E quando há excesso de autoestima? Conheça mais sobre a autoestima excessiva

autoestima excessiva Autoestima excessiva – Saiba como lidar

 

Provavelmente você já leu e se informou bastante a respeito da baixa autoestima, não é mesmo? Porém, não é somente a falta de estima por si mesmo que pode influenciar negativamente a vida das pessoas. Ter autoestima excessiva pode levar um indivíduo a cometer uma série de erros sem reconhecer que está enveredando por um caminho que dificilmente terá volta. Narcisismo e enxergar apenas a si mesmo no mundo pode ter consequências bastante graves.

A autoestima excessiva e os perigos de não ter autocrítica

Quando a autoestima é exacerbada, pode fazer com que o indivíduo não reconheça seus próprios erros e deixe de procurar formas para se desenvolver e evoluir. Um ego inflado pode acarretar em atitudes desproporcionais e problemáticas em médio e longo prazo. Geralmente, pessoas afetadas por essa autoestima fora de limites tendem a acreditar que as regras não se aplicam a elas e que suas opiniões são sempre as mais relevantes.

O narcisismo é uma consequência dessa autoestima extrema, aos poucos, o indivíduo vai se tornando alguém vazio e que não tem contribuições para oferecer. O desenvolvimento de autocrítica é pouco ou nenhum em uma pessoa que entende todas as suas ações como perfeitas. Todas as formas deturpadas de olharmos para nós mesmos trazem problemas graves para o nosso desenvolvimento pessoal.

Pouco se fala sobre autoestima excessiva

Apesar de ser uma questão bastante importante de se discutir, a autoestima excessiva não entra tanto em pauta quanto o seu inverso, a baixa autoestima. Considerada como um viés mais sombrio da questão, essa visão negativa de si mesmo também é bastante séria. Porém, a resposta para algo que falta jamais é o seu excesso, afinal, assim também não será possível conquistar a felicidade e a realização completa.

Construir uma autoestima saudável é crucial para conseguir se desenvolver nos campos pessoal e profissional, mas não dá para tentar melhorar pecando pelo excesso. Há uma busca incessante do ser humano por potencializar suas ações, chegando ao seu máximo. No entanto, para ter uma autoestima equilibrada é fundamental compreender que em muitos casos realmente o menos é mais.

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Quais são os sinais da autoestima excessiva?

Aceitar que sua autoestima é excessiva ou identificar tal comportamento negativo em um amigo ou familiar pode não ser necessariamente simples, mas é fundamental para conseguir driblar as dificuldades geradas por esse comportamento, encontrando o equilíbrio saudável. A seguir listei os principais sinais de uma autoestima excessiva para servir de guia para quem está trabalhando essas questões internamente ou em relação às pessoas próximas.

Desdém a tudo que lhes é oferecido

A autoestima demasiadamente elevada pode fazer com que o indivíduo perca excelentes oportunidades de crescer pessoal e profissionalmente. Para essa pessoa, os projetos e tarefas que lhe são oferecidos parecem sempre aquém do seu potencial. Ao estabelecer uma lista de recusas, ela pessoa acaba perdendo a chance de começar a construir uma carreira ou uma base sólida.

Reconhecer seu próprio valor jamais pode ser confundido com ter autoestima excessiva. O ponto chave para entender a diferença entre os dois conceitos está em observar a coerência das atitudes. Em uma situação em que realmente fica evidente que seu potencial seria mal aproveitado, não há problemas numa recusa, mas, se o motivo para dizer não, é apenas o fato de achar que é melhor, sem uma explicação real para tal fato, pode-se identificar um problema.

Pergunte a si mesmo por que você diz não para as oportunidades que surgem. Se tem como primeira resposta sempre uma negativa, talvez esteja alimentando o monstrinho da autoestima excessiva e ele pode ser bastante destrutivo, fechando caminhos e oportunidades.

Comportamento arrogante

Essa característica da autoestima inflada costuma afastar as pessoas do seu círculo social, pois tende a ser extremamente desagradável. Tem algo mais chato do que estar perto de alguém que considera ser melhor do que toda a humanidade junta? As atitudes arrogantes impedem o indivíduo de reconhecer que está errado em alguns pontos e recomeçar sua trajetória. Quando não se tem autocrítica fica bem complicado se tornar alguém preparado verdadeiramente para enfrentar os desafios da vida.

Acreditar que merece sempre algo melhor do que os outros e que tem direito a privilégios pode ser a principal barreira para crescer e se estabelecer no mercado. Aqueles que percebem o afastamento constante das pessoas que o cercam devem se perguntar por que isso acontece.

