Que tipo de líder você quer ser: contagiante ou contagioso?

Líder Contagiante ou Contagioso Líder Contagiante ou Contagioso? Saiba mais

 

Líderes têm um papel imprescindível para o bom funcionamento de suas equipes e a conquista de bons resultados. Gerir um grupo de colaboradores demanda saber enxergar os pontos fortes e aqueles que precisam ser desenvolvidos de cada um, descobrindo maneiras engenhosas de alocar essas características na realização dos projetos. Se deseja adotar esse tipo de liderança, leia este artigo até o final e saiba mais a respeito.

Líder contagiante ou contagioso: qual dos dois você quer ser?

Antes de responder essa pergunta é importante entender os dois conceitos, fazendo uma reflexão sobre a forma como você vem conduzindo os membros da sua equipe. Um líder contagiante é aquele que consegue estimular os integrantes da sua equipe a entregar os melhores resultados, mas, mais do que isso, os direciona para um caminho mais assertivo. Já o líder contagioso é aquele que estimula comportamentos negativos em seus liderados pela falta de acompanhamento ou de reconhecimento.

O fator preponderante que diferencia uma liderança contagiante de uma liderança contagiosa é a atenção distinta dedicada aos colaboradores com bom e mau desempenho. Geralmente, líderes tóxicos focam nos colaboradores menos capacitados de uma forma que não os ajuda a crescer e que não sobra tempo para se dedicar aos indivíduos com bom desempenho e que poderiam se tornar excelentes.

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Contagiar é motivar a equipe

O líder da equipe deve saber como e quando motivar os colaboradores que compõem o grupo. Alegria e empenho em fazer tudo sempre da melhor maneira é essencial para chegar a resultados positivos. A falta de capacidade de contagiar as pessoas à sua volta torna a liderança fraca e o desempenho do grupo direcionado ao nivelamento por baixo.

Um líder contagiante é aquele que observa os seus liderados, buscando formas de ajudar todos a crescerem e se desenvolverem. Cada membro do grupo tem uma história e suas próprias habilidades, sendo relevante que o líder consiga enxergar esses tópicos, transformando-os em planos de ação para cada indivíduo. Alguns profissionais precisarão de um pouco mais de atenção e investimento em capacitação.

Porém, aqueles que já se encontram em um bom nível de desempenho, não podem ser deixados de lado. O ideal é buscar maneiras de tornar o que já é bom excelente. A oferta de oportunidades diferenciadas de capacitação, bem como o feedback e troca de pontos de vista, contribui para um crescimento estável.

Ser contagioso é intoxicar a equipe

Devo começar explicando que comportamentos tóxicos não são apenas os de viés claramente ruim, como assédio moral ou sexual, bullying, perseguição, entre outros. Comportamentos que inicialmente parecem positivos, como dar férias forçadas ao colaborador, superproteger, não corrigir falhas, entre outros, também podem se tornar muito negativas e comprometer o bom trabalho em equipe.

Nem todo líder contagioso age sufocando seus colaboradores intencionalmente, em muitos casos, ele apenas não consegue entender que não está fazendo o melhor para suscitar um clima organizacional positivo. Tudo aquilo que impede que a produção da equipe flua conforme deveria pode ser interpretado como tóxico. Para conseguir resultados mais positivos, em médio e longo prazo, é fundamental identificar os comportamentos desencadeantes de problemas.

Como deixar de ser um líder contagioso e se tornar um líder contagiante?

Se você chegou a esta etapa da leitura se fazendo essa pergunta, saiba esse já o primeiro passo, pois você reconhece que tem questões que precisam ser resolvidas. Nem todo mundo é um líder 100% contagioso ou contagiante, porém, com atenção é possível direcionar suas atitudes para o viés positivo. Então, que tal conferir algumas dicas?

1 – Analise a sua equipe

Para ser capaz de despertar a motivação nas pessoas que trabalham com você é crucial conhecê-las profundamente, ou seja, saber quais são as principais dificuldades que elas enfrentam e quais são seus principais talentos. Nessa análise, é relevante considerar como você vem se relacionando com os membros do grupo e como pode ter uma relação mais bem desenvolvida.

2 – Ofereça feedbacks

Um grande erro que muitos líderes cometem é o de não oferecer feedbacks para os colaboradores com bom desempenho. O fato de um funcionário chegar a bons resultados deve ser tratado como algo relevante. O líder deve ter um tempo para conversar com esse profissional, até mesmo para se informar se ele tem alguma dificuldade que ache relevante mencionar. O momento do feedback é ideal para estabelecer um diálogo sincero e aberto. Ao fazer isso, pode ser que você se surpreenda ao descobrir que alguns colaboradores exemplares se sentem perdidos ou abandonados.

