Salário Emocional – O que é e como aplicar na sua empresa?

Texto escrito eu amo meu trabalho

Confira a importância do salário emocional.

O conceito de salário emocional diz respeito a incentivos motivacionais que uma empresa oferece, visando atrair e reter talentos. Com a contratação efetivada, os colaboradores são estimulados a entregar o seu melhor desempenho. Basicamente, se trata de um complemento ao salário monetário dos colaboradores. 

Em um mercado cada vez mais competitivo, é determinante que as empresas apostem em diferenciais para manter os seus melhores colaboradores como parte dos seus quadros. No artigo a seguir iremos explicar com mais detalhes o conceito de salário emocional e como aplicá-lo na sua empresa. 

O que é o salário emocional?

Em linhas gerais, salário emocional consiste no conjunto de incentivos motivacionais que uma empresa oferece para seus colaboradores, além do salário monetário. Tais ações vão desde a criação de um ambiente organizacional mais favorável, até a oferta de oportunidades de capacitação. Cabe a cada organização definir quais serão os benefícios ofertados para seus colaboradores com base nos recursos que pode oferecer. 

O salário emocional é uma ferramenta que pode ser empregada para a atração e retenção de talentos da companhia. Contudo, de forma alguma substitui o salário monetário e não deve ser compreendido como um recurso que “permite” oferecer remunerações inadequadas. Por fim, esclarecemos que os benefícios obrigatórios por lei não compõem o conjunto de benefícios do salário emocional. 

Qual é a importância do salário emocional?

Pedimos que você reflita rapidamente e responda: “por que os profissionais pedem demissão?”. De acordo com pesquisas, 8 em cada 10 colaboradores pedem demissão por causa do seu chefe. 

Para alguns desses trabalhadores, o problema está no fato de que os chefes não lideram pelo exemplo. Em outros casos, há a compreensão de que existe falta de oportunidades de crescimento pessoal. Por fim, o terceiro motivo mais citado é a falta de feedback. Percebeu como em nenhum desses motivos foi mencionado o fator financeiro?

Logo, podemos concluir que medidas que visam melhorar a convivência, desenvolvimento pessoal e cultura do feedback no ambiente corporativo se refletem na retenção de talentos. Esses são alguns fatores entregues pelo salário emocional. Obviamente, o lado financeiro é importante, contudo, o dinheiro nem sempre irá compensar situações desfavoráveis. 

Em um contexto em que os profissionais precisam fazer horas extras com frequência e não contam com uma liderança ativa, é possível que haja sobrecarga. O bem-estar psicológico pode ser colocado em risco nessa situação.

O clima organizacional é bastante prejudicado porque é difícil manter relações amistosas quando se está irritado e pressionado. Os fatores que influenciam na saúde física e mental dos colaboradores têm grande impacto nos resultados entregues por eles. 

Como aplicar o salário emocional na sua empresa?

Como explicamos, o salário emocional corresponde a um conjunto de benefícios não-obrigatórios que contribuem para o bem-estar físico e emocional dos colaboradores. Tais benefícios não substituem o salário monetário, funcionam como um complemento para potencializar a atração e retenção de talentos.

A seguir você poderá conferir algumas dicas de estratégias para aplicar o conceito de salário emocional na sua companhia. 

1. Maior abertura para uma gestão inovadora

O salário emocional é uma ferramenta que não se alinha bem com uma gestão mais conservadora. São dois fatores bastante incompatíveis. Logo, é interessante que a empresa que está pensando em adotar esse conceito comece pela reestruturação do seu sistema de gestão. Adotando uma gestão mais inovadora, fica mais fácil compreender a relevância de entregar mais do que benefícios monetários. 

2. Remodelação da cultura organizacional

Para que a aplicação do salário emocional seja bem-sucedida, é essencial que a companhia coloque como centro de suas estratégias o capital humano. Em muitos casos, isso significa uma remodelação da cultura organizacional. É preciso alinhar a forma como a organização pensa sobre seu capital humano e a adoção de incentivos relevantes para seus colaboradores.

Em outras palavras, em uma empresa em que os colaboradores não têm sua importância reconhecida ou há falta de transparência, é difícil adotar algumas medidas do salário emocional. Como estabelecer um sistema de trabalho híbrido, por exemplo, se existe desconfiança em relação aos colaboradores? 

3. Investimento em um ambiente positivo

Um ambiente organizacional salutar é fundamental para que as medidas de salário emocional sejam bem absorvidas. Se existem problemas nesse sentido, é interessante que o setor de RH se coloque em movimento para contornar essas questões. Entre as medidas que podem ser adotadas estão a otimização da comunicação e a criação de oportunidades para o desenvolvimento de relações interpessoais. 

Essas medidas podem também se estender para o processo de recrutamento e seleção de colaboradores. Quanto mais diversidade e inclusão tiver na companhia, mais pontos de vida diferentes existirão. Um ambiente inclusivo e seguro é a base para que os trabalhadores possam se desenvolver. 

4. Análise de perfis e demandas

Apenas oferecer benefícios soltos não constitui trabalhar com o conceito de salário emocional. É fundamental que a empresa compreenda que os benefícios oferecidos precisam estar de acordo com os desejos dos colaboradores. Em outras palavras, os benefícios precisam ser escolhidos conforme a análise de perfis e demandas. 

Também devemos destacar que as mudanças não precisam ser feitas todas de uma vez. A companhia pode e deve realizar essas mudanças gradualmente. Com o decorrer do tempo, pode fazer avaliações para entender quais estão sendo os impactos no panorama geral. 

5. Investimento na capacitação dos colaboradores

É importante que as empresas que adotam o salário emocional compreendam que, com o passar do tempo, as demandas dos colaboradores vão mudando. Inclusive, as demandas da própria companhia e do mercado mudam também. Então, é necessário que o salário emocional passe por revisões de tempos em tempos, mais ou menos como é feito com o salário monetário.

Os benefícios devem ser avaliados para entender se estão de acordo com os desejos dos profissionais e da empresa. A melhor forma de fazer esse tipo de avaliação é ouvir o que os colaboradores têm a dizer. Pesquisas de satisfação e nas quais eles possam fazer sugestões a respeito de novos benefícios devem ser sempre consideradas. 

Gostou de saber mais sobre salário emocional? Sua empresa já utiliza essa ferramenta? Comente abaixo e aproveite para compartilhar este conteúdo em suas redes sociais para passar o conhecimento adiante!

José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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