Entenda o que é canvas e sua aplicação como modelo de negócio

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A ferramenta canvas permite que as empresas realizem um planejamento eficaz e obtenham orientações para atingir seu público-alvo e alcançar o sucesso.

Ao começar um negócio, é natural que o empreendedor se depare com inúmeras questões: a ideia é viável? A empresa conseguiria reagir em um momento de crise? O empreendimento tem potencial de crescimento? Um produto/serviço novo pode ser planejado? Para responder a essas e outras questões, o empreendedor pode contar com o auxílio da ferramenta canvas, que ajuda a definir o melhor modelo de negócios para o projeto.

Neste artigo, você vai compreender melhor o que é a ferramenta canvas, quais benefícios ela oferece e quais partes a compõem. Preparado? Então, siga em frente e boa leitura!

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O que é o Business Model Canvas?

O Business Model Canvas é uma ferramenta de planejamento estratégico que permite a elaboração de um mapeamento dos principais aspectos que constituem uma empresa, permitindo que seja desenvolvido o melhor modelo de negócio para o empreendimento em questão. Em outras palavras, o canvas é um resumo dos pontos-chave de um planejamento.

Bastante visual, a ferramenta de organização foi desenvolvida pelo suíço Alexander Osterwalder, no início dos anos 2000. Por meio de nove blocos, a empresa tem um parâmetro de como deve conduzir o negócio, definir as suas atividades principais, analisar a sua atuação, desenvolver ideias, realizar reformulações e gerar valor ao mercado. Nota-se que o canvas não é um plano de negócios: ela apenas traz reflexões para que um plano de negócios em potencial possa ser elaborado.

Como estruturar o modelo canvas?

9 campos compõem o Business Model Canvas, que, por sua vez, constituem a infraestrutura, a oferta, os clientes e as finanças da empresa. Cada um deles deve ser definido com muita atenção, de preferência na sequência a seguir.

1. Segmento de clientes

Qual é o segmento de clientes que a empresa atende ou vai atender? Esse campo auxilia a organização quanto à definição do seu nicho de mercado. Como se diz popularmente, quem vende para todo mundo, na verdade, não vende para ninguém. Por isso, é importante definir critérios para selecionar um público específico.

Pense em quem tem potencial para comprar aquilo que você oferece. Verifique aspectos como: gênero, idade, faixa de renda, escolaridade, localização geográfica, estilo de vida, objetivos, necessidades, cultura, entre outros aspectos relevantes. É importante criar o projeto tendo esse grupo de pessoas em mente.

2. Proposta de valor

A proposta de valor diz respeito àquilo que a empresa oferece ao mercado e gera valor ao seu público-alvo, fazendo com que ele escolha a sua organização e não a concorrência. Nesse bloco, devem ser levadas em consideração questões como preço, design e status.

Basicamente, esse campo do canvas tem o objetivo de explicitar os benefícios do seu produto, serviço ou empresa à vida dos consumidores. O ideal é que eles possam ser resumidos em uma frase que diferencie a sua solução das oferecidas pelos concorrentes.

3. Canais

Por meio de que canais o cliente entra em contato com a empresa, efetua e recebe a compra? O terceiro campo do canvas refere-se à definição dos canais de comunicação, distribuição e venda.

Como a empresa divulga as suas soluções? Como o cliente entra em contato com a empresa? Como o consumidor compra o que deseja? De que maneira a empresa entrega o produto ou presta o serviço? Todos esses canais precisam ser definidos e explicados, sejam eles físicos ou digitais.

4. Relacionamento com os clientes

O campo do relacionamento com os clientes explica como a empresa se relacionará com cada segmento de possíveis consumidores. A escolha do tipo de relacionamento influenciará na experiência do público-alvo.

Esse campo precisa definir de que maneira a empresa ofertará o seu atendimento desde o primeiro impacto, passando por todo o processo de persuasão, decisão de compra, entrega e pós-venda. A ideia é que as empresas construam verdadeiros planos de fidelização do cliente para que ele se torne fiel à marca e a defenda diante dos concorrentes.

5. Fontes de receita

Nesse bloco, a empresa define quais são as formas pelas quais ela adquire a sua receita de cada segmento de cliente, a partir da sua proposta de valor.  Como ela será remunerada por seus produtos ou serviços? Pagamentos únicos? Prestações? Mensalidades? Anuidades? Aluguéis? Licenças? Assinaturas?

É importante definir esse fator pensando não apenas nos lucros da empresa, mas também na comodidade do consumidor. Alguns restaurantes, por exemplo, têm cobrado o cliente por tempo de permanência, e não por quilo ou por prato específico. É possível, portanto, ser inovador nesse aspecto, desde que a comodidade seja priorizada.

6. Recursos principais

Quais são os principais recursos que tornam possível a realização das atividades-chave, sejam eles, físicos, financeiros ou intelectuais? Basicamente, essa área do canvas deve listar tudo aquilo que é necessário para que a empresa funcione.

Aqui, é preciso incluir todos os profissionais a serem contratados, o espaço físico, as ferramentas, os equipamentos, as máquinas, os departamentos em que a empresa estará estruturada, enfim, uma noção geral de tudo aquilo que é fundamental para que a organização produza.

7. Atividades-chave

O espaço das atividades-chave é a definição de quais são os processos que a empresa realiza e que fazem com que ela esteja presente no mercado e entregue a sua proposta de valor.

Por exemplo, se uma empresa vende sapatos, as suas atividades-chave serão: pesquisa de mercado, desenvolvimento de produto, design, confecção, produção e vendas. Além desses exemplos, a prestação de serviços, as vendas consultivas a resolução de problemas, a gestão de plataformas, as atividades de manutenção e a disseminação do conhecimento também podem ser citadas como atividades-chave em outras empresas. Naturalmente, cada organização terá as suas atividades particulares.

8. Parcerias principais

As parcerias principais são definidas pelos fornecedores e parceiros que auxiliam a empresa, garantindo que ela realize as suas atividades com excelência, sempre tendo como objetivo a satisfação total do cliente.

Qualquer fornecedor, investidor, acionista ou parceiro precisa estar listado nesse campo. Aqui, entram as empresas terceirizadas na prestação de serviços específicos e as que entregam matérias-primas para que a empresa funcione.

9. Estrutura de custos

Por fim, o último campo do canvas a ser preenchido inclui a estrutura de custos, que é a estruturação de quais despesas (fixas e variáveis) são necessárias para que a empresa funcione de forma eficaz.

Tudo aquilo que causa impactos financeiros na instituição deve estar listado nessa área. Por isso, para preenchê-la, é importante consultar novamente aquilo que foi definido nos campos recursos, atividades e parcerias-chave. Os custos de canais também devem ser considerados, pensando em divulgações publicitárias, pagamentos de comissões aos vendedores, e por aí vai.

A ferramenta canvas é uma excelente maneira para que o empreendedor obtenha uma visão holística do seu negócio e, assim, aprimore os processos da sua empresa a partir de ideias diferenciadas e inovadoras. Todo esse processo gera orientação de ações, redução de falhas e diferenciação de mercado, permitindo também que a organização conquiste o seu público-alvo e obtenha o retorno financeiro que deseja.

Você conhecia a ferramenta canvas? Sabia das vantagens que ela proporciona a uma empresa? Então, deixe o seu comentário no espaço a seguir. Por fim, que tal levar estas dicas a todos os seus amigos, colegas, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!

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Imagem: CandyBox Images / Shutterstock

José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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