e ter tempo para se reorganizar. A grande dificuldade para muitas famílias em um cenário de crise é passar pelo desespero de não saber como farão pagar as despesas do mês seguinte após alguém perder o emprego.

5 – Corte de gastos supérfluos

Colocar no papel todos os gastos da família permite identificar despesas supérfluas, como comprar roupas novas todo mês, ir ao cinema todo final de semana, sempre almoçar fora aos domingos, entre outros. Não se trata de acabar com os momentos de confraternização e alegria, mas sim de fazer substituições pertinentes do ponto de vista da economia.

Por exemplo, pode ficar estabelecido que a família irá ao cinema em apenas um final de semana, sendo que nos demais assistirá um filme ou série em casa. Também, é interessante aproveitar para incentivar que os familiares se tornem menos consumistas, comprar mais do que o necessário não só compromete o orçamento, como também se reflete em uma ação prejudicial para o meio ambiente.

O almoço fora pode ser substituído pelo envolvimento de todo mundo para preparar um prato, como uma lasanha ou feijoada. Cortar custos não precisa ser sinônimo de sofrimento, em alguns casos, funciona até como um elemento de aproximação entre os entes.

6 – Revise os valores dos serviços

De tempos em tempos, é válido fazer a revisão dos valores de serviços, como internet e telefone. O que foi vantajoso no passado, pode não ser mais interessante do ponto de vista financeiro atual. Alguns serviços podem ter seus valores aumentados gradativamente, de maneira que pulam de um valor X do primeiro mês para um valor Y dois ou três anos depois.

Compare o valor de contratação com o pago atualmente e faça uma análise se a relação custo e benefício está equilibrada. Se chegar à conclusão de que não está mais valendo à pena manter esse serviço por esse preço, comece a pesquisar potenciais substitutos. A economia para o orçamento familiar que pode ser feita somente com essas revisões é bastante significativa.

7 – Divida o orçamento em categorias

Fragmentar o orçamento em categorias distintas de gastos permite ficar mais atento à contenção de desperdícios. Determine tetos de gastos para cada categoria e acompanhe durante o mês para verificar se já ultrapassou o limite ou se está próximo disso. É interessante ter, ainda, uma ordem de relevância entre as categorias, priorizando as mais relevantes.

8 – Estabeleça um objetivo comum para todos

Pode ser uma viagem de final de ano, a compra de uma TV maior ou a construção de uma piscina na casa, ter um objetivo que seja comum para todos os membros da família funciona como um incentivo para ajudar na economia. Para tornar a dinâmica da conquista desse objetivo ainda mais interessante, vale a pena acompanhar o quanto se cumpriu das metas de economia até esse momento. Todo mês, reúna os familiares e lhes diga quanto conseguiram poupar e quanto ainda falta.

9 – Não exagere no controle financeiro

Administrar bem os recursos financeiros da família pode ser bastante positivo, mas é importante cuidar para que não passe a ter um viés de exagero. Nem todo gasto para sair e se divertir deve ser encarado como supérfluo. Dedicar-se a ter bons momentos em família também é fundamental para um orçamento longe da crise.

10 – Ouça seus familiares

Uma parte essencial de elaborar o orçamento familiar em conjunto com os familiares, é estar aberto para o que eles têm a dizer a respeito de suas prioridades e desejos. Algo que parece irrelevante para você pode ser de grande importância para o seu par ou para os seus filhos. A busca pela felicidade de todos deve ser um dos compromissos do planejamento financeiro, afinal a dedicação ao trabalho tem como um de seus principais objetivos contribuir para o bem-estar geral.

Gostou de saber como elaborar um orçamento familiar sem crise? Como costuma fazer o seu planejamento financeiro atualmente? Conte-me a respeito nos comentários abaixo!

 

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José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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