Terceirização da culpa por seus erros

Como as pessoas com autoestima excessiva se veem como perfeitas, acabam não reconhecendo a sua responsabilidade nos erros cometidos. Ao acreditar que sempre estão certos, colocam a culpa de seus eventuais fracassos em outras pessoas. Para um indivíduo com uma autoestima tão alta, é praticamente ofensivo pensar que pode ter agido errado em algum momento.

Jogar a culpa para cima de outra pessoa não contribui em nada para seu aprendizado. Os erros são peças importantes para o crescimento das habilidades dos indivíduos, a partir do reconhecimento do que não deu certo, é possível repensar suas ações para uma nova empreitada. Tirar de si a possibilidade de repensar sua maneira de atuar é uma forma de contribuir para uma sequência ainda maior de erros, criando uma bola de neve.

Superioridade dos seus desejos

Uma das características mais danosas da autoestima excessiva é acreditar que os seus desejos devem estar sempre à frente dos desejos dos demais, não importando quais sejam as circunstâncias. Isso pode fazer com que a pessoa se torne mesquinha e amargurada, além de promover o desgosto de todos com quem se convive.

Contrariar uma pessoa que acredita ser a dona do mundo pode dar início a uma grande guerra. Esse perfil estourado e agressivo faz com que essas pessoas se tornem solitárias por conta de suas próprias atitudes.

Falta de empatia

O egocentrismo advindo de uma autoestima excessiva faz com que essas pessoas acabem desenvolvendo relações muito pobres com aqueles que o rodeiam. Existe uma falta de empatia tão grande que se torna quase impossível entender atitudes simples dos outros. Com o passar do tempo, essa incapacidade emocional de se colocar no lugar do outro se torna uma barreira impossível de transpor.

E muito embora pessoas com essa autoestima danosa creiam que se bastam, há um momento em que elas se sentem irremediavelmente sozinhas. Cercar-se pelos altos muros da arrogância e do egoísmo não corrobora com a felicidade de ninguém. Estar cego por uma autoestima desmedida pode ser a razão de uma grande insatisfação no futuro.

Incapacidade de julgar seu próprio trabalho

Pessoas com autocrítica são profissionais melhores porque conseguem reconhecer quando um projeto feito por elas não está tão bom quanto deveria ou poderia. A autoestima inflada impede os indivíduos de reconhecerem problemas no que executaram ou, em alguns casos, dão início a um verdadeiro disparo de acusações contras as pessoas que colaboraram para a realização em questão. Ter um julgamento preocupado em reconhecer seus próprios malfeitos é relevante para se manter em um caminho de aprendizado contínuo.

Os riscos de acreditar ter direito a tudo

Alguns estudos comportamentais identificaram que a autoestima excessiva pode ser um fator de contribuição para o surgimento de comportamentos delinquentes. Por muito tempo, as ações criminosas se relacionaram a baixa autoestima, no entanto, quando se olha através do viés contrário, é possível identificar grande potencial para deixar no passado o bom comportamento.

Indivíduos cuja autoestima é muito alta acreditam que têm direito a ter tudo que querem e na hora que querem. Quando isso não se concretiza pelos meios lícitos, podem começar a apelar para métodos ilícitos. A visão deturpada de si com alguém acima de tudo e de todos tira a racionalidade do julgamento do certo e do errado. Não importa o quanto se esteja indo contra a lei, o mais importante é ter em mãos tudo que faz parte do seu imaginário de desejo.

Equilíbrio é a chave

Ao longo deste artigo mencionei que o equilíbrio da autoestima é essencial para que um indivíduo consiga ter uma vida mais saudável e próspera. A baixa autoestima o impede de crescer devido às amarras que coloca em relação a seu potencial, enquanto que a autoestima excessiva faz com que atribua a si uma importância desmedida, tornando-a inapta para conviver em sociedade.

Os pais têm um papel crucial na formação da autoestima das crianças, desde cedo é importante trabalhar questões como reconhecimento de qualidades e defeitos. Quando os filhos agem de forma arrogante perante os colegas, é necessário chamar a atenção, mas de uma forma que não destrua sua autoestima. Educar é fundamental e se mostra bastante diferente de usar palavras destrutivas.

Reflita sobre sua autoestima

Todo mundo deveria, em algum momento, refletir a respeito de sua autoestima, procurando identificar se ela está muito alta ou baixa. Busque por maneiras de equilibrar a maneira como você enxerga a si mesmo, nem exagerando as suas potencialidades e nem reduzindo as suas qualidades.

Você tem grande potencial para fazer mais e melhor. Quando estiver em dúvida sobre alguma atitude pergunte-se: “Estou desrespeitando alguém ou a mim mesmo?”. A resposta para essa pergunta te ajudará a entender como chegar ao equilíbrio.

O que você achou sobre o tema? Deixe seus comentários sobre autoestima excessiva abaixo! 

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José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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