Emoções no comando: entenda como os seus sentimentos moldam os seus resultados

As emoções fazem parte da vida, mesmo que nem sempre compreendamos o porquê. Existem algumas pessoas que chegam a afirmar que tudo seria mais fácil sem elas, mas isso não é verdade. Seríamos robôs incapazes de sentir alegria, amor, afeto e até tristeza — que é necessária em alguns momentos.

Se as emoções existem, há um motivo para isso. Na evolução da nossa espécie, nós as perpetuamos e as transmitimos de geração em geração, o que não teria ocorrido se elas não fossem relevantes. Neste artigo, vamos compreender por que as emoções são importantes e como elas moldam os resultados que alcançamos. Confira!

O que são emoções? Por que elas existem?

As emoções são respostas bioquímicas que o cérebro dispara em consequência de determinados estímulos, tanto internos (pensamentos e percepções) quanto externos (acontecimentos, falas e atitudes de outras pessoas etc.). As emoções influenciam o nosso bem-estar físico e mental, bem como as nossas crenças e atitudes. São experiências subjetivas, que variam de intensidade e duração e que são influenciadas pelo meio em que o indivíduo vive e pela sua predisposição genética.

Mas por que elas existem? Há diferentes perspectivas teóricas que abordam os motivos pelos quais temos emoções.

 

  • Perspectiva evolutiva

 

Muitos pesquisadores afirmam que as emoções ajudaram os seres humanos a evoluir ao longo da história. O medo, por exemplo, nos ajudou a nos protegermos de diversas ameaças: invasores, animais selvagens, altura, frio, fome etc. Sem essa emoção, provavelmente não teríamos sobrevivido e evoluído até aqui. Já o afeto estimula o cuidado coletivo. Assim, todas as emoções que existem até hoje são, de alguma forma, importantes para nós, inclusive as que consideramos negativas.

 

  • Perspectiva psicológica

 

Do ponto de vista psicológico, as emoções são úteis para que possamos compreender melhor os fatos e extrair aprendizados. A culpa, por exemplo, é um sentimento que nos torna mais humildes e nos ajuda a restabelecer o relacionamento com aqueles a quem eventualmente prejudicamos, nos incentivando a não mais cometer o erro em questão. Nesse sentido, as emoções servem para que possamos avaliar as situações e tomar melhores decisões, regulando o nosso comportamento na adaptação ao meio.

 

  • Perspectiva social e cultural

 

Na perspectiva social e cultural, as emoções humanas são influenciadas pelo meio em que as pessoas vivem e convivem. Isso explica por que os sentimentos podem ser expressos de forma tão distinta em diferentes lugares. Como as pessoas estão submetidas a regras, leis e costumes de cada local, a forma como cada um vivencia e expressa as próprias emoções é influenciada por essas questões. Em meios machistas, por exemplo, diz-se que um homem não deve chorar quando estiver triste.

 

  • Perspectiva cognitiva

 

Por fim, as teorias cognitivas defendem que as emoções são elementos que favorecem o aprendizado, complementando o pensamento racional — em oposição à ideia de que razão e emoção sejam forças antagônicas. De acordo com esse ponto de vista, a forma como avaliamos e interpretamos os acontecimentos da vida gera respostas emocionais específicas. Isso pode facilitar a comunicação com o outro e guiar o nosso comportamento, desde que saibamos compreender aquilo que sentimos.

Como os nossos sentimentos moldam os nossos resultados?

Entendendo melhor as funções das emoções, podemos compreender como elas influem nos resultados que obtemos nas diferentes áreas da vida. Entenda melhor como isso acontece.

 

  • Motivação e persistência

 

Paixão, entusiasmo, motivação, prazer. São sentimentos como esses que nos levam a efetivamente tomar atitudes e perseguir os nossos objetivos nos diversos caminhos da existência. Na verdade, até mesmo emoções negativas podem nos empurrar nesse sentido. 

Uma pessoa que sofreu muito com dívidas no passado, por exemplo, pode utilizar o estresse sentido como motivação para administrar melhor o próprio dinheiro e não mais passar por essa situação. Buscar o prazer e fugir do sofrimento são respostas importantes.

 

  • Tomadas de decisão

 

Como você já deve ter deduzido a partir do exemplo acima, as emoções definem muitos dos nossos comportamentos. As experiências passadas, e as emoções que sentimos nesses momentos, podem nos ajudar a tomar decisões melhores. Se fizemos escolhas que nos conduziram a sentimentos positivos, a tendência natural é repetir essas decisões. Já as escolhas que despertaram sentimentos negativos nos levam a querer mudar de atitude — o que é muito saudável e funcional!

 

  • Desempenho

 

As pessoas que prestam atenção às próprias emoções, portanto, conseguem tomar decisões mais inteligentes. Consequentemente, as chances de apresentarem melhores desempenhos aumentam bastante. A ansiedade em excesso, por exemplo, pode provocar problemas de concentração, maior ocorrência de falhas e até problemas de relacionamento. Já as pessoas que conseguem administrar esse sentimento com técnicas de relaxamento obtêm um desempenho melhor.

 

  • Relacionamentos

 

As nossas emoções — e a forma como lidamos com elas — também determinam a qualidade dos nossos relacionamentos, seja no trabalho, seja na vida pessoal. Nesse sentido, é importante encontrar um equilíbrio entre defender as nossas ideias e interesses e respeitar as ideias e interesses do outro. Quando conseguimos expressar com clareza e empatia o que estamos sentindo, somos capazes de evitar ou remediar os conflitos que eventualmente surgem, mesmo nas situações mais delicadas.

 

  • Saúde mental

 

Por fim, precisamos compreender que as emoções que sentimos são indicativos importantes da nossa saúde mental. Como já compreendemos, tristeza, ciúme e ansiedade fazem parte da vida, mas precisamos observar se a intensidade desses sentimentos está desproporcional aos fatos e se a duração deles está maior do que o comum. Quando isso acontece, há um comprometimento da nossa qualidade de vida, e então é hora de procurar o auxílio profissional dos médicos e psicólogos.

Em resumo, as emoções são indicativos de estarmos mais longe ou mais perto daquilo que consideramos “viver com qualidade”. Esses objetivos variam de pessoa para pessoa, mas, de maneira geral, analisar os nossos sentimentos nos ajuda a compreender exatamente onde estamos e aonde queremos chegar. Por isso, não ignore o que você sente. Aprenda a conviver com isso, pois as emoções são muito importantes para a nossa realização pessoal e profissional.

E você, querida pessoa, como avalia a sua capacidade de lidar com as próprias emoções? O que pode melhorar nesse aspecto? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!

José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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