Psicopedagogia – O que é e qual a sua importância?

Descubra o que é psicopedagogia e para o que serve

A psicopedagogia surgiu através da união de duas áreas bastante importantes: a psicologia e a pedagogia. A primeira, é a ciência relacionada aos processos mentais e comportamento humanos, já a segunda é voltada para a educação, com ênfase para o processo de ensino e aprendizagem.

Os profissionais que se dedicam ao estudo das duas áreas são os psicopedagogos, que auxiliam crianças, adolescentes e adultos que enfrentam problemas de aprendizagem. Através de análise comportamental e outras técnicas, identificam os bloqueios e ajudam os pacientes a superá-los.

Quer saber mais a respeito da psicopedagogia e sua importância? É só continuar a leitura!

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Entenda melhor o que é a Psicopedagogia

A psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem, tendo como um dos objetivos centrais entender a complexidade envolvida, reunindo conceitos da psicologia e da pedagogia. Jean Piaget, David Ausubel, Jerome Bruner, Lev Vygotsky e Mary Warnock estão entre os autores mais influentes dessa área.

O surgimento da psicopedagogia se deu na Europa, no século XIX, até que foi se espalhando para outros continentes. Nos anos 40, foram criados os primeiros Centros Psicopedagógicos, que visavam atender crianças com dificuldade de aprendizado unindo abordagens da psicologia e pedagogia. No Brasil, a psicopedagogia surgiu nos anos 70, juntamente com a facilidade no acesso à literatura.

O que faz o Psicopedagogo?

Apesar de ser uma área ligada ao ensino e à educação, o psicopedagogo pode atuar em outros locais além de escolas, como hospitais, centros comunitários, ONGs ou ainda realizar atendimento individualizado em consultórios. Independentemente do local, o trabalho costuma ser sempre voltado para auxiliar os pacientes a solucionarem questões ligadas ao aprendizado.

Através de análise de cada paciente, o psicopedagogo consegue entender a relação entre aquela pessoa e o aprendizado, considerando fatores sociais, comportamentais e emocionais. Assim, identifica os agentes limitadores de cada caso e encontra o melhor caminho para superá-los, unindo suas expertises em psicologia e pedagogia. Geralmente, há a indicação de acompanhamento de outros profissionais, como psiquiatra, fonoaudiólogo, entre outros.

Para se tornar um psicopedagogo, é possível optar por um dos dois caminhos possíveis. O primeiro é realizar a graduação de psicopedagogia, que atualmente é disponibilizada em apenas duas instituições de ensino superior do Brasil, que são a UFPB – Universidade Federal da Paraíba e UNIFIEO – Centro Universitário Fieo. A segunda opção é concluir uma graduação em Psicologia ou Pedagogia e fazer uma especialização.

Tipos mais comuns de dificuldade de aprendizagem

Conforme mencionado anteriormente, o psicopedagogo atua ajudando crianças, adolescentes e adultos que enfrentam dificuldades em relação ao processo de aprendizagem. Veja, a seguir, quais são os tipos mais comuns.

Dislexia – Uma deficiência de aprendizagem que afeta especificamente a leitura e as habilidades de processamento relacionadas à linguagem.

Discalculia – Aqui, a dificuldade está em ler e interpretar números, gerando obstáculos no aprendizado da matemática e de atividades comuns do cotidiano, como ver as horas, contar objetos, cálculos financeiros básicos e assim por diante.

TDAH – O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade inclui a dificuldade de manter o foco e prestar atenção, controlar o comportamento e a hiperatividade durante as aulas e momentos de estudo.

Disgrafia – Este problema compromete o desenvolvimento das habilidades ligadas à escrita, que é uma parte fundamental da aprendizagem.

Dificuldade de aprendizagem não verbal – Neste caso, o paciente enfrenta dificuldades para entender aquilo que não é apresentado a ele de forma verbal, como expressões faciais, linguagem corporal, tom de voz, entre outros.

Transtorno da linguagem expressiva – Afeta a capacidade de compreensão de um indivíduo em relação ao que que lê ou escuta outras pessoas falando. A capacidade de se expressar através da fala também pode ser afetada.

Todos esses problemas costumam surgir na infância, entretanto, muitas vezes, por falta de informação e do tratamento adequado acompanham os indivíduos até a vida adulta. Por isso é importante manter atenção em relação às crianças, para identificar qualquer anormalidade ligada à aprendizagem e, assim, buscar um profissional especializado para analisar o caso e definir a melhor forma de tratamento.

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10 Dicas para lidar com crianças que têm dificuldade de aprendizagem

Além do acompanhamento com um psicopedagogo e outros profissionais que forem necessários de acordo com o caso, existem medidas que os pais podem adotar em casa para auxiliar os filhos que tenham algum tipo de dificuldade de aprendizagem, acompanhe.

