Confira alguns tipos de comportamentos antiéticos que podem acontecer no trabalho.
A falta de ética no trabalho, além de criar situações desagradáveis, pode resultar em uma série de resultados negativos para a empresa. Porém, nem todo mundo identifica que certos comportamentos considerados chatos ou pouco adequados são na verdade antiéticos.
Para quem tem dúvidas sobre esse tema, indicamos que prossiga a leitura. Explicaremos o que é ética no trabalho, como a falta dela pode se manifestar no escritório e quais são os seus impactos. Vamos lá?
Afinal, o que é falta de ética?
Em linhas gerais, ética no trabalho consiste no conjunto de regras de comportamento que cada empresa tem. A função dessas regras é determinar aquilo que se considera aceitável no ambiente corporativo e que pode influenciar na convivência entre os colaboradores.
O comportamento ético contribui para fortalecer a confiança que os colaboradores dedicam uns aos outros. Quando há um bom clima organizacional é possível aumentar a produtividade da equipe, tornar sua produção mais criativa e ter um ambiente laboral mais agradável.
A ética no dia a dia de trabalho se manifesta através da honestidade, tolerância, flexibilidade, humildade, escuta ativa, entre outros. O respeito com certeza é a base para uma empresa que trabalha com foco no crescimento organizacional. O comportamento ético nasce do desejo de ser ético.
Falta de Ética no trabalho: quais são os impactos?
A seguir vamos exemplificar alguns tipos de comportamentos antiéticos que podem acontecer no trabalho e quais são suas possíveis consequências.
1. Falta de honestidade
Agir de forma desonesta, seja em relação à empresa ou aos colegas, cria um ambiente de desconfiança. É importante ressaltar que ser honesto inclui não esconder dos demais como se sente em diferentes situações. Se algo o incomodou, converse com a pessoa envolvida. Pode ser considerada uma atitude desonesta falar a respeito do tema com os outros e não com o verdadeiro interlocutor.
Quando há um ou mais funcionários com comportamentos desonestos em uma empresa é possível observar algumas consequências. A primeira delas é o estabelecimento de um clima hostil entre os colaboradores, uma vez em que não há confiança. Além disso, a desonestidade pode se manifestar na forma do uso indevido de recursos corporativos. Isso gera um impacto financeiro em médio e longo prazo.
2. Intolerância e inflexibilidade
Trabalhar com outras pessoas demanda ser uma pessoa razoável e ciente que nem sempre todos atenderão às expectativas criadas. Sendo assim, quando um prazo não é cumprido, mesmo com todo o esforço da equipe, é importante ter empatia e se organizar para uma nova empreitada.
Essa questão cabe especialmente para quem está em uma posição de liderança. É imprescindível se colocar no lugar do outro e evitar expor os colaboradores de forma desnecessária. Outro ponto determinante para uma postura ética no trabalho é respeitar as diferenças entre os membros da equipe. A falta de ética pode estar tanto na exposição de um colega, sem considerar suas dificuldades, quanto no desrespeito às diferenças.
Cada vez mais as empresas optam por ter um quadro de colaboradores diverso e isso contribui significativamente para seu crescimento. Esse tipo de falta de ética gera a desunião da equipe e, em alguns casos, pode resultar até mesmo em pendências judiciais. Assédio moral, perseguições, bullying e preconceito, além de serem um sinal de falta de ética, podem se configurar em crime.
3. Falta de integridade
A integridade dos profissionais pode ser tentada em situações em que eles se veem diante da possibilidade de ter algum benefício em troca de uma ação desonesta. Ao ceder, o colaborador terá um benefício de curto prazo, mas certamente se for descoberto terá consequências prolongadas.
Para as empresas esse tipo de situação gera um grande prejuízo financeiro e humano também. Quando um colaborador age com desonestidade e aparentemente tem sucesso na ação pode incentivar indiretamente outras pessoas a agir assim. Sabe quando dizem que uma maçã podre em um cesto pode estragar todas as outras? Isso pode significar ter toda uma equipe comprometida.
4. Falta de humildade
Independentemente de hierarquias, é essencial oferecer um tratamento horizontal, ou seja, de igual respeito a todos. Embora nem todos se deem conta, o simples fato de destratar alguns colaboradores também consiste em um comportamento antiético. É essencial tratar bem todos os profissionais, desde a pessoa que limpa o escritório até o CEO, passando pelos demais funcionários.
Empresas em que a falta de respeito com os colegas é normalizada tendem a ter uma produtividade mais baixa. Os profissionais tendem a não ser tão engajados porque o clima organizacional costuma ser pesado e negativo. A humildade é essencial para construir um ambiente acolhedor.
5. Falta de escuta
Não saber receber bem um feedback negativo pode se refletir em situações ruins para a empresa, como discussões, por exemplo. O fato de não separar uma crítica profissional do pessoal pode gerar animosidades desnecessárias no ambiente corporativo. A falta de escuta é um fator que gera uma série de comportamentos antiéticos que podem ser prejudiciais para o crescimento da companhia em média e longo prazo.
6. Ser hipócrita
Se tem algo que gera grande desconforto entre os colegas é a hipocrisia. Agir diferente daquilo que se fala é também um comportamento antiético. Dessa forma, ao pregar que o melhor é ter essa ou aquela postura é importante agir de acordo com o dito. Criticar algo que você também faz pode gerar uma série de dúvidas entre os colegas.
Lembre-se de que falar uma coisa e fazer outra também pode ser interpretado como falta de honestidade. Nesse contexto, os membros da equipe podem entender que é válido para eles também falar X e fazer Y. No fim das contas, quem perde é a empresa que não consegue ter controle sobre os seus colaboradores.
7. Ser injusto
No âmbito profissional é essencial que todas as decisões sejam tomadas com foco no que é mais justo. Colocar questões pessoais à frente de decisões relevantes demonstra falta de ética. Nos casos em que o líder da equipe é propenso a ter favoritos, pode se criar uma estrutura de pessoas incompetentes que simplesmente sabem ser bajuladoras.
Uma consequência disso é a queda da qualidade do trabalho e descontentamento dos colaboradores mais bem preparados. Com o passar do tempo, pode se ter início a saída dos profissionais de maior talento da companhia. Os benefícios devem ser concedidos a quem os merece e não para quem ganha na lábia.
A falta de ética pode ter uma série de consequências negativas para o trabalho!
Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.
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