Relação entre o mito da caverna e o meio empresarial

Mito da Caverna e Meio Empresarial Mito da Caverna e Meio Empresarial – Saiba mais

 

O mito da caverna foi descrito por Platão. Você já ouviu falar nele? Será que existe relação com a gestão empresarial? 

Platão descreveu o mito da caverna como uma metáfora para que as pessoas não fiquem presas à sua própria realidade e busquem constantemente conhecimentos, que lhes ajudem a sair da inércia e da ignorância. Mas você sabe o que é o mito da caverna? Não? Então, vem com a gente para conhecer!

O Mito da Caverna de Platão

Segundo Platão, havia alguns homens que viviam aprisionados em uma caverna e aquele ambiente era tudo que conheciam. Eles não jamais tinham saído daquela caverna e aquela realidade era tudo que sabiam do mundo. Eles tomavam essa realidade como suas verdades.

Ainda, eles não conseguiam se mover por causa das correntes que os seguravam. Na caverna havia uma parede que refletia as sombras geradas por uma fogueira que ficava constantemente acesa. Nesses reflexos, os homens viam objetos que passavam no exterior da caverna. 

Certo dia, um desses homens conseguiu se libertar das correntes que o aprisionava e foi para o exterior da caverna. Com isso, a luz da fogueira se apagou, deixando a caverna em extrema escuridão. Ao sair, esse homem quase ficou cego, já que nunca havia tido contato com a luz natural.

Ele teve duas escolhas a fazer: voltar para a caverna que já estava habituado a viver, ou tentar se habituar àquele novo mundo e voltar para soltar seus companheiros. Inclusive, os outros não acreditariam que existe um mundo diferente lá fora se não vissem com os próprios olhos.

Mas o que significa essa alegoria metafórica? Platão a desenvolveu para estimular as pessoas a buscarem pela liberdade, por se livrar das amarras da escuridão, da ignorância, através da luz do conhecimento. 

Ainda, o mito da caverna pode ser interpretado no sentido de que devemos desenvolver um pensamento crítico, ao invés de residir no senso comum, que é o lugar de pensamento em que muitos estão inseridos, sem se dar ao trabalho de questionar o que está ao seu redor.

Após essa explicação, você deve estar se perguntando como essa alegoria pode ser usada no ambiente empresarial. É o que vamos analisar nos próximos tópicos. 

De que forma o mito da caverna se aplica ao ambiente corporativo?

O mito da caverna é uma alegoria que pode ser interpretado sob diversos aspectos, podendo ser psicólogo, sociológico, antropológico, pedagógico, filosófico, entre outros. Por que então seria diferente pensar o mito da caverna a nível organizacional

Claramente que se pode fazer essa releitura das organizações sob a essência que Platão deixou com o mito da caverna. De início, vale pontuar que a relação que homem tem com o trabalho se altera e evolui constantemente. 

Nos dias de hoje, o mercado de trabalho é composto por organizações que prestam serviços ou vendem produtos para a sociedade. As pessoas compõem essas organizações e ocupam determinados cargos dentro dela. 

Os cargos pressupõem responsabilidades específicas, que devem ser desempenhadas pelas pessoas que trabalham nessa empresa. O conjunto dessas atividades desempenhadas pela equipe de pessoas da empresa é o que move a organização, para que gere o serviço ou produto que coloca no mercado. 

Dito isso, vale refletir sobre o papel e as responsabilidades performadas por essas pessoas. Às vezes, há uma rotina que circunda seus cargos, sendo inclusive, em alguns aspectos, uma repetição diária de determinada atividade. 

Nesse sentido, será que as pessoas que trabalham em uma organização estão fadadas a estar acorrentadas no mundo da sombra da repetição de uma atividade? Talvez sim, talvez não. Isso vai depender da maneira como a empresa gerencia seu dia a dia.

Como as empresas podem estimular seus colaboradores a saírem da caverna?

Existem inúmeras ferramentas que as organizações podem adotar para estimular que seus colaboradores se mantenham estimulados a não ficar sempre na mesma posição. Por exemplo, reconhecer e recompensar pessoas que buscam se capacitar com constância, ter programas internos, que estimulem as pessoas a buscar mais capacitações, seja com uma bonificação de auxílio ou oferecendo folgas em dias de cursos, entre outros.

É necessário levar em consideração também que as pessoas que compõem um time possuem sentimentos e lidam com eles diariamente. Enquanto organização, essa não deve se manter omissa com relação à humanização de sua equipe. É necessário se preocupar com o lado humano da sua produção. Uma equipe mais motivada terá maior nível de produtividade.

Em se tratando do indivíduo, é importante que você tome consciência desses sentimentos e reflita sobre seu papel dentro da organização. Você deve se perguntar, por exemplo, mesmo que você desempenhe atividades repetitivas em seu dia a dia, você realmente está em um lugar de sombras? Se você considera que sim, o que você pode fazer para se libertar dessas amarras? 

Mas pode ser que você não esteja nessa situação, já que se mantém ativo e em constante busca por evolução pessoal e profissional. 

Como vimos, é essencial refletir sobre as posições que tanto as organizações como os indivíduos se colocam em seu dia a dia e se podem mudar esse status quo.

A liderança sob a perspectiva do mito da caverna

É consenso que o conceito de liderança se alterou nos dias atuais. Já não mais se trata a liderança como quem ocupa um cargo do alto escalão que seja hierarquicamente superior dentro de uma empresa. A liderança que se considera hoje é em relação ao comportamento de líder que uma pessoa apresenta.

Relembrando o mito da caverna, aquele indivíduo que se libertou de suas amarras, conheceu a realidade da luz e voltou para avisar os demais pode ser considerado um líder. Ele não se contentou a apenas sair da sua condição de prisioneiro, mas liderou os demais a seguirem junto com ele.

Nesse sentido, o que se espera de um líder em uma organização é esse de que conhece algo que vai além de sua realidade, vê algo novo e libertador e volta para levar junto com ele as demais pessoas de sua equipe. 

Um líder desejável é aquele que conhece bem sua equipe, entende bem a cultura organizacional da empresa e enxerga sua realidade de maneira sistêmica. Isso deve motivá-lo a buscar maneiras novas de interação que consigam trazer resultados, melhorar o entrosamento da equipe, motivar as outras pessoas e clarear o cotidiano dentro da empresa.

Dessa forma, aquela pessoa que se mantém aprisionada à ilusão da realidade que a ele se apresenta e não busca conhecer outras formas de trabalho, permanece aprisionada na escuridão da caverna. Em contrapartida, aquela que segue junto com o líder na busca pela luz, tentando entender as novidades e melhorias, traz para seu cotidiano a iluminação do conhecimento e do senso crítico da sua presença no mundo e na organização.

Apresentamos aqui uma releitura atualizada do mito da caverna de Platão, aplicada ao ambiente empresarial, como um exemplo de que as realidades em que estamos inseridos devem ser questionadas constantemente, a fim de que busquemos melhorar nosso cotidiano.  

E então, gostou de aprender sobre o mito da caverna? Conseguiu identificar a relação que ele possui com o ambiente corporativo? Aproveite então para nos contar mais sobre o que achou desse artigo nos comentários abaixo e lembre-se sempre de lembrar de compartilhar esse texto com seus amigos em suas redes sociais!

 

Fontes: 

https://juarezfrmno2008sp.blogspot.com/2017/01/platao-nas-empresas.html    https://administradores.com.br/artigos/o-mito-da-caverna-e-a-gestao-empresarial

 

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José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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