No mundo do futebol, dizem que entre os jogadores de um mesmo time existe uma competição saudável. É o caso daquele goleiro reserva que treina demais e que faz de tudo para aproveitar cada oportunidade de jogo em que o titular não esteja. Mas será que a competitividade sempre é bem-vinda? Será que ela é vantajosa em qualquer profissão?
Como tudo na vida, trata-se de uma questão de equilíbrio. Quando os colaboradores dão o melhor de si em busca de uma remuneração melhor ou de uma bonificação bacana ao fim do ano, todo mundo sai ganhando, sobretudo a produtividade da própria empresa. Mas nem sempre as coisas são assim tão positivas.
Há casos em que a competição passa dos limites do que é ético, honesto, benéfico e produtivo para a organização. Nessas circunstâncias, o que poderia ser uma oportunidade de melhorias pode gerar conflitos, vaidade, agressividade e posturas egoístas. Não queremos que isso aconteça em nenhuma empresa, não é mesmo? Para saber mais sobre a competitividade no trabalho e sobre as suas possíveis consequências, continue a leitura a seguir!
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Quando a competição faz mal?
Muitas pessoas acreditam que, quanto menos competitiva for a empresa, mais beneficiada ela será por causa do clima amistoso no trabalho. Isso acontece porque, em geral, funcionários competitivos tendem a colocar o bem-estar organizacional abaixo do seu sucesso individual, fazendo com que a rotina da empresa se torne egoísta, desleal e impiedosa.
Não é segredo para ninguém que a competitividade ajuda no desenvolvimento profissional, uma vez que ela torna o colaborador mais dedicado, atento, afiado e disposto a aproveitar as oportunidades. Entretanto, quando esse desejo de se destacar passa do ponto, algumas consequências negativas são explicitadas.
Um dos grandes malefícios da competitividade no trabalho é a intriga criada entre companheiros de tarefas ou departamentos que, em busca de destaque, acabam ficando inimigos — por pensarem que só há espaço para um deles ali dentro. Esse é um engano que pode comprometer significativamente a funcionalidade da empresa.
Outro tipo de malefício é a falta de sincronia no trabalho em equipe. Normalmente, funcionários com competição muito acirrada entre si preferem focar nas suas atividades individuais como forma de fazer o seu trabalho aparecer mais e levar os créditos. Nesses casos, as pessoas deixam de ajudar umas às outras, acabando com o clima de cooperação que deve existir em uma equipe.
Mais do que isso, há casos em que a competição torna-se o cenário de grandes desvios de caráter, em que um colaborador deliberadamente age no sentido de sabotar e prejudicar o outro — uma conduta desonesta, antiética e extremamente prejudicial à equipe e à empresa como um todo.
Menos competição, mais cooperação
Todos sabem que duas ou mais mentes brilhantes podem fazer maravilhas juntas. Basta tomar como exemplo uma das maiores bandas da história: os Beatles, que reuniam três dos grandes nomes da música no século XX — John Lennon, Paul McCartney e George Harrison. Eles começaram como uma equipe e, nos últimos anos da banda, se tornaram mais individualistas, chegando ao ponto de acabar com o projeto e seguirem em carreira solo — que eram boas, claro, mas que não chegavam perto dos seus discos mais aclamados.
Retomando o exemplo que citamos no início do texto, também é fato que jogadores de futebol que brigam pela titularidade em uma mesma posição começam a se dedicar mais, o que beneficia a equipe. No entanto, se esses jogadores começam a ignorar o jogo coletivo e as táticas da equipe para resolver o jogo sozinhos e obter algum destaque individual — o popular “fominha” —, o trabalho de uma temporada inteira pode ser perdido.
A competitividade acirrada e irracional retira a sincronia enérgica dos colaboradores e os torna pessoas individualistas e que não sabem aproveitar a oportunidade de trabalhar em equipe.
Como manter a competitividade sob controle?
Há algumas técnicas que podem manter sob controle a competição existente entre os funcionários de uma mesma empresa. Conheça algumas delas a seguir.
1. Dinâmicas em grupo
Todos os malefícios da competitividade podem ser contornados por meio de algumas medidas, como a realização de dinâmicas de grupo que transformem a realidade estressante do trabalho em algo com um objetivo coletivo. Essas atividades devem mostrar aos profissionais que todos estão no mesmo barco e buscam o mesmo objetivo: o sucesso profissional. São atividades que mostram que, sem que as pessoas somem as suas habilidades, resultados extraordinários não são alcançados.
2. Reconhecimento individual e coletivo
Outra forma de impedir a rivalidade é saber reconhecer os esforços dos colaboradores e estimulá-los a melhorar — não porque tal profissional está indo bem, mas porque a organização quer despertar e incentivar a motivação coletiva. Nesse sentido, é importante que as lideranças façam feedbacks coletivos com a equipe, bem como feedbacks individuais, em particular. Assim, cada colaborador saberá como o seu desempenho está sendo avaliado, sem haver comparações.
3. Definição clara de regras e valores organizacionais
Uma forma muito importante e necessária de combater a competição é que a empresa deixe muito claras as regras internas a todos os seus colaboradores. Nesse sentido, as organizações precisam ter como valor institucional a coletividade, de modo que os objetivos coletivos sempre devem vir acima dos individuais. Se alguém agir no sentido de inverter essa ordem, especialmente prejudicando algum colega ou equipe, cabe à empresa aplicar as penalidades correspondentes ao ato.
Para concluir, lembre-se: a melhor manifestação de competitividade vem da vontade de se autodesenvolver e se tornar melhor do que já é, e não pela ideia de ocupar o espaço de outra pessoa. Procure sempre ser melhor do que ontem, e não melhor do que o outro. Supere a si mesmo!
E você, ser de luz, como lida com a competitividade no ambiente profissional? O que pensa sobre o tema? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!
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Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.
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