Elaborar hipóteses e soluções para possíveis cenários futuros é fundamental para saber lidar com imprevistos e mudanças no mercado.
Contar com uma grande quantidade de informações é uma das melhores estratégias para tomar decisões de maneira consciente e eficaz, seja na vida pessoal, seja na administração de uma empresa. Uma excelente maneira de obter essas informações, no caso das corporações, é por meio de análises de cenários.
A análise de cenários é uma técnica em que o gestor faz simulações de possíveis cenários futuros, considerando diferentes variáveis. Quer saber como essa análise deve ser feita e quais são os benefícios que ela oferece? Então, continue a leitura do artigo a seguir!
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Itens a considerar na análise de cenários
Uma análise de cenários deve ser realizada pensando de modo geral e integrando todos os departamentos da organização — financeiro, marketing, produção, comercial, jurídico, recursos humanos, entre outros.
Contudo, o que as empresas basicamente se limitam a fazer é levar em consideração os dados internos da organização, como os custos mensais (água, luz, telefone e demais despesas), a receita média mensal (ou diária) e a quantidade de funcionários de cada departamento.
Assim, as instituições utilizam esses dados para identificar os momentos de recessão e os momentos de crescimento. Isso é importante para saber quando contratar novos colaboradores, quando expandir o negócio ou quando é preciso cortar gastos e, eventualmente, reduzir o quadro de funcionários.
No entanto, é fundamental que as empresas possam ir além, ou seja, fazer levantamentos mais amplos, que contemplem não apenas os dados internos da organização, mas também os dados externos de seu segmento — variáveis que não dependem da empresa, mas que podem beneficiar ou prejudicar as suas atividades.
Ferramentas estratégicas para a análise de cenários
Há diversas ferramentas estratégicas que podem ser utilizadas na análise de cenários. Neste artigo, você vai conhecer duas delas. A análise SWOT leva em conta o ambiente interno e o ambiente externo, enquanto a análise PESTEL foca no ambiente externo. Vamos conhecê-las melhor.
1. Análise SWOT
A análise SWOT é uma ferramenta que permite que a empresa analise as variáveis internas (que estão sob o seu controle) e também as variáveis externas (que dependem de elementos de fora da empresa). Assim, ela deve ser organizada em quatro partes, conforme o esquema a seguir.
- S — Strengths (forças): todos os pontos positivos da organização;
- W — Weaknesses (fraquezas): todos os aspectos da organização que ainda precisam se desenvolver mais;
- O — Opportunities (oportunidades): todas as circunstâncias externas (que não dependem da empresa) e que podem ser benéficas para o alcance dos objetivos organizacionais;
- T — Threats (ameaças): todas as circunstâncias externas (que não dependem da empresa) e que podem ser prejudiciais para o alcance dos objetivos organizacionais.
Avaliar essas variáveis possibilitará que você perceba quais são as vantagens que você pode aproveitar sobre a sua concorrência. Simultaneamente, você identificará tudo aquilo que pode prejudicar o seu negócio, desenvolvendo estratégias que possam prevenir essas questões.
2. Análise PESTEL
Quando uma pessoa realiza a análise SWOT, o eixo SW (forças e fraquezas da empresa) é mais fácil de ser analisado, já que se trata de questões internas da organização. A questão fica mais difícil quando chegamos ao eixo OT (oportunidades e ameaças), pois precisamos pensar em todas as variáveis que podem impactar o negócio.
Nessa análise de cenário externo, a análise PESTEL complementa a análise SWOT e oferece uma orientação para que as pessoas possam desenvolver a avaliação de oportunidades e ameaças. Ela se subdivide em 6 categorias e, assim como a análise SWOT, trata-se de uma sigla.
- P — Política: as formas como os líderes do governo e as suas decisões podem afetar as ações empresariais, incluindo instabilidades, pressões de determinados grupos, corrupção etc.;
- E — Economia: questões da economia do local que podem impactar a organização, considerando, por exemplo: taxa de juros, dívida externa de um país, valor da moeda nacional, relações exteriores, tributação, volatilidade da taxa cambial, desemprego e oscilação do poder aquisitivo da população;
- S — Sociedade & Cultura: aspectos sociais e culturais que alteram a composição e o comportamento do público consumidor, como: nível de instrução da população, alterações na pirâmide etária, crenças predominantes na população, migrações, mudanças de valores etc.;
- T — Tecnologia: desenvolvimento de novas tecnologias que impactam a vida das empresas e de seus concorrentes, como: novos canais de comunicação, novas ferramentas de produção, novos modelos de negócios, aumento da acessibilidade e da velocidade da internet etc.;
- E — Ecologia: questões da natureza que impactam a produção e demais atividades das empresas, como: oscilações climáticas, períodos de chuva e seca, desmatamento, pragas em plantações, poluição, desperdício, crises hídricas e energéticas, legislação ambiental do lugar etc.;
- L — Leis: todas as leis, decretos, normas, regulamentos, resoluções e portarias que impactam a atividade da empresa — definidas pelo governo, autarquias, órgãos fiscalizadores, sindicatos, legislação internacional etc.
Vantagens da análise de cenários
Tendo valiosas informações em mente e compreendendo o tipo de análise de cenário que as ferramentas acima proporcionam, fica mais fácil compreender as vantagens que isso proporciona às decisões estratégicas da empresa. Confira as principais delas, a seguir.
1. Percepção do ambiente
A análise de cenários oferece uma visão sistêmica do ambiente, seja interno ou externo. Com isso, a organização de mapas mentais, com possíveis hipóteses e soluções, se torna mais eficiente. É como se a empresa, conhecendo os riscos aos quais está exposta, pudesse elaborar o plano A, o plano B, o plano C, e assim por diante, levando em consideração o que fazer em cada cenário possível.
2. Decisões estratégicas
Esta é uma das maiores vantagens de trabalhar com a análise de cenários: tomar decisões estratégicas. Com isso, a possibilidade de improvisos e decisões precipitadas é muito reduzida. Não se trata de “achismos”, mas de informações confiáveis que foram levantadas pelos funcionários da empresa, considerando tanto o seu cenário interno como as variáveis externas.
3. Vantagem competitiva
A análise de cenários deixa a empresa preparada para lidar com possíveis cenários, sejam eles positivos ou negativos. É preciso apenas ter cuidado para não projetar esses cenários em um futuro muito distante. Análises de cenário muito longínquas podem deixar a organização afastada do segmento mercadológico. Contudo, se você conseguir encontrar mais precisão em suas análises para um futuro próximo, certamente poderá antecipar-se às estratégias dos concorrentes e ser bem-sucedido.
E você, querida pessoa, considera importante fazer análises de cenário? A sua empresa tem feito essa análise com eficácia e com a devida frequência? Use o espaço abaixo para nos contar sobre a sua experiência. Além disso, que tal levar estas informações aos seus amigos, colegas, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!
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Imagem: CHAIWATPHOTOS / Shutterstock
Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.
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