Definindo Políticas de Recursos Humanos

figura representativa simbolizando os recursos humanos

Através da política de recursos humanos, a organização pode determinar as características que um profissional deve ter para ser contratado, por exemplo.

As relações sociais sempre foram objeto de estudo de vários pensadores e sociólogos. Tentar entender a interação do homem com os seus semelhantes é algo de grande complexidade. Com os avanços sociais e a compreensão de que o colaborador é fator primordial de qualquer negócio, surgem políticas e diretrizes que visam proteger e dar subsídios para que os profissionais possam realizar suas atribuições da melhor forma possível.

O setor de Recursos Humanos existe para dialogar constantemente com os colaboradores da empresa, sempre entendendo quais são as suas necessidades e visando contribuir com o crescimento da organização. Para que essa tarefa seja realizada com êxito, é preciso definir políticas de recursos humanos que estejam alinhadas com os objetivos do negócio.

Siga a leitura para entender o que são políticas de recursos humanos e conferir dicas de como definir as regras da sua empresa.

[php_everywhere instance=”2″]

A importância das políticas de recursos humanos

Para que uma empresa funcione de forma organizada e tenha seus objetivos alcançados é fundamental que seus processos sejam muito bem planejados. E um aspecto de grande importância dentro desse contexto é a política de recursos humanos. Trata-se de um conjunto de regras que irá determinar tudo o que diz respeito à equipe.

Através da política de recursos humanos, a organização pode determinar as características que um profissional deve ter para ser contratado, os salários, as bonificações, entre outros pontos. Ter tudo isso bem definido é essencial para manter a equipe trabalhando de forma engajada e reter talentos.

Relação entre política de recursos humanos e retenção de talentos

Na hora de contratar um profissional para fazer parte do quadro de colaboradores de uma empresa, é preciso analisar e verificar se ele tem o perfil que se enquadra dentro das políticas da organização. E isso transcende o momento da entrevista. É necessário fazer uma análise criteriosa e acompanhar a desenvoltura do candidato na hora dos testes e atividades em grupo.

Enfatizamos que é importante que seja feito todo um acompanhamento do setor de recursos humanos, mesmo após a contratação. Dessa forma, será possível verificar o desempenho do profissional no momento de executar determinadas funções e se realmente ele corresponde ao perfil pretendido pela empresa.

Não podemos esquecer que, nos primeiros dias, o novo colaborador deverá passar por treinamentos e vivências que o tornem apto a realizar suas atribuições. É por meio dessas experiências que ele irá conhecer melhor a companhia, os colegas e as atividades que irá desempenhar. Afinal de contas, por mais preparado que um profissional seja, nenhum funcionário chega pronto, é preciso lapidá-lo.

Contudo, não adianta contratar a pessoa certa e não conseguir retê-la dentro da organização. Muitos jovens talentos acabam saindo das empresas quando percebem que a configuração organizacional e hierárquica não irá proporcionar realmente o crescimento que ele esperava.

Reter talentos é uma missão na qual diversas empresas de todo Brasil estão sentindo dificuldades. Isso porque os profissionais mais jovens que acabam de ingressar no mercado de trabalho estão muito ansiosos por resultados e promoção de cargos, mas inexperientes para lidar com dificuldades. Muitos desistem no meio do caminho e partem para outra empresa, acreditando que o problema estava na organização.

Essa geração mais jovem é conhecida como geração Y, conceito da sociologia para se referir às pessoas nascidas entre a década de 80 e de 90. Para solucionar esse problema, existem políticas de recursos humanos voltadas para incentivar os colaboradores a se sentirem confortáveis e em sintonia com a missão e a cultura da empresa.

Exemplos de incentivos para os colaboradores

Dentro da política de gestão de recursos humanos é importante considerar os seguintes aspectos com o objetivo de reter e incentivar os colaboradores:

  • Salário condizente com o pago pelo mercado para as mesmas funções;
  • Treinamentos e capacitações regulares;
  • Bonificação por desempenho;
  • Análises que privilegiem com base na meritocracia;
  • Promoção de cargo quando o colaborador atingir suas metas e provar que está em perfeita comunhão de ideais com a empresa;
  • Dar suporte e feedback contínuos;
  • Oferecer desafios e novos projetos;
  • Empresa aberta para ouvir novas sugestões.

Esses são alguns exemplos de pontos contemplados em políticas internas que podem ser adotadas pelo setor de RH. Dentro delas, enfatizamos a importância do Coaching, tanto no treinamento dos colaboradores como na formação da visão gerencial dos diretores. O Coaching é a metodologia ideal para dar suporte a um planejamento em que a valorização das pessoas está em primeiro lugar.

