Vivemos um momento em que as transformações acontecem em uma velocidade impressionante. Quem nasceu a partir dos anos 2000 pode nem perceber como as coisas mudam de maneira acelerada, pois já nasceu nesse cenário. No entanto, quem viveu a década de 1990 e tem lembranças do período, tem mais facilidade de entender o que é uma inovação disruptiva.
A popularização da internet e dos dispositivos móveis, a partir do início do novo século, permitiu que essas mudanças acontecessem mais rapidamente. Imagine que, de repente, você acorda nos anos 1990 e precisa se adaptar à realidade desse período. A forma de pagar as contas, ouvir músicas, ter acesso a notícias, ler e-mails, trabalhar (em muitos casos) é completamente diferente.
Essas atividades corriqueiras foram sendo modificadas com o passar do tempo devido ao surgimento de novas tecnologias. Quando mudamos a forma de realizar uma determinada atividade estamos passando por uma mudança disruptiva. Continue lendo para entender melhor o conceito e a sua importância.
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O que é inovação disruptiva?
De forma resumida, uma inovação disruptiva acontece quando uma tecnologia, produto ou serviço é substituído ou transformado por uma solução inovadora superior. Tal superioridade deve ser identificada pelos consumidores e pode estar relacionada com maior acessibilidade, simplicidade ou conveniência.
A inovação disruptiva é tão superior que leva a uma mudança de comportamento de consumo da sociedade em geral. A solução anterior passa a ser considerada obsoleta e tende a desaparecer.
Um exemplo bem prático de inovação disruptiva é a Netflix, serviço de streaming pioneiro que levou ao fechamento das vídeo locadoras do Brasil e do mundo. A forma como as pessoas assistem a filmes em casa mudou completamente com o surgimento do serviço oferecido pela empresa.
Características de uma inovação disruptiva
Uma inovação disruptiva possui algumas características típicas que explicaremos melhor a seguir.
Modelo de negócio
Para que uma inovação se torne disruptiva, é fundamental que esteja apoiada em um modelo de negócios diferente dos demais atores do mercado. Não basta oferecer produtos ou serviços diferenciados se mantiver o comportamento das outras empresas do setor.
O modelo de negócios consiste em um resumo da forma como a empresa irá mobilizar seus recursos e gerenciar seus relacionamentos para a geração de valor. Em suma, não dá para ser disruptivo sem promover uma alteração profunda na lógica de funcionamento do mercado.
Desenvolvimento de novos processos
Os processos cotidianos da empresa que está apostando em um modelo de negócios diferenciado também devem ser inovadores. Um exemplo de mudança de processos é o atendimento mais humanizado que algumas startups costumam oferecer. O atendimento faz parte do todo relacionado ao produto ou serviço, de maneira que também precisa ser inovador.
Investimento em melhorias
Uma das principais características de uma inovação disruptiva é que o produto ou serviço precisa entregar ao consumidor melhorias óbvias. A melhoria em questão pode ser a simplificação da forma de uso, exigindo menos tempo do usuário, por exemplo. Outra forma de entregar melhoria é através de um serviço com um pouco mais de complexidade, mas que também seja mais confortável e econômico.
Um serviço ou produto disruptivo é aquele que se mostra mais sustentável, mais econômico, mais conveniente, mais confortável, entre outros. Em resumo, uma inovação disruptiva deve apresentar uma vantagem real para os consumidores. Os usuários devem concluir que não faz sentido se manter usando as soluções antigas.
Importância da inovação disruptiva
As inovações disruptivas são extremamente relevantes para a facilitação do nosso dia a dia, uma vez que tornam vários processos bem mais simples. Além disso, amplia o alcance de produtos e serviços para um público que talvez não tivesse acesso a essas soluções no modelo antigo. Elas facilitam o acesso financeiro e a realização de uma grande variedade de atividades essenciais do dia a dia.
Em geral, inovações disruptivas são mais convenientes, confortáveis, simples e econômicas. Essas criações quase sempre ajudam a melhorar a nossa qualidade de vida. Assim, as empresas têm a possibilidade de agregar valor ao seu empreendimento.
O modelo disruptivo tende a tornar a produção de alguns produtos escalável, ou seja, permitir uma produção mais volumosa em menos tempo. Para as empresas isso significa mais potencial de lucro e economia de recursos. Ainda que a inovação em questão não tenha potencial escalável, contribui para que a empresa se torne mais competitiva em seu mercado.
Novidades disruptivas podem ajudar a empresa a conquistar novos públicos e oportunidades. O crescimento da empresa disruptiva também se reflete em ganhos para os seus colaboradores. Novos postos de trabalho podem ser criados e aqueles que já existem são ainda mais valorizados.
Qual é a diferença entre inovação disruptiva e inovação tradicional?
A inovação tradicional se caracteriza por ajudar a aumentar o ciclo de vida de um produto, serviço ou mercado. O ciclo de vida é composto por introdução, crescimento, maturidade e declínio.
Basicamente, um produto ou serviço já consolidado no mercado recebe uma determinada melhoria para gerar novo interesse no público. Esse tipo de inovação é também chamada de incremental por não oferecer uma novidade na essência do produto/serviço. A inovação se concentra na forma como as funções são realizadas.
Por sua vez, a inovação disruptiva tem caráter mais radical, promovendo uma mudança na própria lógica de consumo. Desse modo, não são apenas as características do produto/serviço que são modificadas. O modelo de negócios diferenciado promove uma alteração no mercado como um todo, transformando a maneira como os consumidores utilizam o produto/serviço.
A inovação disruptiva não preserva o ciclo de vida do mercado, leva à criação de outro ciclo. Em muitos casos, inclusive, destrói o ciclo já estabelecido. Para que fique mais simples de entender, usaremos o exemplo do automóvel. No começo do século 20, Henry Ford promoveu uma inovação disruptiva ao desenvolver um método de produção em massa de veículos.
Os automóveis atuais não se parecem com o Ford Movel T daquele período porque passaram por diversas inovações incrementais no decorrer das décadas. Foram desenvolvidos equipamentos de segurança, como, por exemplo, os airbags e os freios ABS. O carro autônomo é um exemplo de inovação disruptiva, uma vez que altera totalmente a forma como as pessoas se relacionam com o automóvel.
Agora você já sabe o que é inovação disruptiva. Aproveite para deixar seu comentário abaixo e compartilhar o conteúdo através das suas redes sociais para levar o conhecimento adiante!
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Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.
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