3 – Divida sua atenção

Seguindo a linha de raciocínio do tópico anterior, preciso falar sobre a divisão irregular da atenção do líder para com seus subordinados. Alguns colaboradores têm mais dificuldades para desempenhar suas atividades por terem menos experiência ou menos capacitação técnica. Esse ponto a desenvolver deve ser reconhecido e tratado como uma prioridade, mas não pode fazer com que o líder não enxergue os outros funcionários. Ofereça boas contrapartidas para quem está realizando bem o seu papel.

4 – Engaje os membros da equipe

Engajamento é uma das palavras mais utilizadas atualmente e se mostra fundamental para a realização de grandes feitos em equipe. Os componentes de um grupo precisam se sentir estimulados a se dedicarem ao máximo à realização dos objetivos estabelecidos.

O líder contagiante consegue fazer com que seus colaboradores coloquem as metas corporativas como suas próprias metas. Uma forma de fazer isso é realizando reuniões frequentes para apresentar as decisões da organização, bem como estruturar o planejamento para o futuro.

5 – Delegue tarefas assertivamente

Líderes contagiantes delegam as tarefas observando as características dos colaboradores que fazem parte da equipe. Direcionar uma responsabilidade muito grande para um colaborador que está inseguro ou menos capacitado que os demais, é uma maneira de tornar o ambiente tóxico.

Porém, o contrário também pode ser problemático, ou seja, delegar uma quantidade significativa de tarefas para uma única pessoa por ver nela alguém mais preparado. Liderar é equilibrar pratos com o máximo de segurança e evitando deixar que eles caiam no chão e se quebrem.

6 – Liderança pelo exemplo

Para contagiar as pessoas a fazerem o seu melhor, é essencial liderar pelo exemplo, ou seja, fazer na prática aquilo que se está recomendando que os demais façam. Não dá para esperar pontualidade e comprometimento dos liderados se o líder não age dessa forma. Ser líder é estar o tempo todo mostrando o caminho certo para as pessoas que te seguem. Então, sempre que for tomar uma atitude duvidosa, pense se não está abrindo precedente para a sua equipe deixar de agir como deveria.

7 – Respeito acima de tudo

As relações entre as pessoas que trabalham juntas devem ser amistosas e respeitosas acima de qualquer coisa. Uma liderança contagiante estimula um clima positivo e sem uma competitividade desnecessária entre os colaboradores. Os membros da equipe não devem se ver como adversários e sim como um grupo que precisa trabalhar junto para obter premiações ou bônus.

8 – Erros são aprendizado

Não há nada mais tóxico para uma equipe do que um líder que não consegue ver no erro dos seus colaboradores uma oportunidade de aprendizado. Quando os funcionários estão constantemente com medo de errar, por acreditarem que isso pode custar o seu emprego, fica difícil atuar com tranquilidade e qualidade.

Errar é uma constante na vida das pessoas e, a partir desses desacertos, se descobre o caminho para fazer melhor da próxima vez. Quando um colaborador não realizar uma tarefa como o esperado, é interessante chamá-lo para uma conversa e lhe dar o feedback, mas deixando claro que é uma conversa de orientação e não de repreensão. As pessoas precisam sentir que podem errar em coisas menores para acertar nas grandes.

9 – Invista tempo e capital nos colaboradores

O crescimento dos profissionais que fazem parte da sua equipe depende do investimento de tempo do líder para construir um ambiente menos tóxico e, também, de capital em cursos de capacitação. Os membros da equipe se sentirão mais valorizados se perceberem que existem planos especialmente delineados para ajudá-los a dar um passo adiante na carreira.

Líderes que estão sempre muito ocupados para atender as demandas dos seus liderados acabam se tornando contagiosos com o passar do tempo, pois não conseguem alinhar as estratégias do grupo com os desejos dos indivíduos. É muito relevante se dedicar a avaliar a sua própria liderança para evitar criar um viés tóxico.

10 – Invista na sua própria capacitação

O líder contagiante também precisa passar constantemente por um processo de capacitação e renovação, a fim de se manter assertivamente à frente dos liderados. Reconhecer que não sabe tudo é crucial para ter uma postura mais acessível diante das pessoas que compõem a sua equipe.

Além de ficar a par de novas técnicas para realizar as atividades práticas, é importante se preparar para liderar com mais facilidade. Há diversos treinamentos focados exatamente no desenvolvimento de características de liderança que podem funcionar como um impulsionador para ter uma equipe mais confiante.

Que tipo de líder você tem sido para a sua equipe? Independente da sua resposta, saiba que sempre é possível evoluir e se tornar cada vez mais uma versão melhor de si mesmo.

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José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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