O impacto dos padrões na vida do homem: causas e consequências

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Os padrões impostos pela sociedade resultam em problemas físicos, mentais e comportamentais para os homens.

Caro leitor, hoje quero trazer algumas reflexões: você vai frequentemente ao médico? E seus amigos? Quando você vai, é por livre e espontânea vontade? Quantos livros você já leu esse ano? Tem o hábito de praticar exercícios físicos? Você dá atenção a sua saúde mental? Pois é, as respostas a essas perguntas podem ser assustadoras.

Por conta do país, da religião, da cultura, da família, da mídia e da sociedade como um todo, crianças do sexo masculino crescem com a ideia de que precisam ser fortes e devem assumir riscos. Esse contexto é capaz de gerar benefícios na vida adulta, como: sucesso profissional, autoestima, status social, entre outros. Em contrapartida, essa ideia de que o homem precisa ser uma fortaleza, também traz problemas físicos, mentais e comportamentais. Entenda a seguir:

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Saúde Física

Um exemplo disso são as escassas idas ao médico por parte do sexo masculino. Por terem a concepção de que não podem ser fracos e nem sentir dor, os homens vão menos ao médico e não se preocupam com prevenção. Um grande erro. A expectativa de vida do homem é sete anos menor que a da mulher, eles são mais propensos a terem problemas no coração, câncer, sobrepeso, colesterol alto, hipertensão arterial e diabetes. A maioria só cuida da saúde quando sentem algum sintoma ou por insistência de alguma figura feminina (que pode ser a esposa, a mãe ou a filha) e mesmo assim, muitos não dão continuidade aos tratamentos.

Por fazerem diagnósticos tardios, muitos homens diminuem as chances de cura. Ainda existem aqueles que mesmo indo periodicamente ao médico, não fazem mudanças de hábitos como evitar o tabaco, o álcool, fazer atividades físicas, se alimentar de forma saudável, se dedicar ao lazer, conviver mais com a família e os amigos e desenvolver a espiritualidade. Além disso, a taxa de suicídio e problemas de saúde mental do sexo masculino são maiores que das mulheres, outra questão muito preocupante.

Saúde Mental

Qual seria o motivo para os homens serem tão negligentes com a saúde mental? Outro fator cultural! Pessoas do sexo masculino são criadas com base na ideia de que não podem sofrer, não podem chorar e não podem ser frágeis. E quais são as consequências disso? Os homens fecham os olhos para as suas emoções e por conta disso, não assumem que precisam de ajuda e muitas vezes acabam ferindo a si mesmos e as pessoas a sua volta. Por conta disso, é alto o índice de pessoas do sexo masculino que sofrem com depressão, insegurança, síndrome do pânico, que abusam do álcool, das drogas e são mais propensos a terem acessos de violência.

Leitura

Outro quesito em que os homens pecam é no hábito da leitura. De acordo com a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro, apenas 43% dos homens leem e muitos deles tendem a não concluir o livro. A justificativa para tal ato é que não possuem tempo parar ler e que preferem assistir programas de esporte, escutar música e jogar videogame. Ou seja, a questão não é sobre ter ou não tempo, mas sim de interesse e até mesmo de assumir que gostam de ler.  

Trabalho

O trabalho é um fator determinante para a identidade masculina. A sociedade ainda tem a visão deturpada de que, para ser um homem de valores e responsável, ele precisa ter um emprego de qualidade. Nesse sentido, quando a figura masculina não atinge tais expectativas, ele se sente frustrado. O homem que, seja qual for o motivo (pressão, cansaço, vontade de mudar de carreira, etc), deseja sair do emprego, também é visto como irresponsável e imprudente.

Além disso, a pessoa do sexo masculino ainda é vista como principal encarregada pelo sustento da casa, o que causa uma pressão muito grande nos mesmo e ainda colabora com o preconceito que ainda existe com as mulheres que trabalham para ajudar na renda da casa ou que possuem salário superior ao do companheiro.

Hobbies

Até mesmo nos hobbies existe pressão. Muitos homens gostariam de se dedicar mais aos hobbies e atividades prazerosas, mas têm receio de serem julgados como irresponsáveis ou com pouca ambição.

Os tempos agora são outros, muito tem se falado a respeito da igualdade de gênero e da sua importância. A população já percebeu que seguir padrões impostos causam inúmeras consequências negativas, tanto para o homem quanto para as pessoas do seu convívio. Contudo, a sociedade atual, nossa cultura, a mídia e outras diversas instituições, ainda enaltecem a ideia de que para ser um homem de fato, a pessoa precisa apresentar características físicas, emocionais e sociais que correspondam com as expectativas esperadas.

Uma excelente maneira de mudar positivamente esse contexto é através do autoconhecimento. Quando a pessoa se conhece de fato, ela identifica suas virtudes, seus pontos de melhoria, suas limitações, seus medos e anseios, seus sonhos, suas realizações, seus arrependimentos e ambições de vida. O Coaching é uma metodologia capaz de desenvolver tal habilidade no homem e auxiliá-lo a definir suas metas e objetivos, as crenças e valores que nortearão a sua vida, a desenvolver e potencializar competências e extrair as informações necessárias para o seu equilíbrio e evolução.

Agora uma reflexão: como você avalia a sua vida? Você tem vivido com base nas pressões impostas pela sociedade ou naquilo que você acredita ser o melhor para você? Comente e compartilhe o artigo nas redes sociais.

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Copyright: Olesia Bilkei

José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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