Não adianta ajudar quem não quer ser ajudado: estabelecendo limites e autocuidado

Querida pessoa, você gosta de ajudar as outras pessoas? Essa atitude, que infelizmente tem se tornado cada vez mais rara, é de fato muito benéfica, tanto para quem ajuda quanto para quem é ajudado. No entanto, será que há limites para o auxílio que prestamos ao próximo?

Sim! Esse limite é basicamente o autocuidado, ou seja, não devemos nos prejudicar para beneficiar alguém. Neste artigo, vamos entender melhor os limites do altruísmo, bem como conferir algumas dicas para não negligenciar as nossas próprias necessidades. Ficou curioso? Então, continue a leitura e saiba mais!

A importância de ajudar o próximo

Cada pessoa vem ao mundo com uma série de qualidades: características pessoais, conhecimentos, habilidades e valores. Todas essas qualidades variam muito entre as pessoas, e é essa diversidade o que nos fortalece enquanto sociedade. Aquilo que um não sabe, o outro ensina, e é por isso que todos nós, seres humanos, somos interdependentes.

Em outras palavras, ninguém faz nada sozinho, e, em maior ou menor grau, nós precisamos uns dos outros. É por esse motivo que é tão importante ajudar o próximo. Se hoje prestamos auxílio a alguém, amanhã podemos precisar de ajuda. A todo instante, alternamos os papéis, e isso deve nos sensibilizar e nos tornar mais humildes e solidários.

Não adianta ajudar quem não quer ser ajudado

O altruísmo é o oposto do egoísmo, ou seja, é a nossa capacidade de pensar no próximo e de ajudá-lo. Como vimos, trata-se de uma característica importante na humanidade, mas que nem por isso deixa de ter os seus limites.

Para ajudar alguém, é preciso duas condições básicas: 1- a pessoa querer ser ajudada 2- você ter meios para de fato prestar esse auxílio. Há casos em que a pessoa recusa a ajuda, seja por não reconhecer o próprio problema, seja por não ter humildade para admitir que precisa do auxílio do outro.

Os limites do altruísmo

Dessa forma, devemos ter em mente que não adianta ajudar quem não quer ser ajudado. Além disso, também não devemos tomar o outro como prioridade se não estivermos cuidando das nossas próprias necessidades. É como os avisos que recebemos no avião: antes de ajudar o outro a colocar a máscara, precisamos colocá-la em nós mesmos.

Confira a seguir algumas atitudes que revelam os limites do altruísmo:

 

  • Sacrificar-se pelo outro

 

Sacrificar-se pelo outro pode ser algo muito romantizado em alguns contextos, inclusive na ficção, mas que, na vida real, pode trazer muito sofrimento e consequências sérias. Se você, por exemplo, se coloca em determinadas situações de risco para as suas finanças, a sua saúde física ou a sua saúde mental, poderá enfrentar problemas sérios em nome de outra pessoa. Lembre-se sempre de que é preciso estar bem para ajudar o próximo. Não se sacrifique!

 

  • Ignorar o próprio bem-estar

 

Isso nos leva naturalmente ao segundo item da nossa lista, que é ignorar o bem-estar. Quando alguém “se abandona” para ajudar outra pessoa, pode vivenciar uma grave perda de qualidade de vida. Só você sabe o que é estar na sua pele. Portanto, se você ignorar as suas próprias necessidades, poderá ficar exausto e ressentido, podendo até mesmo prejudicar o seu relacionamento com as outras pessoas. É por isso que é tão importante encontrar um equilíbrio entre ajudar o próximo e cuidar de si mesmo.

 

  • Permitir que o outro explore ou manipule

 

Infelizmente, existem pessoas que não “sabem receber ajuda”. Estamos falando de indivíduos que exploram a boa-vontade dos outros, como se o favor que eles fazem fosse algo obrigatório. Essa exploração também pode se manifestar quando a pessoa ajudada cobra e exige mais e mais ajuda, muitas vezes sem uma real necessidade. É aquela velha história: se você se colocar sempre à disposição do outro, mesmo sem necessidade, ele poderá se acomodar e deixar de fazer a parte dele. Evite!

 

  • Esgotar-se emocionalmente

 

Quando ajudamos outra pessoa, paramos momentaneamente de cuidar da nossa própria vida para atender às necessidades desse alguém. Isso envolve uma mudança nas nossas prioridades, nas nossas atividades e na gestão do nosso tempo. É claro que, de vez em quando, não é errado fazer isso. O problema ocorre quando a ajuda ao próximo se torna uma rotina que compromete as nossas próprias tarefas e objetivos. Isso pode nos deixar emocionalmente exaustos, por ignorarmos o nosso próprio ser.

 

  • Não discernir as situações

 

É exatamente por conta das situações acima descritas que um dos limites do altruísmo é justamente aprender a discernir as situações. Será que a pessoa que lhe pede realmente precisa de ajuda? Será que você de fato tem como ajudá-la? Há casos em que ela precisa recorrer a outra pessoa, talvez a um profissional. Portanto, antes de dizer “sim” prontamente aos pedidos que lhe são feitos, verifique se a ajuda solicitada está mesmo sob o seu alcance. Se não estiver, não há problema algum em dizer “não”.

Evitando que esses problemas ocorram

Compreendendo agora os limites da ajuda que oferecemos ao próximo, confira 3 dicas fundamentais para evitar que esses problemas ocorram:

  • Estabeleça limites pessoais: diga “não” quando você não puder ajudar alguém. Pode ser que você não tenha tempo, disposição ou a habilidade necessária para ajudar o indivíduo na necessidade enfrentada. Dê uma resposta negativa sem culpa, pois isso não significa ser egoísta.
  • Pratique o discernimento nos seus relacionamentos: será que o outro faria por você aquilo que você faz por ele? Será que a pessoa que pede ajuda está mesmo necessitada, ou será que ela está abusando? Avalie com cuidado cada situação antes de agir.
  • Faça do autocuidado uma rotina: cuide da sua saúde física e mental, descanse adequadamente, gerencie o seu tempo com cautela, tenha momentos de lazer ao lado da família e dos amigos e busque apoio se enfrentar momentos muito desafiadores.

Em conclusão, não há nada de errado em ajudar o próximo — aliás, é uma atitude muito nobre, que faz a diferença na sociedade. No entanto, não se esqueça de colocar-se sempre em primeiro lugar. Isso não é egoísmo, apenas amor-próprio. Cuide-se!

E você, ser de luz, tem cuidado de si antes de ajudar o próximo? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!

José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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