Você é uma pessoa feliz? Quer uma ajuda pra descobrir?
Acesse nosso Termômetro e descubra como anda sua Felicidade!

7 Dicas para criar uma política de recursos humanos

Se a sua empresa ainda não conta com uma política de recursos humanos, é importante começar a pensar nisso o quanto antes. Não é porque as coisas caminharam até aqui sem essa definição que deva continuar. Se tudo deu certo, ótimo, mas saiba que, com um planejamento, os resultados podem ser ainda melhores.

Veja, a seguir, dicas do que considerar ao criar a política de recursos humanos da sua empresa.

1. Regras de recrutamento e seleção

Um dos tópicos base a serem considerados em uma política de recursos humanos diz respeito às regras de recrutamento e seleção. Afinal, trata-se da primeira etapa para formar o time da companhia. É a partir dessas determinações que se tornará possível realizar boas contratações e contar com profissionais realmente preparados para os cargos.

Dentro desse capítulo da política de recursos humanos é preciso considerar pontos como:

  • Identificação da necessidade de novos colaboradores;
  • Definição dos requisitos para cada vaga;
  • Etapas da contratação (análise de currículos, entrevista, dinâmica, teste, entre outras);
  • Tópicos abordados na entrevista.

2. Cargos e salários

É preciso ter uma definição quanto aos salários que serão oferecidos para cada cargo. Para chegar aos valores é necessário realizar uma pesquisa no mercado da cidade e região para verificar se o que a empresa está oferecendo no momento é compatível com outras companhias.

O salário é um aspecto de grande importância para a retenção de talentos. Por isso, é um tema que deve ser abordado em destaque na política de recursos humanos. Afinal, profissionais que não sentirem que sua remuneração está de acordo com sua função e qualificações não hesitarão em buscarem outras oportunidades.

3. Benefícios oferecidos aos colaboradores

O salário tem um papel importante para a retenção de talentos, mas não é tudo. Os benefícios também contam para que os profissionais decidam ficar ou buscar novas oportunidades. Para definir esse tópico dentro da política de recursos humanos é necessário considerar as possibilidades da empresa e as necessidades dos funcionários.

Os benefícios básicos oferecidos pelas companhias costumam ser: plano de saúde e odontológico, vale transporte e vale refeição. Alguns são obrigatórios dependendo da quantidade de funcionários. Contudo, vale oferecer outros tipos de bonificação como forma de reter talentos.

4. Comunicação interna

A comunicação é fundamental para que uma empresa funcione corretamente. Contudo, não basta que as pessoas falem umas com as outras, é preciso ter uma organização. Este tópico da política de recursos humanos deve ter clareza em como cada tipo de assunto será passado aos funcionários.

Quadro de avisos, chat de comunicação interna, e-mail corporativo, feedbacks periódicos são alguns exemplos de formas de manter tudo alinhado entre gestores, supervisores e colaboradores.

5. Treinamentos

Como os funcionários serão treinados logo após a contratação? E os já contratados, como irão desenvolver novas habilidades? Como as oportunidades serão distribuídas entre os setores? A empresa deve ter muito claro dentro de sua política de recursos humanos o orçamento disponível para treinamento, bem como em que situações os cursos serão oferecidos aos colaboradores, entre outros pontos.

6. Avaliações de desempenho

É importante que o desempenho dos colaboradores seja acompanhado, a fim de verificar se estão se desenvolvendo, permanecendo estáveis ou regredindo. Por essa razão, a política de recursos humanos deve contar com especificações em relação à avaliação de desempenho.

Essas análises permitem identificar se os colaboradores estão desempenhando seu papel como a empresa espera. Além disso, auxiliam na identificação das necessidades de treinamento e, se eles já estiverem acontecendo, a medir o aproveitamento de cada um.

7. Demissões

As demissões também devem estar descritas na política de recursos humanos de uma empresa. Um tópico de grande importância diz respeito às ações que podem levar ao desligamento, considerando tanto as leis trabalhistas quanto as regras internas. Demitir colaboradores é algo bastante desafiador, mas necessário em alguns casos. Então, ter um conjunto de regras para nortear essa decisão é essencial.

Com essas dicas você poderá criar uma política de recursos humanos que contemple todos os pontos mais importantes que dizem respeito aos colaboradores da sua empresa. Para conferir mais dicas com essas, navegue pelos posts do Portal IBC!

[php_everywhere instance=”1″]

José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



*Esse conteúdo não é fonte para veículos jornalísticos ou matérias para imprensa, para utilização ou referência por favor entre em contato conosco.

Deixe seu Comentário

IBC - Instituto Brasileiro de Coaching: Av. Prof. Venerando Freitas Borges, 561 - Setor Jaó - Goiânia/ GO - CEP: 74.673-010