1 – Assumir uma postura positiva e incentivar a criança

A forma com a qual os pais lidam com a questão da dificuldade de aprendizado afeta diretamente como a própria criança irá se ver. Sendo assim, é fundamental que eles se relacionem com a questão de modo positivo, sem se lamentar, fazer comparações ou qualquer comentário que possa colocar o pequeno para baixo. Afinal de contas, quanto menos capaz ele se sentir, menos motivação terá para vencer os obstáculos de aprendizagem.

2 – Se interessar pelo problema do seu filho e pesquisar sobre o assunto

Por mais que existam especialistas, como o psicopedagogo, com toda a expertise necessária para oferecer suporte a uma criança com problemas de aprendizagem, quanto mais os pais se interessarem pelo assunto e buscarem informação, melhor será. Ter uma bagagem de conhecimento permite aos pais questionarem o profissional sobre determinados detalhes, observarem melhoras e pioras no quadro e, claro, serem ainda mais compreensivos com a criança.

3 – Informar a escola sobre a situação

Se a criança já estiver em idade escolar, é imprescindível que a instituição saiba da situação e esteja preparada para recebê-la, dando todo o suporte necessário. Muitas escolas possuem psicopedagogos em seu corpo docente, então é válido questionar quanto a isso. Caso a instituição se mostre despreparada para receber alunos com essas características, é sugerido que se considere uma transferência para outra mais bem preparada.

4 – Realizar em casa atividades lúdicas voltadas para o aprendizado

Se algum aspecto da aprendizagem é mais desafiador para a criança, existem atividades lúdicas que podem ajudá-la a superar esse obstáculo. Jogos educativos, livros de histórias infantis, são muitas as possibilidades. Inclusive, é recomendado que se peça dicas do psicopedagogo que está acompanhando o caso, pois certamente terá boas opções para indicar.

5 – Buscar apoio psicológico para si também

Um ponto que poucos pais se lembram e que tem grande importância é a busca de apoio psicológico, mas para si mesmos. Sabemos que educar um filho é desafiador e isso tende a se intensificar caso a criança sofra com algum transtorno, incluindo os ligados à aprendizagem. Dessa forma, esse acompanhamento é interessante para que os pais permaneçam bem emocionalmente para lidarem de modo positivo com a criança.

6 – Mostrar que errar é natural e faz parte do processo de aprendizagem

Se em situações normais as crianças cometem erros quando estão em processo de aprendizagem, nos casos de transtornos isso é ainda mais natural. Quando isso acontecer, é fundamental que os pais mostrem que errar faz parte e que todos falham. Se exaltar e aplicar punições são atitudes que devem ser totalmente abolidas, pois podem comprometer o desenvolvimento do pequeno.

7 – Elogiar os esforços e conquistas da criança

Em vez de punir pelas falhas, prefira sempre elogiar os esforços. A cada etapa que a criança vencer em relação ao aprendizado, comemore e diga o quanto está evoluindo. Pequenos gestos servirão como grandes motivadores para ela continuar se dedicando e reconhecer que é capaz de seguir adiante e ir além.

8 – Trocar informações com pais de crianças que tenham o mesmo problema

Além de buscar informações por nós mesmos, temos muito a aprender através das experiências alheias. Conversar com pais que também tenham filhos com as mesmas questões que o seu filho enfrenta pode ser extremamente enriquecedor. Esse contato pode acontecer através da escola, do psicopedagogo e outros profissionais da área ou até mesmo pela internet, por meio das redes sociais.

9 – Reforce os pontos fortes da criança

Todo indivíduo tem pontos fortes, características que se destacam em meio às outras. Ajude seu filho a reconhecer quais são os dele, reforçando isso no dia a dia. Comentários como: “como você é caprichoso (a)”, “obrigado (a) por ser uma criança compreensiva”, e “como entendeu rápido, você é muito inteligente”, servirão para fortalecer a autoestima da criança, o que fará toda a diferença ao longo de sua vida.

10 – Seguir as recomendações do psicopedagogo

Por fim, é fundamental que as recomendações do psicopedagogo sejam sempre seguidas, tanto em relação ao dia a dia em casa, quanto na escola, e que dúvidas sejam sempre levadas a ele. Afinal de contas, como vimos ao longo do artigo, trata-se de um profissional capacitado para lidar com questões ligadas ao aprendizado e com todo o conhecimento necessário para ajudar o seu filho a quebrar as barreiras impostas pelo transtorno em questão.

A psicopedagogia é uma área de grande importância, porque estuda a relação entre o ser humano e o aprendizado, realizando intervenções quando existem obstáculos e proporcionando o desenvolvimento de crianças, adolescentes e adultos.

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José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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